As investigações relativas às queixas que envolvem dores na região das maçãs do rosto e acima dos olhos, assim como dificuldade para respirar, têm como objetivo permitir que o médico responsável determine a melhor abordagem conforme o caso. Por isso, os exames para sinusite costumam ser solicitados com frequência.
Uma avaliação cuidadosa a partir dos procedimentos adequados permite entender melhor as causas e descartar outras explicações para os sintomas apresentados. A partir disso, é possível evitar que a situação desagradável se repita, geralmente com medidas simples de prevenção.
O que você precisa saber sobre a sinusite
Chamada oficialmente pelos especialistas também de rinossinusite, a sinusite essa é uma condição que tem como característica principal a inflamação das mucosas dos seios da face (ou seios paranasais ou apenas sinus).
Essas estruturas são cavidades localizadas atrás do nariz, acima das maçãs do rosto e que sobem em direção à testa. Cada pessoa conta com quatro pares deles.
Os seios paranasais são revestidos de uma mucosa similar à que cobre o interior das narinas. Na maior parte do tempo, a passagem fica desobstruída e todo o muco produzido (ou seja, o catarro) ou mesmo pequenas sujeiras são eliminadas sem impedimentos.
No entanto, infecções causadas por bactérias, fungos, vírus e até mesmo reações alérgicas disparadas por ácaros e poeira, entre outros componentes, podem fazer com que haja um inchaço no revestimento dos seios nasais.
Como resultado, a produção de muco aumenta e o líquido passa a se acumular, entupindo a área e causando os sintomas característicos da sinusite. Entre os mais comuns deles estão:
- congestão nasal (em outras palavras, a percepção de nariz entupido);
- aumento da secreção, fazendo com que haja corrimento, sobretudo de muco com traços de pus;
- dor no rosto, eventualmente com a sensação de aumento de pressão na região do nariz, das bochechas e da testa;
- redução da capacidade do olfato, o que faz com que muitos cheiros fiquem imperceptíveis;
- tosse;
- desconforto na garganta;
- febre;
- cansaço;
- dificuldade para respirar.
Um quadro de sinusite pode ter natureza aguda, que desaparece em até quatro semanas, segundo o Ministério da Saúde. Ou se tornar crônico, que persiste por oito semanas ou mais. Além disso, um indivíduo pode manifestar episódios recorrentes de inflamação, o que provoca comprometimento significativo na qualidade de vida.
Atenção: sinusite e rinite não são a mesma coisa
Em resumo, enquanto a primeira alteração se espalha por outras áreas além do nariz, a segunda é marcada por um quadro inflamatório que fica limitado ao tecido do interior das narinas.
A rinite geralmente surge em resposta a uma reação alérgica por conta da poeira ou por conta de um resfriado causado por um vírus. No mais, alguns sintomas de ambos os quadros são parecidos e eles podem também aparecer juntos.
Para quem convive com essas e outras condições que eventualmente prejudicam a respiração, talvez seja melhor manter um acompanhamento médico regular. Para isso, conte com o Cartão dr.consulta, que oferece descontos em exames e consultas com especialistas, entre outros benefícios.
Os exames para sinusite mais comuns
Logo, diante de queixas que sugiram essa condição de saúde, o ideal é sempre procurar ajuda especializada. O otorrinolaringologista, que cuida das vias aéreas superiores (garganta e nariz) é o mais capacitado para essa responsabilidade.
Em um primeiro momento, a avaliação física e as informações sobre o histórico do paciente são suficientes para levantar a suspeita desse tipo de alteração nos seios face. No entanto, os exames para a sinusite podem fornecer informações complementares para confirmar isso.
1- Raio-x dos seios da face
Ainda que seja mais difícil identificar a sinusite com esse recurso, uma radiografia do rosto pode ajudar a determinar a presença do quadro inflamatório.
Nesses casos, a imagem formada pela exposição às ondas do equipamento mostrará uma mancha esbranquiçada na região em que deveria se apresentar um espaço vazio. No entanto, por conta da baixa sensibilidade do dispositivo, nem sempre isso acontece.
Todo o processo é seguro, rápido e indolor. A exposição à radiação é baixa e pode ser minimizada com a remoção de utensílios metálicos do corpo (como brincos e pulseiras) e proteção adequada, oferecida no momento da avaliação.
Gestantes ou mulheres com suspeitas de gravidez devem receber orientação específica sobre os riscos do exame. Talvez seja necessário suspender o procedimento nesses casos.
2 – Tomografia
Na prática, essa abordagem permite com que vários raios-xraios X sejam capturados ao mesmo tempo. Em seguida, eles são combinados por um software, que monta as imagens desejadas com maior nitidez e precisão.
Para a realização, o indivíduo é acomodado em uma maca, que é direcionada para dentro de um túnel, ficando lá por poucos minutos. É possível que haja a administração de um contraste, que. Ele consiste em uma substância, na maior parte das vezes injetada, que percorre o corpo e garante mais facilidade nas visualizações.
Tal avaliação é absolutamente contraindicada para gestantes. Pessoas com baixos níveis de creatinina (indicando prejuízo à função renal) podem ter que passar pela avaliação sem o uso de contraste. Na dúvida, o médico deve ser sempre consultado.
3 – Ressonância magnética
Essa opção ganha destaque quando são necessários mais detalhes dos tecidos internos do rosto, inclusive para identificar modificações na região ou complicações associadas à evolução da sinusite.
A ressonância magnética, como o nome sugere, utiliza campos eletromagnéticos para percorrer o corpo e formar as imagens necessárias. O equipamento lembra aquele utilizado nas tomografias e o passo a passo para a sua realização também é similar.
Na dúvida, converse com seu médico ou clínica sobre a preparação prévia, as restrições necessárias e o uso do contraste.
4 – Nasofibrolaringoscopia
Essa alternativa na lista de exames para sinusite segue a lógica de uma endoscopia estomacal. No entanto, em vez de um tubo inserido pela garganta, um canudinho bem fino percorre a narina para visualizar os seios da face e a garganta.
Dessa forma, com apoio da nasofibrolaringoscopia, o otorrinolaringologista consegue avaliar se há sinais que sugerem a sinusite ou outra condição que prejudique essa região do corpo em pessoas de todas as idades.
Para que tudo saia conforme esperado, é preciso manter um jejum de pelo menos duas horas antes do procedimento e não apresentar qualquer suspeita de COVID-19.
5 – Teste de alergia
Nos casos em que a causa por trás da sinusite seja uma reação alérgica, essa avaliação tende a ser bastante útil.
Em uma pequena área da pele, os alérgenos suspeitos são aplicados na forma de gotinhas. Depois, um pequeno furo é feito na região para verificar se há algum tipo de reação que indique a alergia, como coceira, vermelhidão ou inchaço.
Caso positivo, isso reforça a suspeita da presença de um quadro alérgico dermatológico ou inalatório (ou seja, que afeta a respiração).
O teste é simples, rápido e indolor. No entanto, pode ser necessário restringir o uso de antialérgicos e corticoides por alguns dias, conforme orientação profissional. O laudo da avaliação deve ser sempre interpretado por um alergologista.
Como lidar com esse desconforto
A partir da confirmação do diagnóstico, o médico o responsável pelos seus cuidados, determina o melhor tratamento.
Em boa parte dos casos, isso envolve o uso de medicamentos capazes de aliviar os sintomas, até que a condição se resolva por completo. Sinusites bacterianas exigem o uso de antibióticos, sempre seguindo à risca a prescrição médica.
Já quadros crônicos demandam uma avaliação mais detalhada para determinar a causa da sua persistência e repetição constante.
Seja como for, cuidados no dia a dia pode amenizar sinais e sintomas nessas circunstâncias:
- manutenção da hidratação adequada, com a ingestão abundante de água;
- aplicação de compressas aquecidas no rosto, já que isso ajuda a aliviar o acúmulo de muco nos seios da face;
- inalação de vapores (através de nebulizadores ou mesmo com a água quente do banho);
- lavagem do nariz com soluções salinas ou soro fisiológico;
- utilização de um umidificador para ambientes com ar muito seco;
- evitar a exposição à poeira, fumaça ou outras substâncias irritantes.
Dessa forma, junto dos exames para a sinusite e o acompanhamento adequado, essas medidas contribuem para controlar o incômodo, acelerar a recuperação e evitar que os episódios se repetiram depois de um tempo.
Fontes: