Como tratar a cólica menstrual da maneira correta

Sentir incômodos durante os dias da menstruação é comum, mas, em determinadas situações, pode afetar profundamente a qualidade de vida e até estar relacionado a outras causas.
Por isso, entender quando a cólica menstrual é normal e suas formas de tratamento é fundamental para garantir mais conforto e bem-estar.
Entendendo a cólica menstrual
A sensação dolorida na região pélvica ocorre pela contração na parte inferior do abdômen. Costuma estar associada à produção excessiva de prostaglandinas, substâncias que intensificam esses movimentos e os tornam mais frequentes, de acordo com um estudo publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
Também chamada de dismenorreia primária, pode vir acompanhada de outros sintomas, como dores nas costas e de cabeça, enjoo, diarreia e fadiga.
É mais habitual em mulheres jovens e pode se tornar menos vigorosa com o tempo ou após a primeira gestação. Porém, muitas vezes pode ainda comprometer atividades cotidianas, como trabalhar, estudar ou praticar atividades físicas.
Quando a dor acende sinal de alerta
Embora muitas pessoas convivam com o desconforto mensalmente, quando ele é muito forte, não melhora com abordagens tradicionais ou surge fora do período menstrual, deve ser investigado.
Nestes casos, é possível o diagnóstico de dismenorreia secundária, que está ligada a condições como endometriose, adenomiose ou miomas uterinos, conforme descrito na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, publicação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).
Além do ginecologista, a consulta com mastologista pode ser recomendada para avaliação integral da saúde da mulher, principalmente se houver queixas associadas às mamas. Outras especialidades como endocrinologia e nutrição também podem contribuir com o controle dos sintomas.
O Cartão dr.consulta oferece acesso facilitado a essas especialidades, com descontos exclusivos em atendimentos, exames e outros serviços. E ainda conta com programas de saúde que permitem o acompanhamento completo com um time multidisciplinar e consultas de enfermagem (on-line e gratuitas), que contribuem com informações sobre como tratar a cólica menstrual.

Primeiras opções de tratamento
Diante de dismenorreia primária, opções farmacológicas são as prescrições mais frequentes, incluindo:
- anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): medicamentos de primeira linha, como ibuprofeno, naproxeno e ácido mefenâmico. Atuam inibindo a produção de prostaglandinas e devem ser iniciados no primeiro sinal de dor;
- contraceptivos hormonais: reduzem o fluxo menstrual e a liberação das substâncias, aliviando os sinais característicos. Estão disponíveis em forma de pílulas, anéis vaginais, adesivos, implantes e dispositivos intrauterinos (DIU hormonal).
Segundo o estudo da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, ambos têm alta eficácia quando bem indicados.
Alternativas complementares
Outras terapias também podem ser aplicadas para tratar a cólica menstrual, amenizando os incômodos. Entre elas:
- uso de calor local (como bolsas térmicas);
- prática de exercícios físicos regularmente;
- acupuntura e acupressão;
- suplementação com vitamina B1 e vitamina E;
- consumo de ômega 3.
Casos de cólica menstrual muito forte
Para dores incapacitantes que não respondem a intervenções convencionais, pode haver necessidade de investigação médica por meio de ultrassonografia, ressonância magnética ou até mesmo laparoscopia diagnóstica.
Mulheres com endometriose grave, por exemplo, podem precisar de tratamento cirúrgico. Conforme relatado no artigo publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, a videolaparoscopia é uma das operações mais utilizadas para aliviar as queixas e preservar a fertilidade.
Procedimentos mais invasivos só podem ser recomendados por profissionais, como o ginecologista, após avaliação individualizada e monitoramento do quadro.
Cuidados e prevenção
Adotar um estilo de vida saudável também ajuda na prevenção e redução das manifestações físicas. Praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada, evitar o tabagismo e controlar o estresse são medidas que favorecem o equilíbrio hormonal.
Dormir bem e ter uma hidratação adequada também contribuem para o bom funcionamento do organismo, podendo influenciar positivamente na regularidade e intensidade dos ciclos menstruais.
Com apoio especializado e cuidados constantes, é possível minimizar os impactos das cólicas menstruais e garantir a qualidade de vida mesmo durante os períodos de fluxo.
Fontes:
- Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences;
- Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
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