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Entenda quando e como tomar a vacina meningocócica B

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O objetivo dessa vacina é conferir proteção contra a meningites e outras infecções meningocócicas causadas pela bactéria que recebe o nome de meningococo do tipo B (também chamada de Neisseria meningitidis do grupo B)

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), esse microrganismo é responsável por cerca de 20% do total de casos de doença meningocócica em todas as faixas etárias no Brasil. Por se tratar de uma condição potencialmente grave, garantir a prevenção por meio da vacinação adequada é essencial.

As diferenças entre meningites, doenças meningocócicas e meningococcemias

Embora sejam parecidos, esses termos dizem respeito a complicações de saúde relativamente diferentes. Por isso, é importante esclarecer de que forma cada alteração costuma se manifestar. 

Meningite 

Em resumo, essa é uma inflamação da meninge, a membrana (em outras palavras, uma película) que reveste o cérebro. Além do meningococo B, esse quadro pode ser provocado por:

Seja como for, episódios causados por um meningococo recebem o nome de meningites meningocócicas. 

A transmissão da bactéria costuma se dar por meio do contato de uma pessoa saudável com gotículas de saliva e secreções eliminadas pelos indivíduos infectados enquanto eles falam, tossem ou espirram. 

Estima-se que até 10% das pessoas carregam no organismo a Neisseria meningitidis, mas nunca vão manifestar qualquer sinal ou sintoma. Ainda assim, eles podem transmiti-la sem saber. 

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2007 e 2020, foram registrados quase 400 mil casos de meningite no Brasil. A maioria deles teve como causa identificada um vírus. Em seguida, vieram as bactérias.

Sinais e sintomas das meningites 

Infecções virais tendem a evoluir de forma mais leve e atingir sobretudo crianças. Os sintomas mais comuns envolvem rigidez no pescoço, falta de apetite e irritação (incluindo sensibilidade à luz), além de manifestações que podem lembrar uma gripe ou resfriado. 

Não existe tratamento específico para tais casos, mas o corpo tende a se recuperar bem apenas como o devido suporte (repouso, hidratação e medidas para alívio dos sintomas).

Contudo, meningites bacterianas costumam ser mais graves. É comum que o indivíduo apresente febre, dores intensas na cabeça e no pescoço, além de vômito e a presença de manchas vermelhas pelo corpo. 

Tal situação pode exigir atendimento imediato, sobretudo diante da dificuldade de diagnóstico (já que os sintomas são os mesmos de diversas doenças) e o risco de que a bactéria se espalhe pelo organismo.

Doenças meningocócicas e meningococcemias

Enquanto a meningite se restringe à camada que recobre o cérebro, aqui a bactéria responsável pela infecção se espalha por outras partes do corpo. Esse tipo de quadro também é chamado de septicemia meningocócica.

Isso se dá geralmente a partir do momento em que o microrganismo cai na corrente sanguínea e passa a se proliferar em regiões diversas do corpo. Diante disso, os sintomas podem ter início repentino. Entre as queixas mais comuns estão:

Sem o devido suporte, o indivíduo afetado entra em coma e evolui para óbito em pouco tempo. Isso reforça a necessidade de intervenção imediata para a introdução do tratamento necessário. 

Além disso, a prevenção também deve receber destaque sempre, o que inclui a devida imunização capaz de proteger contra a infecção pelo meningococo tipo B.

Imagem ilustrativa (GettyImages)

As principais indicações para a vacina meningocócica B

Como já destacado, este imunizante é destinado a oferecer proteção contra meningites e infecções generalizadas causadas pelo tipo B da bactéria responsável pela condição.

Qualquer vacina meningocócica B disponível atualmente é inativada. Isso significa que existem microrganismos inativados por agentes químicos ou físicos em cada dose administrada. Na prática, tal composição faz com que seja impossível desenvolver a infecção em razão da aplicação do imunizante.

A SBIm e a Sociedade Brasileira de Pediatria orientam que, se possível, bebês recebam essa vacina.  O ideal é que isso seja feito da seguinte forma:

Esse é considerado o esquema ideal de vacinação. Para crianças mais velhas, esses intervalos devem ser diferentes. Assim sendo:

Nos demais casos, é preciso consultar a bula da vacina e tirar possíveis dúvidas sobre a aplicação do imunizante com um profissional capacitado. Em caso de febre, é preciso adiar a vacinação.

Possíveis reações

Como qualquer outra vacina, o imunizante contra o meningococo B pode causar algumas reações adversas após a aplicação. As mais comuns são:

Vale sempre reforçar que tudo isso tende a ser passageiro e sem consequências. Para amenizar tais desconfortos, o responsável pela aplicação da vacina pode orientar sobre o uso de determinados medicamentos para alívio dos incômodos. Compressas de água fria podem ser aplicadas sobre a pele para reduzir o dolorido no local.

De todo modo, reações que persistam por mais de 72 horas ou que não sejam esperadas devem ser informadas ao local que fez a vacinação. 

Outras vacinas disponíveis contra os meningococos 

A vacina meningocócica B é apenas um dos imunizantes que conferem proteção contra essas infecções. Dessa forma, é possível ampliar a prevenção por meio da:

Mais uma vez, conforme recomendação da SBIm, o ideal é que a vacina ACWY seja priorizada em bebês, crianças e adultos. A razão para isso é simples: ela oferece proteção para outros subtipos da bactéria além do C. A partir disso, o imunizante costuma ser indicado para:

Na vacinação de rotina em crianças, as primeiras doses são aplicadas aos três e cinco meses. Posteriormente, é necessário administrar reforços no decorrer do primeiro ano de vida, aos 6 anos e 11 anos. Já adolescentes precisam apenas de duas aplicações com intervalo de 5 anos. 

Por fim, assim como acontece com a vacina meningocócica B, situações específicas de utilização da ACWY devem se dar conforme descrito em bula ou mediante orientação, de preferência com um infectologista, o especialista na área.

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Fontes:

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