Você sabia? Mitos e verdades sobre pedra nos rins
Se você está agora em uma sala com mais 10 pessoas, é possível que pelo menos uma delas já tenha tido pedra nos rins, caso não seja você mesmo.
Isso porque, segundo dados do Portal da Urologia, 1 em cada 10 pessoas no Brasil sofre com a doença, sendo mais comum entre adultos jovens, de 20 a 35 anos e mais frequente em homens.
Resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina, os cálculos são formações endurecidas que se instalam nos rins ou vias urinárias e são popularmente conhecidos como pedra nos rins.
Muitas vezes podem ser assintomáticas, mas quando causam dor, ela costuma ser forte e, geralmente, faz com que o paciente tenha dificuldades para realizar suas atividades diárias, tendo que correr para o pronto-socorro.
Acompanhe o conteúdo para descobrir os principais mitos e verdades sobre essa doença. E de bônus, você encontrará algumas dicas para saber como lidar com as pedras caso apareçam. Não vai perder, né?
Por que temos pedra nos rins?
Os rins têm a função de equilibrar o volume de água do organismo e filtrar as impurezas que circulam na corrente sanguínea, produzindo assim a urina, que fica armazenada na bexiga e depois é eliminada pelo corpo.
Porém, pequenos cristais podem aparecer como resultado do processo de filtragem do sangue, como cálcio e ácido úrico e, quando em excesso no organismo, eles se agrupam formando pedrinhas que ficam alojadas no órgão, ou em outras partes do sistema urinário, como ureteres, bexiga e uretra.
Algumas vezes essas formações passam despercebidas por um longo tempo, pois não apresentam dor ou qualquer outro sintoma. Mas, em outras, podem provocar dor intensa, conhecida como cólica renal, que precisa de tratamento mais rápido.
Em alguns casos, elas são tão grandes que podem causar obstrução das vias urinárias, durante o seu deslocamento. Com isso, a função renal é prejudicada, o que pode resultar em eventual perda ou destruição do tecido desses órgãos.
Segundo o Centro Brasileiro de Urologia, os cálculos renais podem ser classificados em 4 tipos:
- cálculo de cálcio: é o tipo mais comum;
- cálculo de cistina: surge em pessoas com cistinúria, uma doença renal crônica;
- cálculo de estruvita: são os que mais crescem e podem bloquear pontos do sistema urinário;
- cálculo de ácido úrico: o tipo de pedra no rim mais comum nos homens.
As causas mais frequentes dessa condição, segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, são:
- predisposição genética;
- sedentarismo;
- obesidade;
- dieta rica em proteínas e sódio (sal);
- infecções e alterações anatômicas do trato urinário;
- diabetes e;
- doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn.
A frequência de ocorrência da pedra nos rins também é constantemente associada a desidratação e altas temperaturas, o que faz de regiões de clima quente e seco um fator de risco. Estima-se, segundo o Portal da Urologia, que a incidência aumenta 30% no verão.
Os principais sintomas da doença são:
- cólicas fortes, repentinas e cíclicas, que irradiam para as costas e para o abdômen, na parte inferior;
- dificuldade e ardência ao eliminar pequena quantidade de urina;
- desejo frequente de urinar;
- presença de sangue na urina;
- febre;
- náuseas e vômitos, devido à dor forte.
Diante dos sintomas, é essencial buscar ajuda médica. Na consulta, o diagnóstico será realizado com a ajuda de um raio-X de abdômen, ultrassonografia computadorizada ou pela urografia excretora, exame mais específico que permite o estudo radiológico dos rins, vias urinárias e bexiga.
Ainda poderão ser realizados exames laboratoriais de urina para identificar o acúmulo de cristais, presença de sangue ou infecção, contribuindo para o diagnóstico e definição do tratamento.
Uma vez constatada a presença de pedra nos rins, o tratamento é feito por medicamentos e analgésicos, que devem sempre ser indicados pelo médico.
Outro item importante é o aumento da quantidade de água ingerida, para que elas sejam eliminadas naturalmente, quando possível. Agora, se elas forem grandes ou obstruírem a passagem da urina, pode ser necessário realizar uma cirurgia de cálculo renal.
Atualmente, esses procedimentos são realizados por micro câmeras, endoscopia, fibras de luz e laser. Assim, os cristais são fragmentados e removidos sem corte, permitindo uma rápida recuperação.
Mitos e verdades sobre a pedra nos rins
“Quem come alimentos ricos em cálcio em abundância tem pedra nos rins?”, “Chá de quebra-pedras cura essa doença?” Esses são só algumas das muitas crenças e mitos sobre as causas e tratamento da pedra nos rins.
Para eliminar qualquer dúvida ou mal-entendido, trazemos a seguir o que é mito e o que é verdade sobre esta doença.
Chá de quebra-pedras cura a pedra nos rins
Mito. A “quebra-pedra” é uma planta medicinal, também conhecida como Pimpinela branca, Conami ou Fura-parede e é popularmente recomendada para ajudar no tratamento.
Por conter bastante água em sua composição, o chá de “quebra-pedra” consegue auxiliar na prevenção da doença.
Contudo, há situações nas quais o chá não influencia no combate aos cálculos renais. Ou seja, é um mito acreditar que o famoso chá de “quebra-pedra” é uma cura. Mas, ele pode, sim, ajudar em certos casos.
Alimentos ricos em cálcio levam a formação de cálculo renal
Mito. Apesar de parecer correto, os alimentos ricos em cálcio, mesmo quando consumidos em excesso, não causam a doença.
Isso porque, nos casos de cálculo de cálcio, os cristais se formam a partir de uma alteração na capacidade dos rins em reabsorver o mineral, e não pelo excesso dele presente no organismo.
Inclusive, se houver diminuição expressiva da quantidade desse mineral no nosso corpo, o organismo pode reabsorver o cálcio dos ossos, possibilitando o desenvolvimento de outra doença. Por isso, na dúvida do que fazer ou não, busque sempre ajuda médica.
Toda pedra no rim causa cólica renal
Mito. Essas formações, quando são bem pequenas, conseguem ser eliminadas pela urina sem causar nenhuma dor, pois não provocam obstrução.
A dor só aparece quando elas são maiores, ou então, quando se localizam em alguma região delicada do trato urinário.
A presença de um histórico familiar em cálculo renal aumenta o risco da incidência da doença
Verdade. Infelizmente, quando há casos no histórico familiar, as chances de outras pessoas dessa família também desenvolverem a doença aumenta muito.
Isso acontece, pois há a presença de um distúrbio metabólico hereditário, constituindo assim um fator de risco.
Quem já teve pedra nos rins têm mais chance de ter de novo
Verdade. Pacientes que já tiveram cálculo renal têm maiores chances de terem outros episódios. E, isso vai depender da gravidade do distúrbio metabólico que levou ao desenvolvimento.
Geralmente, essa é uma enfermidade que acompanha os pacientes ao longo de toda vida, com crises que vão e voltam. Por isso, mudanças de hábitos são fundamentais para se prevenir e cuidar da saúde dos rins.
Refrigerantes, enlatados e conservas favorecem a formação de pedras nos rins
Verdade. Esses alimentos têm alto teor de sódio e aumentam a excreção dele e de cálcio na urina, favorecendo a formação de cristais. A sua ingestão deve se limitar a 4g de sal/dia. Fique atento às embalagens e procure sempre por opções com menos sódio.
O melhor tratamento para pedra nos rins é cirurgia
Mito. O melhor tratamento depende do tamanho e da localização da pedra e pode variar para cada pessoa. Segundo a Secretária da Saúde do Estado de São Paulo, aproximadamente 85% das pessoas conseguem expelir as formações naturalmente pela urina.
5 dicas para lidar com a cólica de rins e eliminar as pedras
Como já dissemos, a cólica de rim é uma das piores dores relatadas, e é frequentemente comparada à dor do parto. Para te ajudar, preparamos 5 dicas para lidar com ela e auxiliar na eliminação das pedras.
- não faça movimentos bruscos: quando você tiver uma crise, o melhor é repousar. Movimentar o corpo pode intensificar a dor, fazendo com que a pedra se mexa, agravando o quadro.
- procure atendimento de urgência: por ser uma dor muito intensa, você pode necessitar ir a uma unidade de atendimento emergencial, para iniciar a medicação a fim de realizar o controle inicial da dor.
- beba muito líquido para eliminar cálculos pequenos: beber no mínimo dois litros de água por dia é essencial para estimular a formação da urina e o bom funcionamento dos rins, facilitando a eliminação dessas formações.
- beba sucos cítricos: as frutas cítricas são ricas em ácido cítrico e produzem, quando consumidas, um sal chamado citrato que impede a formação desses cristais no organismo.
- use bolsa de água quente na região da dor: o calor ajuda a dilatar os canais urinários, facilitando a passagem do cristal, além de promover alívio da dor.
Você não precisa esperar ter pedra nos rins para cuidar da sua saúde. Fazer check-ups preventivos ajuda no acompanhamento dessa e outras doenças do trato urinário.
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Fontes:
Ótimas dicas para todos nós que temos pedras nos rins
?
Estou com 2 pedras no rim de 6mm cada onde já tive 4 crise de dor terrível e estou tomando muita água, já fiz 10 dias direto tomando 2 litro de chá de quebra pedra e 2 a 4 de água e eu não espeli elas. Faz mais de 2 meses estou com muito medo de piorar ou tiver outra dor não sei oque fazer
Olá! Caue, tudo bem? Orientamos que passe em consulta com um médico!
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