Ansiedade é doença? Saiba quando procurar ajuda
Assim como o estresse, a ansiedade é um mecanismo natural do organismo diante de situações inéditas, como um novo trabalho, relacionamento, mudança de cidade, entre outras experiências fora da rotina.
Embora seja uma resposta esperada do corpo, quando evolui para um estado de preocupação permanente e desproporcional, prejudicando a qualidade de vida do indivíduo, pode se tornar uma condição clínica que requer atenção.
Os diferentes tipos de ansiedade
A 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), identifica sete variações principais de ansiedade, também conhecidas como transtornos relacionados ao medo.
Reconhecer os diferentes tipos de ansiedade é fundamental para entender suas manifestações no corpo. No entanto, o diagnóstico e o tratamento devem ser realizados por profissionais capacitados, como psicólogos e psiquiatras.
O Cartão dr.consulta permite o acesso a diferentes exames e especialidades, como essas citadas. E o paciente consegue ainda fazer uso do programa Cuidar da Mente, que oferece suporte e orientações sobre saúde mental e bem-estar com um time multidisciplinar.
A seguir, cada um deles é detalhado, destacando suas particularidades e a importância de buscar ajuda especializada.
1. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
É caracterizado por uma preocupação excessiva e constante com diferentes aspectos da vida cotidiana, como família, saúde, relacionamentos, finanças, escola ou trabalho.
Além da apreensão generalizada, os sintomas podem incluir:
- tensão muscular ou inquietação motora;
- sudorese;
- batimentos cardíacos acelerados;
- dificuldade de concentração;
- irritabilidade;
- distúrbios do sono.
Os sinais podem durar meses ou anos, resultando em sofrimento significativo e prejuízos no funcionamento pessoal, social, educacional ou profissional.
2. Agorafobia
Ocorre quando a pessoa se sente vulnerável em lugares que são difíceis de escapar ou de conseguir ajuda, como em meio a multidões, no transporte público, em filas ou mesmo ao estar sozinha.
São circunstâncias que despertam pavor associado a possíveis consequências negativas, como ter um ataque de pânico ou a sensação de incapacidade.
Tremores, tontura, falta de ar, batimentos cardíacos acelerados, entre outras manifestações do corpo costumam ser os principais sintomas..
Como esse medo é contínuo e provoca sinais físicos, pode comprometer o funcionamento social e o desempenho no trabalho.
3. Fobia específica
Neste caso, o temor e/ou ansiedade intensa e desproporcional acontece diante de certos objetos ou situações, como estar em um lugar muito alto, em espaços fechados, diante de sangue ou próximo a animais e insetos.
Segundo a CID-11, para ser caracterizada como fobia, essa reação precisa ser duradoura e interferir significativamente na vida cotidiana.
4.Transtorno de ansiedade social
O medo intenso e persistente ocorre em situações de convívio social, como conversar com outras pessoas, comer e beber em público ou mesmo realizar apresentações.
O receio de ser julgado e avaliado negativamente leva a pessoa a evitar esses cenários ou enfrentá-los com desconforto extremo.
Além do temor, outros sintomas relacionados ao quadro são: boca seca, tontura, suor excessivo, vermelhidão no rosto, voz trêmula e aumento dos batimentos cardíacos.
5. Transtorno de ansiedade de separação
Está relacionado ao terror excessivo de se separar de figuras de apego, como pais e cuidadores. Embora seja mais frequente em crianças, adultos também podem apresentar o quadro, quando associado ao temor de estar longe de parceiros românticos ou filhos.
Os sintomas incluem:
- pensamentos recorrentes sobre possíveis danos à figura de apego;
- relutância em ir à escola, trabalho ou dormir em locais distantes;
- pesadelos recorrentes sobre separação.
6. Mutismo seletivo
Também comum em crianças, ocorre quando os pequenos demonstram dificuldade em falar e se comunicar em alguns espaços (como a escola) – algo que não acontece em casa ou demais lugares.
É importante estar atento à condição, uma vez que ela interfere diretamente no desempenho educacional e social.
7. Transtorno de Pânico
É caracterizado por ataques recorrentes e inesperados de medo intenso, acompanhados por sintomas físicos, como palpitações ou taquicardia, sudorese, tremores, vertigem, sensação de sufocamento e/ou de desmaio.
Além dos ataques de pânico em si, o transtorno envolve uma preocupação constante com novos episódios ou comportamentos de evitação para preveni-los. Como resultado, há impactos negativos significativos no funcionamento social e profissional.
Ansiedade pode evoluir para outras condições
O tratamento do quadro pode incluir psicoterapia, medicação ou uma combinação de ambos, dependendo do caso.
Porém, se não conduzida da maneira correta, a ansiedade pode progredir e levar ao desenvolvimento de outros transtornos mentais, como a depressão, conforme destaca o Jornal da USP.
Por isso, é essencial não ignorar os sinais e buscar apoio o mais rápido possível para lidar com a questão. Afinal, cuidar da saúde mental é um ato indispensável para garantir uma vida equilibrada e saudável.
Fontes:
Boa tarde, meu Deus minha filha de 44 anos é exatamente assim me deixa quase louca
Olá, Cleuza! Tudo bem? É aconselhavel que ela busque uma ajuda profissional ?
[…] Os fatores que a desencadeiam podem ser genéticos, ambientais (como frio intenso) e até emocionais (estresse e ansiedade). […]
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