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Previna a dor de ouvido em bebê com essas 3 recomendações

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O choro das crianças pequenas diz muito, mas nem sempre é tão fácil interpretar o que querem expressar. A inquietação pode ser motivada pela fome, desconforto, cólicas e, comumente, pelos sintomas da dor de ouvido em bebês – condição que afeta muitas delas, em diferentes épocas do ano.

Principais causas da dor de ouvido em bebê

Na maioria das vezes, essa condição está associada a infecções no ouvido, como a otite média e aparece quando existe um cúmulo de líquido atrás do tímpano, o que acaba criando um ambiente propício para o desenvolvimento de bactérias ou vírus. 

No entanto, outros fatores contribuem para o surgimento da dor de ouvido, incluindo:

  1. resfriados e gripes;
  2. disfunções das tubas auditivas (TA);
  3. alérgenos;
  4. uso prolongado de chupeta;
  5. nascimento dos dentes.

Resfriados e gripes

As infecções respiratórias, frequentes nessa fase da vida, como a gripe e os resfriados, podem bloquear as trompas de Eustáquio ou tubas auditivas (TA), que são os canais que conectam a orelha ao nariz, resultando em pressão e dor no ouvido.

Disfunções das tubas auditivas

Como nas crianças essa estrutura é mais curta – quando comparadas com a de um adulto, dificulta a drenagem de fluidos e permite que os germes do nariz e da garganta cheguem até o ouvido mais facilmente.

Alérgenos

A exposição a alérgenos, que são aquelas substâncias que causam a hipersensibilidade em certas pessoas (poeira, fumaça de cigarro e até mesmo alguns tipos de alimentos), também podem favorecer a infecção, ao contribuir para o acúmulo de muco e líquidos no ouvido.

Uso prolongado de chupeta

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso excessivo de chupeta pode aumentar o risco de infecções de ouvido, pois também afeta a pressão nas trompas de Eustáquio.

Nascimento dos dentes

Quando os dentes nascem e rompem a gengiva, a nova dentição gera certa pressão e inflamação na área, que pode ser irradiada para as demais áreas próximas, como os ouvidos. Isso ocorre porque as estruturas nervosas da boca e ouvidos estão interligadas.

Como saber se o bebê está com dor de ouvido?

Para diferenciar o choro e intervir para aliviar o que causa o desconforto, pais, responsáveis e cuidadores devem se atentar aos sinais que indicam a dor de ouvido em bebês ou em crianças um pouco maiores:

Cuidados em casa

Se temporária, a dor tende a desaparecer espontaneamente. No entanto, quando é persistente, a recomendação é consultar inicialmente um pediatra, para avaliar a verdadeira causa.

Dependendo do quadro, o otorrinolaringologista, especialista que cuida de doenças dos ouvidos, nariz, garganta, laringe e pescoço, pode ser acionado.

3 recomendações para prevenir a dor de ouvido nos bebês

A prevenção das infecções do ouvido gira em torno de cuidados considerados bem simples:

1 – Amamentar de maneira correta

Manter o bebê em uma posição vertical enquanto amamenta ajuda a evitar que líquidos entrem nas trompas de Eustáquio, prevenindo infecções. Além disso, a SBP reforça que a amamentação exclusiva até os seis meses traz inúmeros benefícios.

O leite materno contém anticorpos e outros fatores de proteção que auxiliam na redução da incidência de diarreias, distúrbios respiratórios e otites, fortalecendo o sistema imunológico. Crianças que são amamentadas exclusivamente durante esse período também têm menos chances de desenvolver alergias, asma e diabetes

A amamentação, além de nutrir e proteger, tem um impacto direto na redução da mortalidade infantil, sendo uma prática essencial para garantir o desenvolvimento saudável da criança.

2 – Manter a vacinação em dia

Manter o calendário de vacinação infantil em dia, é outra medida preventiva contra as infecções respiratórias e, consequentemente, a dor de ouvido em bebês e nas crianças de idade superior. Entre as vacinas prioritárias que aumentam essa proteção estão a pneumocócica e a da gripe.

3 – Ter ouvidos sempre limpos e secos

Os ouvidos devem permanecer sempre limpos e secos. O cuidado no momento do banho deve ser redobrado para evitar o acúmulo de água dentro do ouvido. Por isso, a recomendação básica é usar sempre toalhas para secar a parte interna e externa, suavemente.

Tratamento médico

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Após a realização de exames diagnósticos, os pediatras ou otorrinolaringologistas podem entrar com tratamentos específicos, seguindo a idade média dos pacientes.

Bebês com menos de 6 meses

Nesse caso, o médico geralmente prescreve antibióticos imediatamente, pois nessa idade o sistema imunológico ainda não está totalmente desenvolvido e o risco de complicações é maior.

Crianças entre seis meses e dois anos

Nesse intervalo de idade, a decisão de usar ou não antibióticos depende da gravidade dos sintomas. Quando não é grave, geralmente, os médicos costumam esperar de dois a três dias antes de iniciar o tratamento com antibióticos, observando se a condição melhora por conta própria.

Crianças maiores de dois anos

Uma vez que o sistema imune está mais desenvolvido, as infecções leves de ouvido se resolvem sem o uso de antibióticos. Durante esse período de observação, o médico pode sugerir medicamentos para o alívio da dor. 

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Fontes:

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