Como usar o Ozempic para emagrecer?

Conhecido por fazer parte do grupo das “canetas emagrecedoras”, o medicamento passou a ser muito cotado por quem quer perder peso rápido, já que tem como efeito colateral a inibição da fome e, consequentemente, a diminuição dos quilos na balança.

No entanto, as pessoas que querem usar o Ozempic para emagrecer devem ter cautela. Além de não ser milagroso, ele pode causar efeitos colaterais graves se usado de forma inadequada.

Se você tem interesse em saber mais sobre esse medicamento e como ele atua no organismo, continue com a gente!

Como o Ozempic age no corpo?

O primeiro ponto importante a saber é a sua formulação: o Ozempic é um medicamento que tem como princípio ativo a semaglutida, que é uma forma sintética do hormônio GLP-1 — responsável pela saciedade, ou seja, pela plena satisfação do apetite.

Ao imitar o hormônio no organismo, ele estimula a produção da insulina e ajuda a diminuir os níveis de glicose no sangue. 

Durante esse processo, o princípio ativo do Ozempic gera um pequeno atraso no esvaziamento gástrico. Isso quer dizer que a comida demora mais para sair do estômago e, consequentemente, a pessoa tem uma redução no apetite, come menos e tende a emagrecer.

Por esse motivo, mesmo sendo aprovado aqui no Brasil pela Anvisa para o tratamento do diabetes tipo 2 na dosagem de 1 mg por semana, o medicamento passou a ser procurado para perda de peso.

Devo ou não devo usar o Ozempic para emagrecer?

Antes de decidir utilizar o medicamento como uma ferramenta para emagrecimento, é importante considerar alguns pontos.

O primeiro é que o princípio ativo do Ozempic é, sim, usado como solução alternativa para a perda de peso, mas só em casos de obesidade e sobrepeso.

A aprovação da Anvisa para este fim veio no início de 2023 com a liberação do medicamento Wegovy (que também tem a semaglutida na formulação) na dosagem de 2,4 mg semanalmente — no entanto, ele ainda não está disponível para venda no País).

Isso quer dizer que usar o Ozempic para emagrecer, na dose de 1 mg, seria um uso “off-label”, (que significa utilizar o remédio de um jeito diferente do que foi aprovado).

Outro ponto que deve ser considerado é que, apesar da formulação do medicamento ser eficaz, ela pode apresentar efeitos colaterais que variam de pessoa para pessoa — vamos abordar mais sobre isso abaixo.

De qualquer forma, antes de iniciar o tratamento com o princípio ativo, é fundamental consultar um médico endocrinologista. Ele poderá avaliar o seu caso, verificar se você tem indicação para usar o remédio e orientar sobre a dosagem adequada e a duração do tratamento.

Quais são os efeitos colaterais?

Ao ser submetido ao uso de qualquer medicamento, o nosso organismo têm reações adversas. Como cada corpo reage de uma forma, os efeitos colaterais do Ozempic também podem se apresentar de formas diferentes, podendo até trazer reações mais graves.

Confira alguns efeitos colaterais, de acordo com a Novo Nordisk, fabricante do medicamento.

2 reações mais comuns

Segundo a empresa, esses efeitos podem afetar mais de 1 a cada 10 pessoas:

1. enjoo;
2. diarreia.

11 reações comuns

Nesse caso, os efeitos podem afetar até 1 em cada 10 pessoas que utilizam o Ozempic:

1. vômito;
2. baixa glicemia (hipoglicemia);
3. indigestão.
4. desconfortos ligados ao estômago como gastrite, refluxo ou azia;
5. dor e inchaço abdominal;
6. prisão de ventre;
7. gases;
8. cálculo biliar.
9. sensação de tontura e/ou cansaço;
10. perda de peso e apetite;
11. retinopatia diabética — esta é uma complicação no olho e é considerado um efeito colateral grave. Por isso, procure o oftalmologista caso sinta algum desconforto, como alterações na visão, durante o tratamento com este medicamento.

4 reações incomuns

Os efeitos colaterais listados abaixo são mais difíceis de acontecer. De acordo com a fabricante, podem afetar 1 a cada 100 pessoas. Apesar de incomum, é importante conhecê-las para ficar atento e procurar ajuda, se necessário:

1. alteração no gosto de alimentos ou bebidas;
2. pulso rápido;
3. reações alérgicas ou no local da injeção, como hematoma, dor, irritação, coceira e erupção cutânea;
4. pâncreas inflamado (pancreatite aguda) — este também é um efeito colateral grave. Assim, se sentir dor intensa no estômago e nas costas, que não vai embora, procure um médico imediatamente.

Como já mencionado, cada corpo reage de uma forma e agentes externos, como outros remédios e condições de saúde, também podem interferir em como seu organismo recebe o remédio.

Por isso, não opte pela automedicação. Agenda uma consulta com o endocrinologista que saberá avaliar a necessidade desse medicamento (ou outro) para o seu caso.

Como emagrecer com saúde

Tanto a perda quanto o ganho de peso devem ser supervisionados preferencialmente e, no mínimo, por nutricionistas e nutrólogos.

Endócrinos também são indicados, pois eles podem solicitar exames para saber se a variação de peso não está ligada a outros fatores, como hipotireoidismo e hipertireoidismo.

Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a esses e outros especialistas pagando mais barato. A assinatura ainda concede descontos em exames, na compra de remédios em farmácias parceiras e você não paga uma nova consulta se o médico solicitar retorno no prazo de 30 dias.

O benefício também pode se estender a mais 4 pessoas da sua família, sem restrição de idade, para que todos cuidem da saúde e bem-estar.

Além do acompanhamento com profissionais da saúde, existem alguns hábitos que podem te ajudar a emagrecer de forma saudável (que apesar de parecerem clichês, fazem toda a diferença):

• ter uma alimentação equilibrada;
• praticar atividades físicas regularmente;
• beber água (aproximadamente 2 litros por dia para adultos);
• dormir bem.

Lembre-se que o mais importante é estar com a saúde em dia — seja ela física, mental, social. Cuidar de você é um ato de amor que deve ser praticado diariamente mesmo com pequenas ações.

O dr.consulta quer estar ao seu lado nessa jornada. Conte com a nossa equipe especializada e tenha acesso a mais de 60 especialidades e milhares de exames, além de vacinas e check-ups.

Fontes:

• Sociedade brasileira de Endocrinologia e Metabologia;
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa;
• Novo Nordisk.