O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo Papilomavírus Humano. É altamente infeccioso e pode ser transmitido facilmente via contato sexual sem preservativo.
Segundo especialistas, a maioria dos pacientes com HPV não apresenta sintomas claros de infecção, podendo conviver com a doença durante anos sem saber que estão infectados. Isso se deve às características específicas do sistema imunológico do paciente e até mesmo da carga viral (quantidade de vírus) presente no seu organismo.
Mesmo sem saber que está infectado, o indivíduo é capaz de transmitir o vírus a partir de relações sexuais desprotegidas, seja ela genital, anal ou oral. Além de infectar a pele, o HPV também pode infectar as mucosas da boca, do ânus, da garganta e do colo do útero.
É importante ressaltar que não é necessário o ato de penetração para que a transmissão aconteça. Basta um contato manual com a pele ou mucosa infectada. E apesar de ser raro, é possível que a transmissão do HPV também ocorra durante partos normais.
Quais são os sintomas do HPV?
Quando sintomático, o HPV pode se manifestar de formas diferentes em homens e mulheres. Os primeiros sinais de infecção costumam surgir, aproximadamente, entre 2 e 8 meses após o contágio, porém, em alguns casos, podem demorar até 20 anos para que isso aconteça.
Conheça os sinais do HPV:
Nas mulheres: lesões ou verrugas visíveis a olho nu, que podem acometer vulva, vagina, colo do útero, pequenos e grandes lábios e ânus. Essas lesões podem causar vermelhidão no local, coceira e ardor. É possível também que as lesões não sejam visíveis a olho nu. Em caso de contaminação por sexo oral, as lesões podem se manifestar nos lábios da boca, garganta ou bochechas.
Nos homens: lesões ou verrugas visíveis a olho nu, que podem acometer o saco escrotal, o pênis (geralmente, a glande) e o ânus. Na maioria dos casos, as lesões não podem ser vistas a olho nu, sendo necessário a realização de um exame para melhor diagnóstico. Assim como nas mulheres, em caso de contaminação por sexo oral, é possível que as lesões atingem os lábios da boca, garganta e bochechas.
Como é feito o diagnóstico do HPV?
Em caso de suspeita, é preciso que o paciente busque assistência médica com um urologista, ginecologista ou clínico geral.
Será feita uma avaliação do histórico do paciente e dos sintomas apresentados. Alguns exames também podem ser solicitados para um diagnóstico mais assertivo. No caso dos homens, é comum a realização da peniscopia, e no caso das mulheres, o papanicolau seguido da colposcopia.
Outros exames, para identificar a carga viral e os anticorpos do vírus no organismo, podem ser solicitados dependendo do caso.
Existe tratamento para o HPV?
O HPV pode se desenvolver de forma crônica no organismo, porém, existem maneiras de tratar as lesões provocadas pela infecção, bem como diminuir o risco de transmissão.
É de responsabilidade do médico orientar o melhor tratamento para o paciente, seja com a aplicação de pomadas no local, cirurgia para remoção das lesões, entre outros procedimentos. Durante o tratamento, é recomendado que o paciente não tenha relações sexuais, independentemente se for com camisinha ou não.
O tratamento deve ser individualizado, decidido com base nas características das lesões (quantidade, extensão e localização).
Como prevenir-se do HPV?
É possível diminuir a chance de contaminação pelo vírus com o uso de preservativo em todas as relações sexuais e também a vacinação contra o HPV na pré-adolescência.
Como o HPV é um dos principais causadores do câncer de colo do útero, é importante também ficar atento às recomendações médicas que ajudam a prevenir a doença.
Onde encontrar a vacina do HPV?
O dr.consulta disponibiliza a vacina contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV. Além de prevenir a doença, o imunizante também auxilia na prevenção do câncer de colo do útero nas mulheres.
Saiba para quem é indicada a vacina do HPV:
A vacina é licenciada para meninas e mulheres a partir dos 9 anos aos 45 anos e para meninos e homens entre 9 e 26 anos. O esquema deve ser iniciado o mais cedo possível. São recomendadas duas ou três doses, dependendo da idade de início da vacinação.
Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são indicadas duas doses, com intervalo de seis meses entre elas (0 – 6 meses).
A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses).
Independentemente da idade, meninas e mulheres imunodeprimidas por doença ou tratamento devem receber três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 – 1 a 2 – 6 meses).
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