Ultrassonografia pélvica ginecológica: por que fazer?
Esse exame de imagem permite observar, em tempo real, a anatomia dos órgãos localizados na região inferior do abdômen.
Por isso, a ultrassonografia pélvica ginecológica é fundamental no acompanhamento da saúde da mulher.
O que a ultrassonografia pélvica pode identificar
Sua versatilidade é o que a torna uma ferramenta importante no diagnóstico e monitoramento de várias situações clínicas. Entre os achados mais frequentes estão:
- cistos ovarianos e miomas uterinos;
- alterações no endométrio;
- presença e posicionamento do DIU (dispositivo intrauterino);
- gravidez em fase inicial;
- distúrbios menstruais;
- doença inflamatória pélvica;
- malformações uterinas.
Ademais, pode ser solicitada em investigações de infertilidade ou na avaliação de dores abdominais de origem desconhecida.
Quando realizada de forma preventiva, favorece o rastreio precoce e manejos terapêuticos imediatos de quadros que poderiam se agravar com o tempo.
Como funciona o exame
A ultrassonografia pélvica pode ser feita de duas maneiras, dependendo da indicação médica:
- transabdominal: utiliza o transdutor (aparelho que capta as imagens) sobre a pele do abdômen inferior, com a mulher de bexiga cheia. Essa modalidade é mais comum em análises gerais da pelve ou em pacientes que não tiveram relação sexual com penetração;
- transvaginal: o dispositivo é introduzido na vagina e permite uma visão mais detalhada e precisa de estruturas como útero e endométrio (tecido que reveste o órgão), além de ovários, bexiga e trompas de falópio.
Ambas as abordagens são rápidas (duram de 20 a 30 minutos) e não exigem tempo de recuperação. São indolores, embora o segundo tipo possa causar leve desconforto, se assemelhando ao exame ginecológico de rotina.
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Quando o exame é recomendado
Geralmente, é uma das primeiras opções do ginecologista ou clínico geral para o rastreamento de questões ginecológicas comuns, segundo o Johns Hopkins Medicine, principalmente diante de sinais percebidos na avalição física. Algumas situações incluem:
- sangramento uterino fora do ciclo;
- dor pélvica crônica ou aguda;
- suspeita de gravidez ectópica (fora do útero), miomas ou cistos;
- acompanhamento de gestações;
- monitoramento de ovulação em tratamentos de fertilidade.
Preparação para a ultrassonografia pélvica
Para a versão transabdominal, é necessário ingerir líquidos cerca de 30 minutos antes e não esvaziar a bexiga, já que ela precisa estar cheia para melhorar a visualização dos órgãos internos.
Já para o ultrassom transvaginal, recomenda-se o contrário. Vale ressaltar que pode ser realizado a qualquer momento do ciclo menstrual, exceto durante o período de fluxo intenso, a menos que o médico solicite.
Benefícios e segurança
Por não emitir radiação, esse método é considerado seguro, acessível e com excelente custo-benefício, inclusive para gestantes e pacientes que precisam repeti-lo com frequência. Também não exige o uso de contraste, sendo viável para pessoas alérgicas ou com restrições renais.
A tecnologia é amplamente empregada nos consultórios e centros de diagnóstico, com dispositivos cada vez mais modernos, que oferecem imagens em alta definição e interpretação imediata.
Endometriose: papel do ultrassom no diagnóstico
Um dos progressos mais importantes na área ginecológica é a utilização do transvaginal com preparo intestinal para a identificação de focos de endometriose profunda – quadro inflamatório em que o endométrio cresce fora do útero, provocando dores intensas, alterações menstruais e, em alguns casos, dificuldade para engravidar.
Anteriormente, os casos costumavam levar até anos para serem diagnosticados corretamente. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), esse tipo de exame apresenta alta acurácia, sendo capaz de mapear o avanço do tecido endometrial em locais como intestino, bexiga e ligamentos uterossacros.
Isso possibilita condutas e tratamentos mais adequados, bem como a melhoria da qualidade de vida da mulher.
Diante de todos os benefícios, a ultrassonografia pélvica ginecológica é considerada um recurso indispensável para garantir a saúde feminina, seja no rastreio, monitoramento de condições ou avaliações de rotina.
Fontes:
[…] Segundo o Conselho Brasileiro de Radiologia (CBR), esse procedimento não inclui a avaliação dos órgãos pélvicos (útero, ovários, anexos, próstata e vesículas seminais). Para examinar essas estruturas, indica-se uma ultrassonografia específica. […]
[…] Ultrassons, ressonâncias magnéticas ou tomografias também podem ser solicitados e verificam se o tumor progrediu para outras áreas. […]
[…] do ultrassom pélvico com sonda abdominal, ele possibilita registros mais nítidos mesmo com a bexiga vazia, favorecendo a identificação de […]