Raspagem no dente ajuda na limpeza bucal. Saiba quando fazê-la

A saúde da boca vai muito além da escovação diária dos dentes. Em muitos casos, é necessário recorrer a procedimentos odontológicos específicos para prevenir e tratar condições que afetam diretamente o bem-estar da região.
Um deles é a raspagem dentária, técnica que visa remover placas bacterianas, podendo ser classificada em duas modalidades conforme a localização: supragengival (acima da gengiva) e subgengival (abaixo dela).
Vale lembrar que o acúmulo dessas partículas é um dos principais fatores para o desenvolvimento de inflamações como a gengivite e a periodontite, que comprometem os tecidos de suporte dos dentes.
Como é feita a raspagem no dente
Nela, o dentista utiliza instrumentos manuais específicos para eliminar toxinas e depósitos calcificados de forma eficiente.
De acordo com o Manual para Clínica de Periodontia, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), a cureta de Gracey (utensílio pontiagudo usado para a raspagem) deve ser posicionada na base do tártaro, com a parte não cortante voltada para o tecido gengival, a fim de evitar lesões.
Alguns quadros podem exigir ainda o uso do ultrassom odontológico, indica o Jornal da USP, um aparelho que emite vibrações para facilitar a retirada, tornando o processo menos invasivo e mais confortável para o paciente.
Alisamento radicular é uma etapa fundamental do tratamento
A principal função desse método, que é complementar e pode ser realizado na sequência, é suavizar a superfície das raízes dos dentes, danificadas pela presença das placas ou pela inflamação.
Além de contribuir para a readequação e cicatrização da gengiva, ela também dificulta a aderência de novas bactérias.
Quando as duas técnicas são combinadas, dá-se o nome de Raspagem e Alisamento Radicular (RAR), considerado o padrão-ouro no tratamento não cirúrgico da periodontite, segundo artigo da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu, em Minas Gerais.

Situações em que a raspagem é indicada
Os casos mais comuns incluem:
- presença de tártaro;
- sinais de gengivite ou periodontite (sangramento, inchaço, mau hálito e mobilidade dentária);
- bolsas periodontais (espaços anormais entre o dente e a gengiva causados pela destruição do tecido);
- profilaxia periodontal (em pacientes com risco aumentado para tais condições, como pessoas com diabetes e tabagistas).
No entanto, o diagnóstico correto deve ser sempre feito por um dentista, que avaliará as circunstâncias apresentadas e indicará a melhor abordagem.
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Benefícios da raspagem no dente
Entre as principais vantagens para a manutenção da saúde bucal, destacam-se:
- redução da inflamação gengival;
- diminuição das bolsas periodontais;
- melhora na fixação do dente;
- prevenção da periodontite;
- alívio de sintomas (como a halitose);
- prevenção de complicações, a exemplo das disfunções cardiovasculares e do diabetes.
Portanto, a raspagem dentária vai além da estética e está diretamente ligada ao bem-estar do organismo como um todo.
Pontos de atenção após o procedimento
É comum que o paciente sinta sensibilidade e leve desconforto nas regiões em que as técnicas foram aplicadas.
Para garantir uma boa recuperação, recomenda-se:
- seguir rigorosamente a orientação do dentista;
- manter a higiene oral com escovação cuidadosa e uso de fio dental;
- evitar alimentos muito duros ou ácidos nos primeiros dias;
- utilizar enxaguantes bucais (se forem prescritos).
Adotando esses cuidados, é possível proporcionar uma boa saúde bucal a longo prazo, sem a necessidade de intervenções mais invasivas no futuro.
Fontes: