O Alzheimer não tem uma causa bem definida. Além disso, ainda não existe cura para essa condição — o tratamento disponível hoje tem como objetivo apenas amenizar os sintomas causados por ela.
Apesar disso, existem algumas práticas que podem diminuir as chances de desenvolvimento da doença. Ao aplicá-las no seu dia a dia, é possível melhorar a sua qualidade de vida como um todo. Continue aqui para saber como prevenir o Alzheimer.
Como o Alzheimer afeta o cérebro?
Essa é uma doença crônica degenerativa que progressivamente compromete as funções neurocognitivas, resultando em redução das capacidades de realizar funções independentemente.
Por essa razão, é comum que os familiares demorem para perceberem as pequenas mudanças, pois muitos atribuem algumas perdas à idade.
Mas o que acontece no cérebro para que a doença surja e por que ela progride aos poucos?
Durante o processo natural de envelhecimento, é comum que o cérebro diminua de tamanho moderadamente, contudo, o que é notável é que não ocorre uma perda significativa de neurônios.
Já no Alzheimer, o órgão pertencente ao sistema nervoso sofre danos maiores que o normal: muitos neurônios param de funcionar, perdem conexões e acabam morrendo — isso afeta a comunicação, o metabolismo e o reparo dessas células.
A forma progressiva acontece porque, no início, a condição danifica as áreas do cérebro ligadas à memória, como o córtex entorrinal e o hipocampo.
Depois, afeta partes do órgão responsáveis pela linguagem, raciocínio e comportamento social. Com o tempo, a doença se espalha para outras regiões do cérebro, prejudicando a capacidade de viver de forma independente. Eventualmente, o Alzheimer ainda pode ser fatal.
Por isso, é importante que ao apresentar sintomas da doença, a pessoa procure um profissional especializado, como o neurologista.
O primeiro sinal, e o mais característico, é a perda de memória recente. Além disso, com o avanço da doença pode ser notado:
- irritabilidade;
- falhas na linguagem;
- repetir as mesmas perguntas várias vezes;
- dificuldade para dirigir e encontrar caminhos já conhecidos.
Existem fatores de risco para o Alzheimer?
Apesar de não ter uma causa bem definida, existem, sim, fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença. De acordo com o Serviço Nacional de Saúde, são eles:
- idade maior que 65 anos;
- histórico familiar da doença;
- indivíduos com Síndrome de Down;
- doenças cardiovasculares, como diabetes e pressão alta.
Estudos recentes também apontam outros fatores de risco, como perda de audição e depressão, também podem ajudar no desenvolvimento da doença. No entanto, vale ressaltar que ainda não foi comprovado que sejam diretamente responsáveis por isso.
6 dicas de como prevenir o Alzheimer
Colocar em prática alguns cuidados com a sua saúde podem ajudar na prevenção da doença, bem como bem como melhorar a sua qualidade de vida.
1. Pratique exercícios físicos
A atividade física aumenta a capacidade cognitiva e ainda ajuda o corpo a funcionar perfeitamente, melhorando a capacidade respiratória e cardiovascular. Alguns exercícios trabalham também a memória e o equilíbrio.
Existem estudos demonstrando que quem pratica atividade física pode ter o risco de desenvolver o Alzheimer diminuído em até 50%.
É importante ressaltar que a frequência dessas práticas é essencial, já que é a constância que vai dar ao corpo condicionamento físico e mental para prevenir a doença. Por isso, é recomendado, pelo menos, 30 minutos de atividade física diariamente.
2. Estimule seu cérebro de formas diferentes
Muitas vezes, a rotina do dia a dia faz com que as pessoas funcionem no modo “automático”. Quando isso acontece, acabam utilizando uma pequena parte do cérebro, enquanto todo o restante fica sem uso.
Essa situação é considerada um fator de risco importante para quem já tem a predisposição a desenvolver o Alzheimer.
Para prevenir ou postergar o aparecimento da doença, é necessário exercitar o cérebro. Atividades como fazer palavras-cruzadas, pegar um trajeto diferente para o trabalho, ler e aprender novas habilidades são “desafios” que estimulam novas áreas no órgão.
3. Durma bem e em quantidade suficiente
É durante o sono que os tecidos do corpo se regeneram e que o cérebro repassa tudo que foi vivido no dia, armazenando o que foi importante.
Para que isso aconteça, porém, é importante passar por todas as fases do sono e, portanto, dormir de 7 a 8 horas por dia.
Enquanto você dorme, seu corpo também equilibra os níveis de beta-amiloide no cérebro, uma das principais substâncias ligadas ao aparecimento da doença.
4. Alimente-se corretamente
Alguns alimentos possuem propriedades que contribuem para a prevenção de doenças, incluindo o Alzheimer. Peixes ricos em ômega 3, como atum, salmão e sardinha, são essenciais para a saúde cerebral, fornecendo proteínas e ácidos graxos que auxiliam na manutenção da memória e no bem-estar geral do organismo.
Além disso, alimentos como a castanha-do-Pará, vegetais de folhas verde-escuras, como brócolis, e uma variedade de frutas, como morango e uva, são fundamentais para a prevenção de doenças cardiovasculares e condições crônico-degenerativas.
Isso, porque esses itens são ricos em nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios que protegem o coração e o cérebro, reforçando as defesas do corpo contra o desenvolvimento do Alzheimer.
5. Controle do colesterol e diabetes
Existe uma relação entre o aumento do colesterol e o aparecimento da doença de Alzheimer já comprovada por alguns estudos.
No caso de quem tem diabetes tipo 2, o risco de desenvolver a doença pode ser até três vezes maior. Isso, porque, ambos são responsáveis pelo aumento do risco de doenças cardiovasculares, que está intimamente ligado ao quadro de demência.
Por esse motivo, controlar os níveis de colesterol e do diabetes pode ser uma forma importantes de prevenir ou postergar o desenvolvimento do Alzheimer.
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6. Evite fumar ou consumir bebidas alcoólicas
Outra recomendação que está na lista de como prevenir o Alzheimer é evitar essas duas práticas.
Isso porque as substâncias presentes no tabaco e no álcool podem danificar as células do cérebro e do sistema cardiovascular, aumentando o risco de desenvolvimento de demência e outras doenças crônicas.
Lembre-se: a prevenção dessa condição deve começar o quanto antes e ser constante. Adotar hábitos saudáveis e consultar o médico regularmente podem ser fatores importantes nesse sentido.
Fontes: