Ícone do siteBlog dr.consulta

Riscos da diabetes gestacional para a grávida e o bebê

dr.consulta - gestante com diabetes, riscos da diabetes gestacional, medição da glicose, diabetes na gravidez

Caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose, a diabetes ocorre em grávidas por alterações hormonais típicas da gestação. 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a placenta produz substâncias que aumentam a resistência à insulina, o que interfere diretamente na elevação da glicemia.

A diabetes gestacional é motivo de preocupação, uma vez que oferece riscos à grávida e ao bebê.

Idade, excesso de peso e outros fatores de riscos da diabetes gestacional

De acordo com a Febrasgo, alguns aspectos favorecem o desenvolvimento da condição na gravidez. Entre eles:

Sintomas devem ser confirmados com exames

Diferente de outros tipos, a diabetes gestacional não gera sinais evidentes, explica um estudo publicado no Brazilian Journal of Development. 

Sede excessiva, aumento do apetite, do cansaço e da produção de urina são, por si só, sintomas comuns da gravidez. Por isso, é importante que a gestante realize o acompanhamento e exames de pré-natal.

A Febrasgo, com base em recomendações da Associação Americana de Diabetes e Organização Mundial de Saúde, indica os seguintes valores de glicemia para o diagnóstico:

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) também recomenda o exame de curva glicêmica para gestantes com glicemia menor que 92 mg/dL entre a 24ª e a 28ª semana. Se os resultados indicarem glicemia elevada, o tratamento deve começar imediatamente, reduzindo riscos para a mãe e o bebê.

Com o Cartão dr.consulta, é possível acessar diferentes exames e especialidades médicas  que favorecem tanto a realização de um pré-natal seguro quanto a investigação de eventuais complicações gestacionais.

Além disso, pacientes com indicação podem ingressas no programa Viva Bem, que suporte e orientações sobre o cuidado com diabetes, hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).

Riscos ao bebê

A placenta interfere diretamente na ação da insulina e contribui para a elevação da glicose no sangue.  Como esse aumento, o pâncreas passa a produzir o hormônio em excesso na tentativa de controlar a hiperglicemia, explica a SBD.

No entanto, a insulina estimula também o crescimento e aumento de peso do feto. É por isso que bebês de gestantes com diabetes nascem grandes (acima de 4 kg).

A hiperglicemia durante a gestação também aumenta as chances de nascimento prematuro, de óbito fetal e de desenvolvimento de obesidade, síndrome metabólica e o próprio distúrbio metabólico pela criança no futuro, informa a Febrasgo.

Cuidados na hora do parto e puerpério

Gestantes com a condição apresentam maior risco para pré-eclâmpsia (hipertensão gestacional), eclâmpsia (complicação derivada da pré-eclâmpsia que causa convulsões generalizadas), distocia de ombros no parto (quando o bebê, normalmente grande, fica preso nos ossos pélvicos da grávida) e cetoacidose – as duas últimas consideradas emergências médicas.

Não há consenso sobre o momento ideal para o parto, mas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomenda que a gravidez não ultrapasse a 41ª semana.

Soma-se a essa indicação o alerta de que o parto antes da 37ª semana deve ser uma decisão baseada em fatores específicos, que garantam a segurança de mãe e bebê. 

Após o parto e remoção da placenta, é esperado que a resistência à insulina não ocorra mais. Entretanto, algumas pacientes podem desenvolver a hiperglicemia resistente – quadro confirmado em exames de glicemia em jejum realizado 24 e 72 horas após o parto.

É importante que a paciente fique atenta, especialmente no puerpério (momento após o parto), com a glicemia porque a diabetes gestacional pode levar ao desenvolvimento do tipo 2 após o nascimento do bebê.

Tratamento e prevenção da diabetes gestacional

Imagem ilustrativa (GettyImages)

O monitoramento da glicose da gestante deve ocorrer desde o início do pré-natal, seja por meio de exames laboratoriais ou pela medição feita em casa

Contribuem para o tratamento e, principalmente, para a prevenção, praticar exercícios físicos regularmente e manter hábitos alimentares saudáveis. 

Em alguns casos, o uso de medicamentos é necessário, informa a SBD. Aqui, vale lembrar que o uso de qualquer remédio deve ser prescrito sempre pelo médico. 

Alimentação na gravidez para evitar a diabetes

Optar por produtos in natura, integrais, proteínas magras, sementes, óleos vegetais, leites e derivados com baixo teor de gordura e leguminosas ajuda a manter a glicemia sob controle, de acordo com a Febrasgo. Isso inclui:

Exercícios possíveis para grávidas

Atividades aeróbicas por cerca de 20 a 30 minutos diários são as mais indicadas pela Febrasgo. Nesse sentido, a grávida pode praticar caminhada, corrida, dança aeróbica, natação, hidroterapia, remada, entre outros. 

Fontes:

Sair da versão mobile