5 situações em que o psicólogo infantil pode ajudar

O início da vida é um período divertido e cheio de descobertas. Mas os aprendizados também trazem obstáculos e adaptações.
Por esse motivo, o acompanhamento psicológico pode ser necessário em alguns momentos para garantir o bem-estar emocional e o desenvolvimento saudável da criança – e não deve ser encarado pelos pais e cuidadores como uma falha na criação.
Como o psicólogo contribui para os primeiros anos de vida
A infância começa a partir do nascimento e se estende até a adolescência, sendo marcada por alguns desafios naturais, como os relacionados à saúde mental.
Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apontam que 75% dos transtornos psicológicos se originam nessa fase, mais precisamente até os 14 anos.
Diante desse cenário, o apoio emocional de entes queridos e de profissionais de saúde se torna essencial para a qualidade de vida da criança.
O psicólogo infantil, como os clínicos, é capacitado para avaliar, diagnosticar e tratar questões ligadas à mente e aos sentimentos. Porém, sua formação específica permite uma abordagem mais adequada para lidar com os pequenos, promovendo um desenvolvimento mais saudável.
Essa ajuda especializada pode fazer toda a diferença no convívio familiar e é tão necessária quanto a de outros especialistas.
Quando levar a criança à psicoterapia
Uma das grandes adversidades enfrentadas pelos pais e responsáveis é a comunicação com os filhos. Muitas vezes, as crianças não conseguem verbalizar ou expressar claramente o que sentem. No entanto, algumas situações podem indicar que algo não vai bem.
Segundo a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), existem pelo menos cinco que precisam de atenção:
- mudanças de comportamento e humor;
- dificuldade de concentração;
- perda ou ganho de peso repentino;
- vontade de se machucar e emoções intensas;
- dores físicas sem causa aparente.
Quadros de ansiedade, depressão ou mesmo o bullying no ambiente escolar podem provocar tais sintomas, por exemplo.
O acompanhamento e as sessões de psicoterapia permitem investigar a origem dessas questões para um tratamento adequado e outras intervenções necessárias.
Psicólogos podem prescrever remédios?
Essa é uma pergunta comum e sua resposta é: não. Apenas médicos, como pediatras e psiquiatras infantis, podem indicar o uso de medicamentos.
Ainda assim, o profissional de Psicologia pode atuar em conjunto com os demais para o tratamento geral. Essa abordagem multidisciplinar assegura que todos os aspectos da saúde da criança sejam considerados, proporcionando um cuidado mais completo e eficaz.
Com o Cartão dr.consulta, é possível o acesso a diferentes exames e especialistas em saúde infantil com valores vantajosos e atendimento de alta qualidade.
Somado a isso, os pequenos também podem ser incluídos no programa Crescendo Saudável, que oferece suporte e orientações sobre hábitos saudáveis para os pais por um time multidisciplinar e consultas gratuitas (on-line) de enfermagem.

O que fazer se a criança não quiser ir ao psicólogo
É importante abordar a situação com calma, empatia e sem ameaças e violência (física e/ou verbal). Somado a isso, os responsáveis também devem:
- ouvir e buscar entender as preocupações, esclarecendo dúvidas;
- demonstrar apoio e compreensão em relação aos sentimentos da criança, validando-os e mostrando que eles não são irrelevantes;
- instruir de maneira simples, direta e carinhosa sobre o trabalho desse profissional;
- explicar como ele pode auxiliar com emoções e questões difíceis;
Além disso, o ideal é evitar a conversa quando os pequenos estiverem cansados, irritados ou ocupados com outras atividades. Um diálogo em um momento tranquilo pode reduzir a resistência.
Em alguns casos, leva tempo para que a criança se sinta confortável com a ideia de frequentar um psicólogo, mas os pais podem discutir estratégias com o psicólogo que possam ajudá-la a ficar mais à vontade.
Por fim, vale reforçar que esse suporte especializado garante mais qualidade de vida e não é benéfico apenas para o paciente, mas para a harmonia de toda a família.
Fontes:
[…] pediatra forneça as primeiras orientações, a avaliação detalhada é feita pelo psiquiatra e/ou psicólogo. É recomendado que esses especialistas tenham qualificação específica para atender […]
[…] Desse modo, é importante que pais e cuidadores estejam atentos à rotina escolar, relações sociais e emoções dos filhos para identificar sinais de alerta e buscar apoio profissional quando necessário. […]