5 formas de apoiar uma mãe atípica

A maternidade é uma jornada marcada por aprendizados, adaptações e desafios. Para mulheres com filhos neurodivergentes, tudo isso pode se tornar ainda mais intenso.
Assim, entendendo melhor essa realidade e colocando em prática ações que contribuem para o alívio da carga emocional, amigos, familiares e empregadores podem ajudar a garantir que elas também sejam cuidadas e reconhecidas.
O que é a maternidade atípica
O termo se refere a mães de pessoas diagnosticadas com algum tipo de neurodiversidade, explica um artigo científico publicado na Revista Acadêmica On-Line.
A princípio, era usado apenas por essas mulheres, especialmente as que faziam parte dos movimentos que reivindicam a igualdade de direitos e a inclusão social desses indivíduos. Mas, com o tempo, o conceito passou a ser usado no meio científico e demais espaços.
Atualmente, as principais condições que se enquadram na categoria são:
- dislexia;
- dispraxia;
- discalculia;
- transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
- transtorno do espectro autista;
- síndrome de Down;
- transtornos neurológicos;
- doenças raras;
- síndrome de Tourette.
O diagnóstico de qualquer uma delas deve ser realizado por um médico, como o pediatra ou o neurologista.
Além disso, o suporte de uma equipe multidisciplinar é fundamental para desenvolvimento da criança e para facilitar a jornada da mãe atípica.
O Cartão dr.consulta é um benefício que possibilita o acesso a diferentes exames e profissionais focados em saúde infantil com valores vantajosos e atendimento de alta qualidade.
O paciente ainda pode ser incluído no programa Crescendo Saudável, que oferece suporte aos responsáveis e orientações de um time de especialistas bem como consultas on-line e gratuitas de enfermagem.

As dificuldades de ser uma mãe atípica
Para oferecer qualidade de vida aos filhos e garantir que eles não sejam marginalizados, a pressão e a sobrecarga emocional de uma maternidade atípica costuma ser ainda maior do que da tradicional.
Um dos aspectos que contribui para esse fato é a ausência de uma rede de apoio, segundo o artigo da Revista Acadêmica On-Line, fazendo com que essas mulheres assumam sozinhas a responsabilidade pelos cuidados, o que pode levar ao esgotamento mental e físico.
O isolamento também é uma realidade para muitas, uma vez que a rotina intensa de terapias e acompanhamento médico limita sua participação em atividades sociais e profissionais.
Somado a isso, há o desafio da aceitação e compreensão por parte da sociedade. O capacitismo e a falta de informação dificultam a inclusão, além de reforçar estereótipos de heroínas e mártires que geram frustração e invisibilizam suas necessidades.

5 formas de oferecer suporte a mães atípicas
Algumas atitudes podem fazer toda a diferença e impactar a qualidade de vida das famílias de pessoas neurodivergentes. São elas:
1. Fazer parte da rede de apoio
Entes queridos, amigos, profissionais de saúde, entre outros, precisam estar presentes na rotina e não apenas para resolver questões pontuais.
Isso significa ajudar com as demandas pessoais e profissionais, com a criação do filho (em casos de adoecimento, levá-lo e buscá-lo na escola, por exemplo) ou simplesmente ser um ponto de apoio emocional e social.
2. Colaborar com afazeres práticos
Muitas vezes, o tempo das mães atípicas é restrito. Por isso, toda contribuição é bem-vinda, especialmente em atividades que trazem resultados imediatos, como as tarefas domésticas.
Varrer a casa, levar o lixo ou olhar os filhos para que ela possa tomar banho são atos que facilitam muito o dia a dia.
3. Promover adaptações no ambiente de trabalho
Empregadores podem apoiar essas mulheres oferecendo salário emocional com:
- horários flexíveis para início e finalização do expediente;
- trabalho híbrido (ou remoto);
- folgas emergenciais;
- licença parental estendida.
4. Praticar a escuta ativa
Uma conversa sem julgamentos, ouvindo suas preocupações, medos e frustrações, é um gesto de acolhimento capaz de contribuir e muito para o bem-estar, além de reduzir a sensação de isolamento.
5. Aprender sobre a neurodivergência
Conhecer e entender mais sobre esse universo e seus desafios é o que propicia a criação de ambientes mais inclusivos, sem estigmas e preconceitos.
Adotando todas essas práticas, é possível melhorar a vida de mães atípicas e de suas famílias, e ainda colaborar com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Fontes
Passei com o médico cardiologista e não gostei.
Coordeno os trabalhos dos cuidadores que cuidam dos alunos com TEA, escuto relatos das mães e como essas dicas foram favoráveis!