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O que é o pé diabético e 8 orientações para a prevenção

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Considerado uma complicação séria do diabetes, o quadro é caracterizado pela presença de infecções, úlceras e destruição dos tecidos de um ou de ambos os pés do paciente.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 25% das pessoas com o distúrbio metabólico podem apresentar o chamado pé diabético. 

Esse agravamento é motivo de preocupação, uma vez que pode levar à amputação dos membros afetados. Confira os sintomas, tipos, tratamentos e formas de prevenção no conteúdo a seguir.

Os tipos e sintomas do pé diabético

De acordo com o Ministério da Saúde, essa complicação do diabetes é observada quando a pessoa apresenta alterações neurológicas e/ou vasculares nas extremidades. Por isso, é possível classificar as complicações em dois tipos principais: 

1.Neuropática

Ocorre quando há perda progressiva ou ausência da sensibilidade, especialmente em casos de neuropatia diabética. Outros sintomas são: 

2. Vascular (ou isquêmico)

Existe ainda o tipo misto, com características sintomáticas e causais mescladas. Dores intensas ao pisar ou elevar o pé são os principais sintomas. Pode ocorrer também:

Para o diagnóstico, tratamento e orientações para a prevenção do pé diabético, é preciso a consulta com o médico que acompanha o tratamento do paciente, como o especialista em Endocrinologia, ou com o cirurgião vascular, a depender do caso.

Para que haja assertividade no diagnóstico, alguns exames podem ser solicitados. Com o Cartão dr.consulta, é possível acessar diferentes especialidades médicas e realizar exames laboratoriais ou de imagem com valores acessíveis. 

Além disso, pacientes com o distúrbio metabólico, hipertensão e colesterol alto (dislipidemia) podem contar com apoio dos profissionais da linha de cuidados do programa Viva Bem, que oferece suporte específico para esses casos.

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Por que a amputação pode ocorrer?

Quando uma ferida aparece no pé do paciente diabético, o tratamento pode variar conforme o grau da lesão, informa a Universidade Federal de São Paulo. 

Aquelas que não infeccionam dependem apenas da limpeza e do uso de curativos especiais. As que infeccionam, por outro lado, necessitam de administração de antibióticos. 

A remoção do tecido lesionado se torna necessária quando há agravamento da infecção. Quando a área lesionada é muito grande, pode ser necessária a amputação do membro.

Normalmente, a pessoa se dá conta dessa condição apenas quando o pé diabético está em estágio avançado. Segundo o Ministério da Saúde, o pé diabético é responsável por 40% a 70% das amputações não traumáticas de membros inferiores na população geral. 

Por isso, é muito importante ter atenção ao próprio corpo e procurar o atendimento médico assim que notar os primeiros sintomas, pois, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a maioria das amputações é evitável. 

Dicas para prevenir lesões e amputação dos pés

A SBEM recomenda algumas práticas que ajudam a evitar o pé diabético e suas complicações. São elas:

  1. examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado, observando a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor;
  2. manter os pés sempre limpos, usando água morna, preferencialmente para evitar queimaduras;
  3. usar toalha macia para enxugá-los sem esfregar;
  4. manter a pele dos pés hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas;
  5. usar meias sem costura, de algodão ou lã (evitar o nylon);
  6. manter unhas cortadas. É importante lavar os pés e secá-los bem durante o processo, usar um alicate apropriado ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas e a cutícula mantida;
  7. não andar descalço e manter os pés sempre protegidos – inclusive na praia e na piscina;
  8. usar calçados fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos que ofereçam firmeza. Sapatos terapêuticos especiais são ainda melhores.

Além disso, é importante manter hábitos saudáveis e o tratamento indicado para o diabetes. Isso ajuda a manter a glicemia controlada. Por fim, ao observar alguma lesão com dificuldade de cicatrização, não deixe de procurar atendimento médico.

Fontes

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