7 sinais para saber quando procurar um psicólogo
A saúde mental é um aspecto essencial do bem-estar humano. Porém, no meio das responsabilidades do dia a dia, muitas vezes é negligenciada.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2022 pelo Ministério da Saúde, cerca de 86% dos brasileiros convivem com algum tipo de transtorno mental, como a ansiedade e a depressão.
Reconhecer os sinais que indicam a necessidade de buscar ajuda profissional pode ser um passo fundamental para prevenir agravamentos e melhorar a qualidade de vida.
Como reconhecer quando procurar o psicólogo
A psicologia, ciência que estuda o comportamento e a mente humana, desempenha um papel crucial nos cuidados com as questões emocionais e na promoção do equilíbrio mental.
Diversas situações podem indicar a necessidade de acompanhamento psicológico, como o tratamento de distúrbios mentais (ansiedade, depressão, estresse, síndrome de burnout, transtorno bipolar, entre outros).
O desenvolvimento do autoconhecimento, da inteligência emocional e da melhora em relacionamentos interpessoais também são habilidades que podem ser incorporadas com o apoio do profissional da área.
A psicoterapia também tem se mostrado essencial para acolher pessoas em transições significativas, como as relacionadas à identidade de gênero ou grandes transformações na trajetória pessoal e profissional.
Além disso, uma atenção especial deve ser dada às mudanças no comportamento de crianças e de adolescentes. Sessões com um psicólogo podem ajudar pessoas mais jovens a se expressarem melhor e enfrentarem situações como bullying escolar, traumas, luto familiar ou questões ligadas a abusos.
Por todos esses motivos, compreender por que e quando procurar um psicólogo pode ajudar indivíduos a lidarem com desafios emocionais, desenvolverem resiliência e encontrarem ferramentas para encarar cenários adversos.
A seguir, estão reunidos alguns exemplos de contextos em que buscar suporte de um psicólogo pode ser essencial, conforme orientações da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul:
1) Situações traumáticas: acidentes, violência física ou psicológica, perda de pessoas queridas (luto) ou qualquer evento que cause impactos negativos profundos podem desencadear sintomas emocionais que exigem acompanhamento profissional.
2) Emoções intensas e a flor da pele: explosões de alegria, tristeza permanente, ataque de raiva, entre outros sentimentos, podem surgir com um grau de intensidade maior do que o comum. Isso geralmente indica um desequilíbrio emocional que precisa de atenção.
3) Sintomas físicos sem explicação médica: dores de cabeça ou no corpo, dificuldade para dormir, cansaço extremo, desconfortos gastrointestinais (diarreia, vômito etc.) e outros sinais podem ter origens psicológicas.
4) Pensamentos fixos ou obsessivos: desejos, ideias e sensações que ocupam a mente de forma persistente e intensa podem se tornar prejudiciais, principalmente quando críticos e negativos.
5) Dificuldade em realizar tarefas diárias: um indício de muita ansiedade ou de outros fatores emocionais é quando atividades que antes eram rotineiras tornam-se desafiadoras, como trabalhar, interagir com outras pessoas ou mesmo se levantar da cama.
6) Uso frequente de válvulas de escape: abuso de bebidas alcoólicas, uso excessivo de redes sociais, tabagismo ou compulsão alimentar podem ser sinais de que algo mais profundo está afetando a pessoa.
7) Simplesmente quando quiser: buscar suporte psicológico não necessita, obrigatoriamente, da existência de algum desconforto. Muitas pessoas procuram apoio para desenvolverem autoconhecimento e habilidades para lidar com os desafios da vida.
O Cartão dr.consulta permite o acesso a diferentes exames e especialidades médicas. Com ele, o paciente também pode fazer uso do programa Cuidar da Mente, que oferece suporte e orientações sobre saúde mental com um time multidisciplinar.
Como deve ser o atendimento?
Normalmente, uma sessão de psicoterapia pode durar de 30 a 60 minutos e acontecer presencialmente (no consultório do psicólogo) ou virtualmente (telepsicologia), de acordo com o Conselho Federal de Psicologia (CFP).
O Código de Ética Profissional do Psicólogo orienta que o atendimento deve ser de qualidade, baseado no respeito, na transparência quanto aos objetivos e resultados esperados (sem falsas promessas) e assegurando que todas as práticas são fundamentadas na ciência e na ética profissional.
O sigilo e a confidencialidade são regras indispensáveis para proteger a intimidade de pessoas ou grupos atendidos. Porém, em alguns contextos, o compartilhamento de informações pode ser realizado, ficando restrito aos limites éticos.
Já no atendimento a crianças, adolescentes ou demais pessoas vulneráveis, é necessária a autorização dos responsáveis – exceto em casos que demandem intervenção imediata, quando as autoridades competentes devem ser notificadas. A atuação deve sempre priorizar a promoção do bem-estar e a proteção integral do usuário.
Diferentes linhas de abordagem
Além das condutas descritas, é importante lembrar que o método de trabalho de cada psicólogo varia conforme a linha de atuação do profissional.
Algumas delas, como a psicanálise, tem como foco o estudo do inconsciente (conjunto de memórias que estão fora do alcance da consciência humana, mas que ajudam a definir as condutas e ações do indivíduo).
Outras, em contrapartida, abordam a relação entre pensamentos, emoções e ações, ajudando a modificar comportamentos prejudiciais, como é o caso da terapia cognitivo-comportamental.
Psicólogos não podem receitar medicamentos
Essa função é exclusiva do psiquiatra, um médico especializado no tratamento de transtornos mentais. Inclusive, a atuação dos dois profissionais se difere em alguns pontos.
No entanto, o trabalho em conjunto entre psicólogo e psiquiatra pode ser fundamental em casos que necessitam da combinação de psicoterapia com o uso de medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos.
Como saber se o psicólogo está autorizado a exercer a função
Para garantir que você está sendo atendido por um profissional devidamente qualificado, é importante verificar se ele está registrado no Conselho Federal de Psicologia (CFP). O processo é simples e pode ser feito por meio do site do CFP.
Fontes:
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