Sinais da exaustão mental que merecem atenção

Para honrar os desafios do dia a dia, não é necessário apenas dedicação física. O esforço cognitivo (ou seja, a capacidade de atenção e de raciocínio) muitas vezes acaba sendo mais exigido e, não raro, é um gerador de um estado de exaustão mental.
Embora essa condição não seja um transtorno, pode estar envolvida no processo de evolução de queixas relacionadas à saúde psíquica. Portanto, vale observar a quantas anda esse aspecto do bem-estar.
6 dos principais indicadores do esgotamento psicológico
O que se chama de exaustão ou fadiga mental é o resultado experimentado após um período prolongado de exposição a uma grande investida cognitiva (na conclusão de um projeto, por exemplo).
É comum também que pessoas submetidas a cenários de estresse crônico experimentem sensações semelhantes, que pouco a pouco comprometem a capacidade de cumprir as obrigações.
- impaciência e irritabilidade;
- falta de concentração;
- lapsos de memória e dificuldades em tomar decisões;
1. Impaciência e irritabilidade
É fácil entender como alguém exaurido desenvolve o famoso “pavio curto”: as cobranças na rotina vão se tornando um fardo, a ponto de até coisas pequenas aos olhos dos demais se tornarem uma grande questão.
O humor ruim complica ainda o relacionamento e o convívio com companheiros de profissão, amigos e familiares.
2. Falta de concentração
Não é só impressão: junto com a avalanche de estímulos gerados pelo celular e outros dispositivos eletrônicos, a exaustão mental é capaz de prejudicar substancialmente o foco e a capacidade de se dedicar a uma tarefa sem interrupções.
Em certa medida, é como se o cérebro realmente tivesse suas energias drenadas, tornando-se incapaz de direcionar fôlego para completar o que ainda precisa ser feito.
3. Lapsos de memória e dificuldades em tomar decisões
Decorar informações fica difícil quando a mente não consegue descansar o suficiente. Assim, aquele “branco” desagradável se repete, às vezes, até para dados básicos.
Com essas lacunas nas lembranças, fazer escolhas — essenciais ou banais — vira uma complicação complementar, acima de tudo devido à sobrecarga emocional que não desaparece.
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4. Desmotivação e queda na produtividade
É natural render menos em determinados dias e enfrentar obstáculos para concluir o que foi proposto. Contudo, o estado de esgotamento derruba o desempenho e transforma prazos corriqueiros em uma fonte de ansiedade.
Em paralelo, mesmo com a lista de tarefas cada vez mais extensa, não é fácil encontrar a motivação desejada. A montanha do que precisa ser feito cresce cada vez mais, retroalimentando o peso que já se fazia presente, piorando o conjunto de sensações desagradáveis.
5. Sentimento de desimportância e desconexão frente às tarefas
Pessoas esgotadas convivem permanentemente com a ideia equivocada de que aquilo que fazem não tem qualquer valor, seja para si mesmas, seja para os outros ao seu redor.
Outra mudança é notada na abordagem aos colegas de trabalho. Eles passam a ser encarados com distanciamento ou a partir de perspectivas negativas, o que anteriormente não acontecia. Quem trabalha em contato com o público nota algo similar com aqueles atendidos.
A esse fenômeno se dá o nome de cinismo, um dos elementos centrais do diagnóstico da síndrome de burnout. Na prática, essa é uma espécie de autodefesa para tentar manter uma distância do ambiente nocivo.
6. Alterações físicas
O corpo também sente os reflexos da exigência sobre a mente. Em consequência disso, surgem queixas que envolvem:
- dificuldades para dormir;
- mudanças de apetite, com flutuações inesperadas no peso;
- dores de cabeça e em outras regiões;
- suor excessivo, tremedeira e batimentos cardíacos frequentemente acelerados;
- manutenção de hábitos nocivos, como fumar e beber álcool em excesso;
- aumento do risco de infecções, gripes e resfriados, entre outras, já que o estresse enfraquece as defesas naturais do organismo.
Quando esse esgotamento significa algo mais
Um ponto determinante sobre os episódios de exaustão mental (e física) é que eles tendem a ser mais persistentes que o mero cansaço sentido em um dia difícil.
Quase sempre é isso que diferencia esse tipo de fadiga: ela dificilmente desaparece, mesmo que se tenha tempo para repousar em um fim de semana ou numa folga.
Além disso, é importante reforçar que muitos dos sinais e sintomas de comprometimento psicológico compõem alguns diagnósticos de transtornos mentais.
Esses são indicativos de disfunções na saúde psíquica e estão presentes em quadros depressivos, de desordens ansiosas e da síndrome de burnout (essa última vinculada à tensão crônica no espaço profissional).
Tais diagnósticos são complexos e demandam a avaliação de profissionais capacitados, especialistas na área. Nesse sentido, psiquiatras e psicólogos são as principais recomendações para fornecer o acolhimento necessário.
Cada um a seu modo pode fornecer direcionamentos para determinar o que está por trás do fator extenuante e prestar o suporte adequado conforme cada caso.
Sugestões para arejar a mente e evitar a exaustão mental
Independentemente do que aconteça, ou até antes da busca por ajuda profissional, é possível repensar hábitos e dar os primeiros passos para alcançar uma rotina mais leve. Algumas das possibilidades viáveis para esse objetivo envolvem:
- repensar a relação entre vida e profissão, garantindo espaço para que os encargos profissionais não dominem sobre o resto;
- encontrar atividades de lazer que não dependam da interação com telas, como leitura, passeios ao ar livre e hobbies manuais;
- manter pequenas pausas ao longo do dia, para respirar e seguir em frente;
- praticar exercícios físicos (150 minutos semanais são uma ótima meta);
- dormir o suficiente (entre sete e nove horas, para adultos);
- reduzir o consumo de substâncias psicoativas, incluindo o álcool e a cafeína;
- Investir no potencial de técnicas de relaxamento, tais quais a yoga ou a meditação;
- dedicar tempo à construção de laços sociais.
A sensação de exaustão mental está bastante associada ao jeito como a sociedade e o trabalho estão organizados. Porém, isso não significa que ela é incontornável. Há espaço para encontrar maneiras gentis de encarar toda adversidade sem que o corpo reclame.
Fontes:
[…] mais, em muitos ambientes se constroem circunstâncias que levam a pessoa a ignorar pistas de fadiga física e mental até que os sintomas se tornem graves. Portanto, esse acaba sendo mais um pilar para um ciclo […]
[…] Esse tipo de esgotamento representa um estado de cansaço intenso, no qual o organismo atinge um limite de pressão, prejudicando tanto o funcionamento fisiológico quanto psíquico. […]