A gastrite é uma condição comum na realidade das pessoas, impactando diretamente na qualidade de vida e no bem-estar geral.
Ela é uma doença estomacal inflamatória, que causa desconforto, queimação e dor. Em certos casos, também pode estar associada ao refluxo gastroesofágico ou a infecções bacterianas, medicamentosas ou decorrentes do excesso de álcool.
Com os estudos sobre as influências negativas do estresse e da ansiedade na saúde, o termo gastrite nervosa surgiu para indicar distúrbios do estômago que podem ser provocados por esses fatores emocionais.
Ao longo do conteúdo, abordaremos com mais detalhes o que é gastrite nervosa, quais são seus principais sintomas e o que fazer para tratá-la da melhor forma possível.
O que é gastrite nervosa?
A gastrite nervosa, também conhecida como dispepsia funcional, não é uma gastrite propriamente dita.
A gastrite convencional se caracteriza como uma inflamação na mucosa do estômago. Mas, no caso da nervosa, apesar da presença de desconfortos, não há uma ação inflamatória ativa no trato gastrointestinal superior.
Assim, essa condição nada mais é do que a presença dos sintomas nos últimos três meses, mas sem alterações fisiológicas. Suas possíveis causas tendem a ser:
- alterações emocionais;
- alimentação não adequada.
Quais os sintomas mais frequentes?
Em quadros de dispepsia funcional, é comum a presença dos sinais comuns de gastrite, mas de um modo mais acentuado. São eles:
- dor epigástrica: é o principal lugar onde dói a gastrite nervosa e se caracteriza por começar na região logo abaixo do esterno, osso vertical situado na parte anterior do tórax. Na prática, a queixa é de dor na boca do estômago, responsável por se alastrar para outros locais, caso surjam complicações;
- azia ou queimação: são sintomas que podem acompanhar a dor, se houver retorno do suco gástrico por mau funcionamento no esfíncter, estrutura muscular que controla a comunicação entre esôfago e estômago. A queimação pode piorar quando a pessoa se deita depois de uma refeição mais volumosa ou rica em gorduras;
- saciedade precoce: de acordo com um estudo sobre transtornos gastroduodenais, é a sensação de que o estômago está cheio logo depois de iniciar uma refeição, ainda que a quantidade de comida consumida não seja grande.
Diferença entre a gastrite clássica e a nervosa
A principal diferença entre a gastrite clássica e a nervosa é a presença ou não de uma inflamação no estômago.
Por isso, quando há a ação inflamatória nessa região, as eventuais causas podem ser:
- uso recorrente de alguns medicamentos, como aspirina ou anti-inflamatórios;
- ingestão de bebidas alcóolicas;
- tabagismo;
- infecção pela bactéria Helicobacter pylori;
- gastrite autoimune, que ocorre quando o sistema imunológico produz anticorpos que atacam e destroem as células gástricas do próprio organismo.
A gastrite nervosa, por sua vez, é, majoritariamente, desencadeada por alterações emocionais e alimentação inadequada.
Como descobrir?
O diagnóstico da gastrite nervosa é feito com base no exame físico e na análise da história clínica do paciente, a fim de descartar a hipótese de gastrite inflamatória.
É o profissional da Gastroenterologia que cuida de todas as doenças relacionadas ao aparelho digestivo (que se estende desde a boca, passando pelo esôfago e órgãos como o estômago e o intestino). Por isso, médicos dessa especialidade podem solicitar exames como:
- raio-X: exame de imagem capaz de identificar alguma alteração no revestimento do estômago;
- endoscopia digestiva alta: permite avaliar detalhadamente a situação da mucosa estomacal, mostrando alterações que podem indicar algum tipo de gastrite;
- biópsia: durante a endoscopia, se forem encontradas áreas anormais, são coletadas pequenas amostras para análise de tecido retiradas do esôfago, estômago e duodeno.
É importante frisar que a gastrite nervosa se caracteriza por não haver inflamação do estômago. Dessa maneira, os exames listados ajudam em um diagnóstico mais preciso, servindo, inclusive, para eliminar a suspeita da gastrite convencional.
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O que fazer para tratar a gastrite nervosa?
Segundo o Ministério da Saúde (MS), apesar de não ter inflamação, a gastrite nervosa precisa ser tratada. Ainda de acordo com essa entidade, algumas ações podem ser tomadas, como:
- identificar a causa do estresse: profissionais da Psicologia e Psiquiatria podem fornecer orientações assertivas e personalizadas para lidar com situações estressantes;
- detectar alimentos que não fazem bem e evitá-los: nutricionistas e nutrólogos podem prescrever rotinas alimentares saudáveis e específicas para cada indivíduo, evitando episódios e agravamentos de condições gástricas.
Todos esses profissionais também estão disponíveis no dr.consulta!
Mas, claro, não se esqueça da prevenção!
A prevenção é essencial para quadros de gastrite nervosa e, por isso, existem algumas ações no dia a dia que podem colaborar com isso. Por exemplo:
- respeitar os horários das refeições;
- mastigar bem os alimentos;
- dar preferência a frutas menos ácidas, verduras e carnes magras;
- optar por uma dieta saudável, evitando o consumo de alimentos ultraprocessados;
- realizar atividades físicas;
- dormir bem.
Além de tudo, uma forma de prevenção é manter as consultas e exames em dia e fazer acompanhamento psicológico após situações que possam ser desencadeadoras de alterações emocionais.
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Fontes:
- Gastrite | Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MS);
- Gastrite nervosa | Ministério da Saúde (MS);
- Dispepsia funcional: diagnóstico e tratamento | Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MS);
- Transtornos gastroduodenais | Arquivos de Gastroenterologia (SciElo).