Candidíase: causas, tipos, sinais, tratamento e prevenção

Bastante comum e possível de ocorrer em qualquer pessoa (embora seja mais frequente em mulheres durante a fase reprodutiva), a candidíase é uma das principais queixas ginecológicas e orais na Atenção Primária à Saúde.
Pode se manifestar em diversas partes do corpo, como boca, órgãos genitais, pele e até em forma sistêmica, com risco elevado para a saúde.
Além disso, a condição pode impactar o bem-estar físico e emocional, especialmente quando se torna recorrente. Por isso, o conhecimento sobre os sinais, formas de transmissão, tratamento e prevenção é essencial para os cuidados.
O que é a candidíase
Infecção fúngica desencadeada pela proliferação desregulada da levedura Candida. Esse fungo é parte natural da microbiota da pele, de mucosas e do trato gastrointestinal e não provoca danos quando está em equilíbrio.
Porém, pode se tornar patogênico diante de fatores como:
- uso prolongado de antibióticos;
- imunidade baixa;
- alterações hormonais (gravidez, anticoncepcionais);
- higiene inadequada ou excessiva;
- roupas apertadas e tecidos sintéticos;
- diabetes descontrolado;
- dieta rica em açúcares.
Apesar de existirem cerca de 200 espécies desse microrganismo, em torno de 90% dos quadros são causados pela Candida albicans, apontam estudos, como os publicados nas revistas Research, Society and Development e JRG de Estudos Acadêmicos.
Os casos podem variar de leves a críticos, como a chamada de candidíase disseminada, que exige internação e tratamento intensivo.

Principais tipos de candidíase e seus sintomas
Mesmo que a condição seja mais prevalente no público feminino, também afeta homens e até crianças. Seus tipos são classificados conforme o local onde os fungos se proliferam e as manifestações clínicas envolvidas. Entre eles:
Candidíase vaginal
É a mais comum entre as mulheres, atingindo cerca de 70% delas ao longo da vida reprodutiva. Segundo estudo publicado na Revista Enfermagem Atual In Derme, os principais sintomas incluem:
- corrimento esbranquiçado e espesso;
- coceira intensa;
- ardência ao urinar;
- vermelhidão e inchaço na região genital.
Para o diagnóstico, um especialista em Ginecologia realiza exame clínico, coleta de secreção e, em casos recorrentes, solicita a cultura fúngica. O tratamento é com antifúngicos por via oral (como fluconazol) ou cremes vaginais com clotrimazol ou nistatina.
Candidíase oral (sapinho)
Essa forma se dá na cavidade bucal e é mais frequente em bebês, idosos e pessoas com imunidade comprometida, gerando:
- placas brancas sobre a língua, palato e bochechas;
- dor ao engolir;
- sensação de queimação.
Qualquer abordagem depende da gravidade, podendo requerer antifúngico tópico (nistatina) ou oral (fluconazol). O acompanhamento deve ser feito com dentista ou clínico geral.
Candidíase no pênis
Afeta a glande e o prepúcio, podendo causar:
- vermelhidão;
- coceira;
- descamação;
- dor ao urinar.
Segundo revisão publicada na Revista JRG, acomete mais homens com baixa higiene íntima, diabetes ou após relações desprotegidas com parceiras infectadas. O tratamento é similar ao da forma vaginal e, para este quadro, o urologista ou o clínico geral são os profissionais mais indicados.
Candidíase cutânea
Surge em regiões quentes e úmidas, como axilas, virilhas, sob os seios e entre os dedos, com:
- lesões avermelhadas;
- prurido;
- descamação.
Geralmente, cremes antifúngicos são suficientes para o controle, mas a avaliação deve ser feita por um dermatologista.
Candidíase mamilar
Se manifesta em mães que estão amamentando, especialmente quando há fissuras no mamilo, podendo ocasionar dor intensa e ser transmitida para o bebê.
A depender da situação, pode ser avaliada pelo ginecologista ou pediatra responsável pela criança e é manejada com pomadas antifúngicas e ajustes na pega da mama.
Candidíase do esôfago
Forma mais grave, normalmente relacionada a pacientes imunossuprimidos (HIV/AIDS, câncer, uso de imunossupressores). Causa desconforto ao engolir, perda de peso e lesões visíveis por endoscopia.
Casos como esse devem ser acompanhados por um gastroenterologista ou otorrinolaringologista, especialmente quando há suspeita de envolvimento da garganta ou trato orofaríngeo. Requer tratamento sistêmico com antifúngicos orais ou intravenosos.
Candidíase disseminada
Ocorre quando o fungo alcança a corrente sanguínea e se espalha para órgãos como pulmões, fígado e rins. Tem risco elevado e exige atendimento com infectologista ou equipe hospitalar para internação e medicamentos endovenosos.
Em qualquer uma das situações citadas, é importante o suporte profissional o quanto antes. O Cartão dr.consulta oferece acesso a exames e consultas, incluindo cobertura odontológica, com diversos especialistas por valores acessíveis.

Candidíase não é IST
Uma vez que o fungo Candida vive naturalmente no corpo humano e sua proliferação costuma estar relacionada a fatores internos, como baixa imunidade ou alterações hormonais, não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST), como aponta o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês).
Ainda assim, pode ser propagada por contato íntimo com secreções infectadas, superfícies contaminadas ou pelo uso compartilhado de objetos de higiene pessoal. Por isso, recomenda-se a utilização de preservativos durante episódios ativos.
Tratamento e prevenção
Como mencionado, a investigação e as intervenções terapêuticas se diferem diante do tipo de candidíase e da gravidade do quadro. Mas, além dos medicamentos, outras medidas são indicadas para cuidados e também ajudam a preveni-la:
- manter boa higiene (porém, sem excessos);
- dar preferência a roupas leves e de algodão;
- evitar duchas íntimas;
- reduzir o consumo de açúcares refinados;
- fortalecer a imunidade com alimentação equilibrada e sono adequado;
- controlar condições de base, como diabetes;
- usar preservativo em relações sexuais.
Adicionalmente, check-ups médicos periódicos são fundamentais para diagnósticos precoces e para garantir a saúde do organismo.
Fontes:
Pode comer ovo .quando estou com cândida. É qual exames que peço o ginecologista para saber se é candidiase mesmo?
Olá, bom dia! Para ter um diagnóstico e / ou orientações é preciso consultar um especialista, em avaliação na consulta médica. Para marcar uma consulta com a gente você pode entrar em contato com uma central de atendimento pelo fone 4090-1510 ou pelo site http://www.drconsulta.com . Obrigado, abraço!
Podem comer ovo quando estou com cândida.? qual exames que posso pedir ginecologista para saber se é candidiase pois sinto muita coceira ,ardência e sai um leite pastoso grosso da minha vagina.
Olá, bom dia! Para ter um diagnóstico e / ou orientações é preciso consultar um especialista, em avaliação na consulta médica. Para marcar uma consulta com a gente você pode entrar em contato com uma central de atendimento pelo fone 4090-1510 ou pelo site http://www.drconsulta.com . Obrigado, abraço!
[…] das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, é comum mulheres com diabetes desenvolverem candidíase – cujos sintomas são: corrimento branco, vermelhidão, dor ao urinar e no ato […]
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[…] forte: normalmente relacionado à candidíase, é mais grosso e grumoso e vem junto de uma coceira intensa e vermelhidão. Em sua maioria, a […]