Pé de atleta tem cura: cuidados diários e uso de antifúngicos
Apesar de não ser considerado grave na maioria dos casos, o pé de atleta (termo comum para tinea pedis), impacta diretamente a qualidade de vida, causa desconforto e pode gerar complicações quando não recebe o cuidado adequado.
Essa condição é uma questão de saúde recorrente em regiões de clima quente e úmido, principalmente onde há uso intenso de sapatos fechados e contato com superfícies úmidas.
O que é o pé de atleta?
O quadro é uma micose dos pés causada por fungos dermatófitos, que se alimentam da queratina presente na pele, unhas e cabelos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a infecção atinge preferencialmente a região entre os dedos, mas também pode avançar para as solas e bordas laterais dos pés.
A transmissão ocorre por contato direto com pessoas infectadas, com animais ou com ambientes contaminados, como chuveiros, piscinas e vestiários, por exemplo.
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Principais causas do pé de atleta
O crescimento excessivo de fungos está associado a fatores ambientais e comportamentais, como:
- umidade e calor: pés úmidos dentro de calçados fechados criam o ambiente ideal para proliferação fúngica;
- uso de sapatos apertados ou de material sintético: aumenta a transpiração e dificulta a ventilação;
- contato em áreas públicas úmidas: piscinas, saunas e vestiários são locais de risco elevado;
- imunidade reduzida e diabetes: maior vulnerabilidade para infecções e complicações;
- prática de esportes e natação: exposição constante à água facilita o desenvolvimento da micose.
Esses fatores explicam porque o pé de atleta é tão comum em regiões de clima quente. Por isso, reconhecer as situações de risco é essencial para adotar medidas preventivas e evitar a recorrência dessa micose.
Quem tem maior risco de desenvolver pé de atleta?
Embora possa atingir qualquer pessoa, alguns grupos apresentam maior propensão a desenvolver a condição. De acordo com a Biblioteca Nacional de Medicina Norte-Americana, a National Library of Medicine (NIH), a chance é maior em:
- pessoas com diabetes, devido à fragilidade da pele e à circulação comprometida;
- indivíduos imunossuprimidos, como aqueles em tratamento com quimioterapia, usuários de corticoides ou transplantados;
- adultos do sexo masculino, possivelmente em razão do tipo de calçado mais utilizado e à transpiração aumentada;
- praticantes de esportes, como corredores, nadadores e frequentadores de academias;
- trabalhadores que usam sapatos fechados por longos períodos.
Reconhecer esses grupos auxilia na prevenção direcionada e reforça a importância de atenção aos primeiros sinais de alteração na pele.
Sintomas característicos
O pé de atleta apresenta sinais que variam conforme a região afetada:
- entre os dedos: descamação, coceira intensa, fissuras e até sangramento;
- na sola e nas laterais dos pés: áreas avermelhadas, ressecamento e espessamento da pele, podendo lembrar outras condições como eczema;
- formas inflamatórias: surgimento de bolhas, dor e lesões úmidas;
- evolução para as unhas: leva à onicomicose, caracterizada por alterações na cor e espessura.
Em alguns casos, a infecção pode ser confundida com psoríase, dermatite de contato, eczema plantar e até escabiose (sarna).
Por isso, o exame clínico com médico e a raspagem de pele (teste micológico) para análise em laboratório ajudam a confirmar o diagnóstico.
Tratamento do pé de atleta
O uso de antifúngicos em creme, spray, gel ou pó é a primeira escolha na maioria das vezes. No entanto, em situações resistentes, extensas ou com comprometimento das unhas, os dermatologistas recorrem a antifúngicos orais, como terbinafina, itraconazol ou fluconazol.
O tempo de uso varia de algumas semanas a meses, principalmente quando há envolvimento ungueal. Além da terapia antifúngica, orientações médicas incluem manter os pés secos, alternar calçados, descartar sapatos antigos e usar meias de algodão.
Riscos e complicações
Apesar de ser considerada uma condição benigna, a falta de tratamento pode favorecer o surgimento de infecção bacteriana devido a fragilidade da pele.
Além disso, pode ocorrer impetigo (lesões crostosas altamente contagiosas), erisipela (inflamações mais profundas, sobretudo em pessoas com diabetes), e linfangite (inflamação dos vasos linfáticos em quadros graves).
5 maneiras de prevenir o pé de atleta
O Ministério da Saúde destaca que a prevenção das micoses passa, principalmente, por cuidados simples de higiene e atenção ao dia a dia. Pequenas mudanças de hábito ajudam a manter a saúde dos pés em boas condições. As principais recomendações são:
- secar bem os pés, principalmente entre os dedos;
- usar chinelos em ambientes coletivos como vestiários e piscinas;
- trocar de meias diariamente e preferir tecidos respiráveis como algodão;
- evitar o uso contínuo do mesmo calçado e optar por modelos ventilados;
- higienizar sapatos e meias com produtos antifúngicos quando indicado.
O pé de atleta é uma infecção fúngica comum, mas que exige atenção para evitar complicações e recidivas.
Além disso, as práticas de prevenção são tão importantes quanto o tratamento, pois reduzem a chance de reinfecção. Cuidar dos pés também significa investir em bem-estar e qualidade de vida.
Fontes:
[…] Dr. Consulta […]