O câncer no fígado é bastante agressivo. Essa doença ataca um dos órgãos mais importantes do nosso corpo, e pode ter início no próprio fígado, ou em outras partes do corpo e se disseminar para o órgão. Assim, os sintomas de câncer no fígado são bastante específicos, mas, geralmente, demoram para aparecer.
O fígado é responsável por diversas tarefas essenciais para o nosso organismo. Entre elas, a degradação e metabolização de substâncias nocivas, produção de bile para a digestão. Bem como a produção de proteínas essenciais para a coagulação e a manutenção do equilíbrio de fluidos no corpo.
Por isso, diagnosticar um câncer de fígado o quanto antes é fundamental, já que, este órgão, conta com uma capacidade de regeneração impressionante. Isso porque ele consegue manter a sua função mesmo quando são retirados dois terços dele.
Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), dentre os cânceres que se iniciam no próprio fígado, a maior incidência, em 80% dos casos, é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. No conteúdo de hoje, vamos falar sobre todos eles, além de trazer os sintomas do câncer de fígado, as causas da doença, como é feito o seu diagnóstico e tratamento.
Vamos lá? Então acompanhe e informe-se!
O que é e quais as principais causas
Antes de entender os sintomas de câncer no fígado, é importante entender o que é essa doença.
Predominantemente, o câncer do fígado origina-se de processos que levam a inflamação crônica do fígado, destacando-se a hepatite e a cirrose. Assim, essas inflamações podem advir de excesso de bebida alcoólica, infecções pelos vírus da hepatite B e C e de acúmulo de gordura no fígado.
O câncer de fígado geralmente começa como um nódulo isolado ou com nódulos múltiplos no interior do órgão.
Nas fases iniciais, o crescimento costuma ser lento e assintomático, de modo que, quando o diagnóstico é feito, a doença pode já se encontrar em estágio avançado, comprometendo áreas extensas. Por essa razão, somente 20% a 30% dos pacientes com hepatocarcinoma apresentam tumor ainda restrito ao fígado no momento do diagnóstico.
Os demais já chegam com os linfonodos próximos ao órgão invadido ou com metástases, principalmente nos pulmões, pleuras, peritônio e ossos.
A maioria dos tumores do fígado se originam de outros órgãos (cerca de 70%) e são chamados de câncer secundário. O tumor inicia-se em outros órgãos como, por exemplo, pulmões, estômago, intestino ou mama e se disseminam para o fígado.
Assim, responsável por 1 em cada 10 tumores malignos hepáticos, o colangiocarcinoma é um tipo de câncer que surge nos ductos biliares, estruturas canaliculares responsáveis pelo transporte da bile do fígado para o intestino.
Já o carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma tem origem no próprio fígado, e é responsável por cerca de 80% dos tumores hepáticos que se originam diretamente no órgão.
Qualquer pessoa pode ter câncer no fígado, porém as causas mais comuns da doença, são dadas por alguns fatores de risco. São eles:
- Hepatite viral crônica: é o fator de risco mais frequente para câncer de fígado. Caracteriza-se pela infecção crônica pelo vírus da hepatite B ou C. Essas infecções levam a cirrose hepática e são responsáveis por tornar o câncer de fígado um dos mais incidentes em muitas partes do mundo.
- Cirrose: é uma doença em que as células do fígado são danificadas e substituídas por tecido cicatricial. Existem várias causas para a cirrose, uma delas é o excesso de consumo de álcool.
- Doença hepática gordurosa não alcoólica: condição comum nos obesos, a esteatose hepática caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura no fígado.
- Diabetes: A diabetes tipo 2 não controlada associada à obesidade é um fator de risco grande para desenvolvimento de tumor no fígado.
- Doenças parasitárias: enfermidades causadas por parasitas, como a esquistossomose, causam lesões no fígado e, se não tratadas adequadamente, podem gerar complicações futuras, como o câncer.
- Tabagismo: as substâncias tóxicas contidas no cigarro causam muitos danos ao organismo, o fígado é capaz de processar e eliminar muitas toxinas, contudo, a capacidade desse órgão é limitada.
Será que o que sinto são sintomas de câncer no fígado?
Vamos falar agora sobre os sintomas de câncer no fígado. Os sinais e sintomas desse câncer, na maioria das vezes, só aparecem nos estágios mais avançados da doença e podem incluir perda de peso sem motivo aparente, dor de barriga, náuseas e vômitos e pele amarelada.
Acompanhe a leitura e conheça os principais sintomas do câncer no fígado:
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Dor do lado direito do abdômen;
- Baço de tamanho aumentado;
- Perda de apetite;
- Sensação de estômago muito cheio, mesmo após refeições pequenas e leves;
- Náusea ou vômitos sem causa aparente;
- Olhos e urina escuros são sinais de icterícia, que alertam para problemas no fígado;
- Febre;
- Cansaço ou fraqueza;
- Câimbras pode ser um sinal de que o sistema circulatório alimentado pelo fígado pode estar prejudicado;
- Inchaço ou acúmulo de líquido no abdômen, chamado de ascite (barriga d’água);
- Veias aparentes na barriga, visíveis abaixo da pele;
- Presença de caroço duro do lado direito, abaixo das costelas, pois o fígado aumenta de tamanho, provocando desconforto;
- Coceira;
- Agravamento da hepatite ou cirrose;
- Pele amarelada.
Outros sintomas do câncer de fígado menos comuns são:
- Hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue), fazendo com que a sede e a micção aumentem
- Dor óssea, fraqueza muscular, confusão mental e fadiga;
- Hipoglicemia com prováveis sintomas que incluem confusão mental, palpitações, tremores e ansiedade;
- Glóbulos vermelhos do sangue aumentados;
- Colesterol em níveis mais elevados;
- Nos homens, a mama pode aumentar e os testículos diminuem de tamanho.
Os sintomas listados acima não são exclusivos do câncer de fígado e podem aparecer em outras doenças. Por isso, a presença deles não necessariamente indica câncer de fígado e você deve consultar imediatamente um médico para o diagnóstico correto.
Assim, quando diagnosticado precocemente e iniciado o tratamento, as chances de êxito serão mais efetivas.
Como descubro se tenho e como tratar?
Quando o paciente apresentar qualquer um dos sintomas descritos, ou for portador de um dos fatores de risco também descritos, deverá consultar um hepatologista – médico especialista em doenças do fígado, para descobrir quando se trata mesmo de sintomas de câncer no fígado.
Fazendo o diagnóstico do câncer de fígado
Após o exame clínico iniciado a partir do relato dos sintomas de câncer no fígado, o médico poderá solicitar alguns exames para diagnosticar o problema, entre eles:
- Ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou angiografia, que é um tipo de raio-X para examinar os vasos sanguíneos;
- Exames de sangue para verificar o funcionamento do fígado;
- Biópsia do fígado para fazer o teste de câncer, em casos raros.
Caso exista, nos resultados dos exames, uma comprovação do câncer, o médico mapeará sua localização para saber se ele se encontra apenas no fígado. Só então será possível recomendar o tratamento. Vale lembrar também que, nem todo nódulo ou cisto no fígado indicam câncer.
Por isso, é fundamental aguardar a análise das suas características para a conclusão. Em caso de alterações suspeitas, o médico pode solicitar uma biópsia, que irá mostrar se existem células cancerígenas no fígado.
Tratamento do câncer de fígado
Agora que você já conhece os sintomas de câncer no fígado e o diagnóstico da doença, é hora de falar do tratamento.
Mesmo ainda sendo um dos tipos mais agressivos de câncer, várias alternativas de tratamento estão disponíveis atualmente. Elas podem não só proporcionar mais qualidade de vida ao paciente, mas também levar a cura completa. Para cada tipo de câncer no fígado recomenda-se um tratamento.
Para a hepatectomia, por exemplo, a cirurgia é indicada nos casos em que o tumor é pequeno e não houve danos à função hepática. Com essa cirurgia somente a área afetada é removida e o órgão é capaz de continuar realizando as suas funções por completo.
Outras técnicas, como a radiofrequência, quimioterapia, radioterapia e medicamentos específicos para o enfrentamento do câncer de fígado também estão disponíveis atualmente.
Porém, o tratamento será indicado de acordo com a fase da doença, funcionamento do fígado e localização do tumor. Por fim, em alguns casos, o transplante de fígado é uma opção de tratamento.
Agora que você acompanhou em detalhes tudo sobre o câncer de fígado, viu como é importante manter a saúde sempre em dia? Principalmente porque não adianta apenas não sentir nada. Os sintomas de câncer no fígado demoram para aparecer e, quando dão sinais, pode ser tarde demais.
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6 dicas para se prevenir
Quando pensamos em doenças graves que podem ser evitadas, é melhor prevenir. Sendo assim, listamos 6 dicas simples para te ajudar a prevenir o câncer de fígado. Acompanhe:
- Evite o uso frequente e exagerado de álcool, essa é uma das principais causas de doenças no fígado que podem se agravar para um câncer;
- Mantenha a vacinação em dia! Tome as 3 doses da vacina contra a hepatite B;
- Mantenha o peso ideal. A obesidade é um dos fatores de risco para o câncer de fígado;
- Faça exercícios físicos e mantenha a uma boa alimentação, livre de frituras, gorduras e açúcar;
- Não fume. O tabagismo aumenta consideravelmente as chances de câncer de fígado
- Não se automedique, a frequente automedicação, mesmo que seja de analgésicos, podem provocar danos irreversíveis ao fígado, que podem evoluir para um câncer.
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