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O que não deve ser feito ao usar medicamentos para diabetes

dr.consulta - farmacêutica com remédios e receitas nas mãos, pegando lista de medicamentos para diabetes

Embora não tenha cura, o distúrbio metabólico pode ser controlado por meio de tratamentos farmacológicos (combinados a hábitos saudáveis). No conteúdo a seguir, encontram-se as principais substâncias usadas para manter os níveis de glicemia dentro dos parâmetros ideais, além de orientações sobre o uso seguro de remédios.

Medicamentos para diabetes usados atualmente

Antes de tudo, vale saber quais são as substâncias usadas em remédios para o tratamento da condição. De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB), são pelo menos 19 compostos: 

  1. metformina;
  2. metformina XR;
  3. dapagliflozina;
  4. empagliflozina;
  5. canagliflozina;
  6. liraglutida;
  7. dulaglutida;
  8. semaglutida;
  9. tirzepatida;
  10. sitagliptina;
  11. vildagliptina;
  12. linagliptina;
  13. alogliptina;
  14. saxagliptina;
  15. evogliptina;
  16. pioglitazona;
  17. gliclazida;
  18. glimepirida;
  19. glibenclamida.

Injeções de insulina também fazem parte do rol de medicamentos para diabetes. O produto é mais utilizado em casos do tipo 1, mas pode ser necessário em pacientes com tipo 2, como aponta um estudo publicado no Brazilian Journal of Natural Sciences.

Imagem ilustratativa (GettyImages)

As substâncias indicadas atuam de forma individual ou combinada. A escolha do melhor protocolo deve ser feita sempre por um médico, como o endocrinologista, que levará em consideração a eficácia do remédio, o risco de hipoglicemia, os potenciais efeitos adversos, as preferências do paciente, a tolerabilidade e os custos do produto para ele, aponta a SDB.

Além do controle específico sobre o medicamento, é fundamental ter ciência sobre as condições do organismo. 

Para isso, o Cartão dr.consulta facilita acesso a exames e a consultas com diferentes especialistas. Pessoas com condições crônicas, como o diabetes, podem ainda receber orientações sobre medicação, dieta e exercícios por meio do programa Viva Bem

Essa linha de cuidados é feita para oferecer suporte e acompanhamento de perto para a saúde do paciente e prevenir o agravamento de condições como a diabetes, hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).

8 práticas para evitar durante o uso de medicamentos para diabetes

1. Automedicação

Usar remédios sem prescrição de um médico deve ser evitado sempre – orientação válida, principalmente, para a utilização incorreta de medicamentos para o controle do distúrbio com objetivos estéticos.

Atualmente, substâncias usadas para o tratamento da condição, como a semaglutida, mostraram-se efetivas e seguras para a perda de peso e são indicadas para o tratamento da obesidade

Entretanto, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) alertam, em nota, que o medicamento deve ser sempre administrado com supervisão de um profissional de saúde.

2. Esquecer (ou deixar por conta própria) de tomar remédio 

Não é raro pacientes esquecerem ou deixarem de tomar o medicamento sem consultar o médico. Essa prática não deve ser encorajada pois alterações frequentes no horário ou interrupções sem acompanhamento podem impactar no controle glicêmico. 

Caso a pessoa esqueça de tomar o remédio no momento certo, a Secretaria de Saúde da Bahia (SSB) recomenda seu uso na próxima refeição. É importante também que os comprimidos esquecidos não sejam ingeridos depois do jantar ou antes de se deitar.

No caso de esquecimento da insulina, o ideal é adequar a dosagem para as próximas aplicações. O médico responsável pelo paciente é quem poderá fornecer as melhores orientações para esses ajustes.

3. Não informar o médico sobre uso de outros remédios

Pacientes com outras comorbidades tendem a fazer uso de diversos remédios simultaneamente. De acordo com um estudo publicado na Revista Científica de Enfermagem, interações entre medicamentos para diabetes e para anti-hipertensivos são as mais frequentes e pedem atenção pelo risco de hipoglicemia – e, em alguns casos, de alteração na função renal e hepática.

Por isso, é importante sempre avisar ao médico sobre todos os medicamentos usados pelo indivíduo para que o profissional saiba identificar aqueles que podem ser administrados de forma combinada sem oferecer riscos.

4. Uso de produtos naturais

Algumas ervas atraem a atenção das pessoas por seus supostos benefícios para o controle da glicemia. Entretanto, a SDB não aconselha a suplementação à base de produtos naturais para esse propósito. 

A entidade reforça a falta de pesquisas científicas que mostrem a real eficácia e segurança desses produtos para o tratamento da condição. Além disso, existe a possibilidade de interação com outros medicamentos – o que oferece riscos.

A SSB, por meio do Centro de Diabetes e Endocrinologia do estado, também desaconselha essa prática pela possibilidade de hipoglicemia derivada da combinação de certas ervas e outros remédios.

5. Ficar muito tempo sem se alimentar

Quem faz uso de insulina ou de outros medicamentos que ajudam a diminuir a glicemia não deve fazer jejuns prolongados. Grandes períodos sem comer nada pode fazer com que os níveis de glicose caiam demais, gerando quadros de tontura, tremedeira, suor excessivo, visão embaçada – e, em casos mais graves, convulsões e perda de consciência, aponta SBD.

Caso o paciente necessite fazer jejum, é preciso buscar orientação de um profissional de saúde para entender quais ajustes nas dosagens dos medicamentos devem ser feitas. 

6. Fazer estoque de medicamentos

É comum pacientes comprarem grandes quantidades de medicamentos para facilitar o acesso ao produto no dia a dia. Porém, a SSB alerta que remédios guardados por muito tempo podem ter o prazo de validade ultrapassado.

7. Consumir bebidas alcoólicas

O álcool pode interferir na ação da insulina e de outros medicamentos usados para o controle da diabetes. Por isso, a SBD reforça a importância de restringir ao máximo o consumo, limitando-o somente a momentos pontuais e quando a glicemia estiver bem controlada.

Por fim, vale ressaltar que o uso dos medicamentos deve ser realizado em conjunto à adoção de hábitos saudáveis, como: manter uma alimentação equilibrada (consumindo mais frutas e verduras, além de reduzir o sal, o açúcar e as gorduras) e o controle do peso, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o tabagismo e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas. 

Fontes

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