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Conheça as 7 principais doenças respiratórias na infância

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A chegada das estações mais frias do ano acompanha o aumento de gripes e resfriados. E é quando as queixas sobre as doenças respiratórias na infância passam a ser mais constantes e geram maior preocupação entre os pais e responsáveis.

No outono e inverno, o tempo é mais seco e as condições climáticas favorecem a disseminação dos vírus pelo ar. No entanto, é possível proteger as crianças contra essa e outras enfermidades e evitar que sofram por terem um sistema imunológico mais frágil.

Por que as doenças respiratórias afetam mais as crianças?

O sistema respiratório envolve órgãos como pulmão, brônquios, bronquíolos, alvéolos, traqueia, laringe, faringe, seios nasais e nariz. Portanto, as doenças respiratórias estão associadas aos sintomas e condições que os afetam e são divididas entre:

  1. aguda: têm início rápido, com cuidados por um curto período de tempo; 
  2. crônica: se manifestam gradativamente e persistem por semanas. Nesse cenário, os tratamentos são de médio a longo prazo.

O fato dos bebês e das crianças ainda terem o sistema imunológico em formação faz com que sejam alvo fácil de vírus e bactérias e do contágio direto e indireto.

A fase exploratória de pegar em objetos e levar às mãos a boca, do maior contato com outras pessoas, (eventualmente infectadas) e da exposição em ambientes externos (como creches e escolas), também as torna mais vulneráveis.

Essas já são evidências comprovadas que constam na cartilha sobre Saúde da criança e do adolescente da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).

Por essas razões, é importante que os pais e responsáveis façam consultas de rotina com foco na prevenção e estejam atentos aos primeiros sintomas dessas ou de outras doenças que podem evoluir para quadros clínicos mais graves.

As 7 principais doenças respiratórias na infância

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Na lista das principais doenças respiratórias na infância estão:

  1. gripes e resfriados;
  2. asma;
  3. pneumonia;
  4. bronquite;
  5. bronquiolite;
  6. sinusite;
  7. rinite.

1. Gripes e resfriados

São as mais frequentes e não só nessa fase da vida. Embora se apresentem com indícios parecidos, existem diferenças entre a gripe e o resfriado.

A gripe é causada pelo vírus influenza se manifesta por meio de:

A pneumonia, por exemplo, é uma complicação da gripe. Ou seja, se a gripe dos bebês e das crianças não for devidamente tratada pode causar outros prejuízos à saúde.

Vale lembrar que a vacinação diminui consideravelmente os riscos dessa infecção. Como o influenza passa por mutações constantemente, para garantir a imunização e maior proteção, é necessário tomar novas doses da vacina da gripe todos os anos. E isso vale para esse público também, já que pode ser aplicada a partir dos 6 meses.

Já os resfriados são ocasionados por outros vírus, mais frequentemente, o rinovírus. Em comparação com as gripes, são mais leves, duram cerca de uma semana e apresentam sintomas como:

Para evitar ambas, é válido orientar a criança a lavar bem as mãos e não ficar próximo de pessoas que estejam espirrando ou tossindo. Também é essencial evitar longos períodos em ambientes fechados ou com muitas pessoas.

Tanto os sintomas quanto a duração (e a intensidade) podem depender da saúde de cada criança. Se os sinais persistirem, procure um pediatra para acompanhar o caso.

2. Asma 

Considerada igualmente comum, a asma infantil é outro tipo de infecção que preocupa bastante. Isso porque ela pode se manifestar de forma aguda, pontual ou crônica – quando acontecem as crises recorrentes.

As crianças que têm asma, normalmente apresentam:

Quando as crises são mais fortes se tornam mais grave e podem levar à óbito. Como não tem cura o tratamento se baseia no uso de medicamentos como corticoides e broncodilatadores e no acompanhamento médico frequente.

Mudanças de hábitos ou cuidados como os de evitar contato ou exposição à poeira, sujeira, ácaros, mofo e pólen, por exemplo, são medidas para reduzir as crises.

3. Pneumonia infantil

De acordo com a Unesco, essa infecção afeta mais de 4,2 milhões de crianças no mundo todos os anos, e em 2020, levou a óbito mais de 800 menores de 5 anos, sendo considerada bem crítica.

A pneumonia é causada por vírus, bactérias ou fungos que afetam diretamente os pulmões e provocam como reações:

Para tratar, o pediatra ou pneumologista pediátrico devem compreender a origem da infecção, podendo assim prescrever a medicação correta para amenizar os sintomas. Também são necessários repouso e hidratação.

Situações severas da doença podem levar a criança à internação, para que possa ser observada, receber medicação intravenosa e fazer inalações.

4. Bronquite 

Trata-se de uma infecção nos brônquios (que são as vias que levam ar ao pulmão) e tem como principais indícios:

A causa dessa infecção é viral e afeta primeiramente o nariz, a garganta e, em seguida, os pulmões. Pode ser aguda e com menor duração ou crônica.

O tratamento é feito por meio da prescrição de medicamentos, como antibióticos e vasodilatadores. Também é comum que o pediatra recomende inalações com soro fisiológico, para umidificar as vias aéreas e amenizar os sintomas.

5. Bronquiolite

Apesar de nomes similares, a bronquiolite é outro tipo de infecção viral que merece o devido cuidado, especialmente pelo fato de ser uma das doenças respiratórias infantis frequentes em bebês e crianças de até dois anos.

É causada, principalmente, por um vírus chamado vírus sincicial respiratório (VSR) que se espalha pelo contato com secreções respiratórias. Durante a condição, os pequenos podem apresentar sintomas como:

Em quadros mais graves, os bronquíolos inflamados podem resultar em:

O tratamento da bronquiolite depende da gravidade dos sintomas e da idade da criança. Em geral, recomenda-se repouso, hidratação e limpeza nasal. O uso de oxigênio, soro na veia ou ventilação mecânica pode ser indicado em casos mais severos.

Em alguns casos ainda, podem ser usados medicamentos para aliviar a tosse e a falta de ar. Em geral, a bronquiolite costuma melhorar em 1 ou 2 semanas.

6. Sinusite 

É uma inflamação da mucosa dos seios paranasais, podendo ser desencadeada por vírus, alergias, irritações ou bloqueios nas vias respiratórias superiores, de forma aguda ou crônica. É caracterizada por:

A presença de febre pode ocorrer ou não, assim como dores de cabeça (diagnóstico raro em crianças).

A sinusite crônica, inclusive, não tem cura e a recuperação é mais delicada. Exige acompanhamento médico frequente e pode demandar cirurgia de correção da cavidade nasal.

O tratamento inclui lavagens com soro fisiológico para liberar as vias nasais e prescrição de anti-inflamatórios e antibióticos, de acordo com o caso, para combater os micro-organismos.

7. Rinite 

Outra entre as doenças respiratórias na infância é a rinite. Conhecida por ser uma inflamação na mucosa do nariz, geralmente é caracterizada por:

Tem origem alérgica, mas também pode ser resultado de infecções ou inalação de substâncias irritantes, como tintas, inseticidas, perfumes, fumaças e poluentes, embora não tão frequente nas crianças.

Já a rinite alérgica costuma surgir no contato com poeira, pólen, ácaros, poluição e determinados alimentos e, para evitá-la, é importante manter a higiene do local de convivência.

Em situações de crise, o pediatra pode receitar: antialérgicos, corticosteroides e lavagem nasal abundante com soro fisiológico. Ao se tornar mais grave, pode ser indicado um processo de imunoterapia, que consiste em uma sequência de vacinas para auxiliar na imunidade. 

5 maneiras de prevenir as doenças respiratórias

Imagem ilustrativa (GettyImages)

A prevenção de doenças respiratórias na infância passa por cuidados de toda a família. No final, todos podem se beneficiar disso, mantendo-se mais saudáveis e menos vulneráveis.

1 – Vacinação

Já existem vacinas disponíveis para prevenir a pneumonia causada por certas bactérias e vírus, incluindo a vacina pneumocócica e a vacina contra o vírus da gripe.

Outra recomendação simples é evitar a exposição direta ou indireta aos agentes causadores da pneumonia como o cigarro e poluição e de pessoas gripadas ou resfriadas. Evitar grandes aglomerações e ambientes fechados também previne a transmissão que ocorre pelo ar.

2 – Higienização

Lavar as mãos regularmente e a casa e os objetos limpos podem ajudar a prevenir a propagação de germes que causam pneumonia e outras doenças do sistema respiratório.

3 – Alimentação

A alimentação tem um peso muito grande na manutenção e no fortalecimento do sistema imunológico. Desde cedo, a partir da amamentação e da introdução alimentar é preciso pensar no que os bebês e as crianças vão consumir para tornar o organismo mais forte contra as infecções, anemias e deficiências nutricionais.

4 – Acompanhamento médico

A realização de consultas de rotina e o acompanhamento do desenvolvimento e da saúde como um todo fazem muita diferença. Durante essas checagens são avaliados o sistema imunológico, sistema respiratório e demais condições para garantir o bem-estar das crianças.

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Fontes:

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