Quando a mastectomia é indicada e impactos na vida da mulher

A mastectomia é uma medida consolidada na oncologia, mas nem sempre é simples, pois envolve questões físicas, emocionais e sociais.
Por isso, é essencial que essa escolha seja acompanhada de acolhimento psicológico, suporte profissional e acesso a abordagens complementares que visem restaurar a saúde integral feminina.
O que é a mastectomia e como é realizada
Consiste na remoção do tecido mamário em casos de câncer de mama, podendo incluir também linfonodos axilares e músculos peitorais.
Ela é classificada em diferentes tipos, conforme a extensão e os objetivos do tratamento:
- mastectomia simples, na qual toda a mama é retirada;
- radical modificada, em que também se elimina os linfonodos da axila;
- poupadora de pele ou mamilo, mais indicada em casos iniciais, com preservação dessas estruturas, facilitando a reconstrução;
- mastectomia bilateral, feita em ambos os seios, geralmente como procedimento preventivo para mulheres com risco genético elevado.
A escolha do tipo de cirurgia depende do estágio, localização e tamanho do tumor, além de histórico familiar e outros fatores individuais.
Mastectomia é indicada especialmente em casos avançados
É considerada uma das técnicas mais eficazes para o controle de malignidades na mama, segundo a Revista Caderno de Medicina, especialmente em casos graves, sendo adotada principalmente quando:
- o tumor ocupa grande parte do local ou há múltiplos focos cancerígenos;
- a paciente já foi submetida à cirurgia conservadora sem sucesso;
- existem mutações genéticas como BRCA1 ou BRCA2;
- há contraindicação para radioterapia;
- a pessoa opta pela intervenção como medida profilática.
Essa decisão deve ser tomada em conjunto com o médico responsável (mastologista e oncologista), levando em conta os riscos, benefícios e preferências pessoais.
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Impactos da mastectomia na saúde física
Após o procedimento, é comum haver limitações na mobilidade do braço do lado operado, dor, linfedema (inchaço por acúmulo de líquido) e perda de força muscular. Esses efeitos podem dificultar atividades cotidianas como se vestir, cozinhar ou cuidar da casa, explica estudo da Revista Brasileira de Cancerologia, periódico do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Por prejudicar diretamente a qualidade de vida, a fisioterapia, nesse contexto, desempenha papel crucial. O acompanhamento especializado contribui para a recuperação funcional, além de aliviar desconfortos e prevenir complicações, aponta publicação da Revista Diálogos em Saúde.
Técnicas como cinesioterapia (conjunto de exercícios terapêuticos voltados para restaurar os movimentos e fortalecer a musculatura), drenagem linfática e exercícios específicos têm mostrado impactos positivos em mulheres mastectomizadas.
Efeitos na saúde emocional e na autoimagem
Como a mama está intimamente ligada à identidade feminina, à autoconfiança e à sexualidade, muitas pessoas relatam tristeza, vergonha, isolamento e dificuldades no relacionamento afetivo após a retirada.
De acordo com pesquisa publicada na Revista Caderno de Medicina, depressão, ansiedade, medo da morte e alterações na percepção corporal são frequentes.
Nessas situações, o apoio psicológico é fundamental para promover o bem-estar emocional e facilitar o processo de aceitação e adaptação à nova realidade.
Reconstrução mamária: uma alternativa possível
Pode ser realizada de forma imediata, durante a mastectomia, ou em um momento posterior, dependendo do quadro clínico e da preferência individual.
As técnicas incluem o uso de prótese de silicone, expansores ou retalhos de tecido da própria paciente. O objetivo é restaurar a aparência estética, contribuindo para a recuperação da autoestima e da sensação de normalidade.
Embora seja um procedimento seguro, é necessário considerar o tempo de cicatrização, a necessidade de múltiplas cirurgias e outras intercorrências. Mulheres entrevistadas em estudo publicado na Revista Caderno de Medicina afirmam sentir melhora significativa na imagem corporal e na qualidade de vida.
Cuidados no pós-operatório
Alguns pontos de atenção são indispensáveis para garantir uma boa reabilitação:
- acompanhamento com equipe multidisciplinar (mastologista, ginecologista, fisioterapeuta e psicólogo);
- evitar carregar peso no braço operado nos primeiros meses;
- uso de sutiã cirúrgico e prótese externa, se necessário;
- higiene adequada da cicatriz e observação de sinais de infecção;
- alimentação balanceada e hidratação.
A retomada das atividades domésticas e profissionais deve ser gradual e orientada pelo médico responsável. O monitoramento contínuo ajuda a:
- monitorar possíveis recidivas;
- avaliar a necessidade de tratamento complementar (como quimioterapia ou hormonioterapia);
- apoiar a paciente em seu processo de adaptação;
- indicar o momento ideal para reconstrução mamária, se desejado.
Profissionais como o mastologista e o ginecologista são essenciais nesse cuidado, assim como o suporte psicológico para lidar com o impacto emocional do diagnóstico e do tratamento.
Fontes:
[…] Como é feita a mastectomia: a cirurgia de retirada da mama […]
[…] É válido mencionar que quanto mais cedo os procedimentos tratamentos começarem, maiores são as chances de cura. Geralmente, se inicia com a cirurgia de eliminação do nódulo que pode necessitar, ou não, da retirada de todo o seio (mastectomia). […]
[…] cirurgia: para a retirada da massa maligna ou para a remoção total da mama (mastectomia); […]
[…] mastectomia radical modificada (cirurgia de remoção da mama e, em alguns casos, os gânglios da axila); […]