A linfonodomegalia é caracterizada pelo aumento local ou generalizado dos linfonodos, também conhecidos como gânglios linfáticos.
Essas pequenas estruturas pertencem ao sistema linfático, estão distribuídas às centenas por todo o corpo e funcionam como filtros para substâncias nocivas.
Elas também possuem células do sistema imunológico que ajudam a combater infecções, atacando e destruindo, por exemplo, germes transportados pelo líquido linfático.
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O que exatamente é a linfonodomegalia?
A linfonodomegalia é o aumento dos gânglios linfáticos e geralmente acontece quando o corpo tenta combater alguma infecção ou inflamação.
Esse aumento é conhecido popularmente como íngua e ela pode atingir, de forma localizada ou generalizada, qualquer parte do corpo, sendo mais comum no pescoço, nas axilas, na região inguinal e no mediastino.
Assim, na forma localizada ela é caracterizada pelo aumento dos gânglios de apenas uma região isolada. Já na forma generalizada o comprometimento ocorre em dois ou mais locais.
Quanto à evolução, as ocorrências podem ser agudas, subagudas ou crônicas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), quando a evolução é aguda dura menos de duas semanas e, geralmente, desaparece com a infecção que causou o quadro. Já quando subaguda, persiste de duas a seis semanas e em quadro crônico, permanece por mais de seis semanas.
Mas, afinal, quando é considerado linfonodomegalia?
Quando um gânglio incha e fica dolorido, significa que o sistema imunológico está combatendo uma infecção nas proximidades daquela estrutura inchada. Esse momento já indica um quadro de linfonodomegalia.
Esse aumento pode acometer crianças, jovens, adultos e idosos.
Quando a linfonodomegalia surge em crianças, principalmente na idade escolar, costuma ser motivo de grande preocupação entre os pais.
Porém, é bastante comum que elas apresentem infecções respiratórias, resfriados, dor de garganta ou dor de ouvido, condições que aumentam o tamanho dos linfonodos.
Nesses casos, as crianças devem ser acompanhadas pelo médico que podem recorrer a medicamentos como, por exemplo, antibióticos. No entanto, isso não significa, necessariamente, a presença de doenças graves.
Quais os tipos e o que pode causar esse aumento dos linfonodos?
Segundo estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, as causas da linfonodomegalia estão relacionadas com o local onde ela ocorre, fazendo com que existem diferentes tipos de linfonodomegalia. São eles:
Linfonodomegalia cervical
Quando ocorre o aumento dos linfonodos da região do pescoço, atrás das orelhas, perto da mandíbula, do couro cabeludo, da cavidade oral e da laringe.
Pode ser causada por:
- infecções cutâneas;
- abscessos dentais;
- infecções das vias aéreas superiores;
- resfriados;
- amigdalite;
- reação após vacinação;
- infecção por herpesvírus tipo 6;
- tuberculose;
- HIV;
- toxoplasmose;
- neoplasias (massa de tecido anormal que surge em diferentes partes do corpo);
- conjuntivite;
- faringite; e
- infecção de ouvido.
Linfonodomegalia inguinal
Nesse tipo o aumento ocorre nos linfonodos da região da virilha, genitália externa/pele, canal anal e membros inferiores.
Desse modo, os principais fatores de risco para esse tipo são:
Linfonodomegalia mediastinal e axilar
Caracterizado pelo aumento dos linfonodos nas regiões próximas aos membros superiores, mama e tórax.
Nesse caso as principais causas podem ser:
- doença de arranhadura do gato;
- infecções cutâneas;
- reação após colocação de prótese de silicone;
- infecções de prótese de silicone;
- reação após vacinação;
- câncer de mama;
- melanoma;
- linfoma.
Linfonodomegalia generalizada
Quando o quadro é generalizado, as origens podem ser:
- mononucleose;
- artrite idiopática juvenil;
- dengue;
- brucelose;
- doença de Chagas;
- rubéola;
- sarampo;
- HIV;
- uso de medicamentos como fenitoína, penicilina e captopril.
Tem sintomas?
Na maioria das situações, a linfonodomegalia acontece na presença de uma infecção ou inflamação, quando os linfonodos presentes no sistema linfático iniciam o combate aos invasores e, por isso, aumentam de tamanho.
Nessas situações, os linfonodos saudáveis, têm cerca de 1 centímetro e não são perceptíveis, aumentam e atingem diferentes tamanhos.
Como sintoma, é possível notar que a pele fica mais lisa, regular, avermelhada e bem sensível ao toque. Além disso, o indivíduo pode sentir uma dor aguda com sensação de latejamento.
Quando proveniente de algum tipo de câncer, os gânglios normalmente possuem mais de 2 centímetros de diâmetro e seu crescimento se dá de forma lenta e não há alteração na pele. Geralmente são indolores e podem não ser notados por muito tempo.
E quando se preocupar com linfonodomegalia?
Quando os sintomas persistem por mais de 4 semanas está na hora de procurar um médico.
Isso porque a inflamação de um gânglio tem duração de duas semanas, em média. Ao passo que, se ele ainda estiver presente depois disso, precisa ser avaliado e investigado. Em alguns casos poderá ser necessária a biópsia e até uma cirurgia para remoção e limpeza.
O clínico geral pode realizar a primeira avaliação. Após a consulta, ele poderá pedir exames complementares ou fazer o encaminhamento para outras especialidades, se necessário.
Eles podem indicar um câncer?
Existe a possibilidade do aumento dos gânglios linfáticos indicarem a presença de um câncer.
Assim, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), são necessárias diferentes considerações a fazer a respeito do histórico do paciente como, por exemplo:
- idade;
- tempo de evolução da linfonodomegalia;
- sintomas apresentados;
- características do linfonodo;
- localização.
Ainda segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em crianças e jovens a incidência de linfonodomegalia que surge como sintoma de quadro infeccioso é maior que 80%.
Já nos adultos com mais de 50 anos, as chances da linfonodomegalia ser decorrente de câncer aumentam muito, principalmente para aqueles que apresentarem fatores de risco como tabagismo, etilismo e risco de IST.
Assim, a forma aguda tem maiores chances de ter origem infecciosa, inflamatória ou uma leucemia aguda. Já a crônica pode indicar doenças autoimunes, linfomas ou tumores sólidos.
Agora, se houver febre é preciso observar o comportamento, isto é, se ela não tiver horário específico para acontecer e se esse for o único sintoma, muito provavelmente a origem é infecciosa.
Mas se acontecer em horários específicos e acompanhada de sudorese noturna intensa, perda de peso e o aumento já dura mais do que 2 semanas, pode ser indicativo de tuberculose ou linfoma.
Também vale observar: o risco aumenta se na família houver casos de câncer de mama, intestino, tireoide ou melanoma.
Como lidar com a linfonodomegalia?
Na avaliação clínica do médico é feito um exame físico específico dos linfonodos que já afasta a possibilidade ou não de malignidade e a busca de possíveis causas. A localização é o primeiro aspecto avaliado.
Outro ponto importante é o tamanho do linfonodo. Bem como a consistência, adesão e sensibilidade também são aspectos importantes na avaliação.
Os exames de imagem podem ser complementares à avaliação, trazendo mais clareza para definição dessas características.
Esses exames podem ser:
- tomografia computadorizada;
- ultrassonografia;
- tecnologia Doppler;
- ressonância magnética.
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Eles podem ajudar a distinguir linfonodos aumentados de outras estruturas e definir a patologia, especialmente as alterações císticas.
Então, com todos os dados em mãos, depois da análise dos achados, a confirmação da doença e o tratamento adequado serão estabelecidos pelo médico.
Se os gânglios aumentados forem de origem inflamatória ou infecciosa, o médico poderá administrar anti-inflamatórios, ou antibióticos e o paciente será observado.
Se os sintomas não passarem, uma biópsia pode ser solicitada. A necessidade e o tipo de biópsia vão variar dependendo da causa suspeita, baseado no histórico de saúde e exame físico do paciente.
Depois da biópsia, se o linfonodo for realmente diagnosticado como um câncer – seja benigno ou maligno – ele poderá ser tratado cirurgicamente, com radioterapia ou quimioterapia, a depender de cada situação.
Por isso, é essencial lembrar que o mais importante no tratamento de qualquer doença, inclusive no de linfonodomegalia, é o diagnóstico precoce. E check-ups periódicos são uma ótima forma de ter certeza da condição da sua saúde.
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Fontes: