O que caracteriza a gravidez de alto risco

A gestação é um momento especial na vida de muitas pessoas. Porém, algumas vezes pode demandar um acompanhamento mais minucioso devido a condições que representam perigo para a saúde materna e fetal.
É o caso da gravidez de alto risco que, segundo o Ministério da Saúde, é definida pela presença de enfermidades prévias ou adquiridas pela mulher nesse período, as quais podem colocar em risco uma ou ambas as vidas. Ela ocorre também quando há um histórico anterior da mesma situação.
O quadro exige monitoramento médico constante e até mesmo intervenções específicas para garantir um desfecho seguro tanto para a mãe quanto para o bebê.
Fatores que classificam a gestação como alto risco
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Ministério da Saúde, as condições que podem interferir significativamente no período gestacional são:
- hipertensão arterial;
- diabetes;
- lupus;
- transtornos psiquiátricos e/ou neurológicos;
- infecções crônicas (como hepatites e HIV);
- anemias graves;
- condições cardíacas, hematológicas e/ou autoimunes;
- pneumopatias, endocrinopatias e/ou nefropatias graves;
- alterações genéticas maternas;
- hanseníase;
- histórico de abortos de repetição e de descolamento placentário.
Todos os casos exigem uma abordagem diferenciada para assegurar uma gravidez mais segura e saudável.
Além disso, se a mulher tiver um diagnóstico de pré-eclâmpsia, de diabetes gestacional ou de infecções em qualquer fase da gestação, ela também pode passar a ser considerada de alto risco e necessitar de uma assistência mais rigorosa para evitar complicações.

Como fazer o pré-natal de alto risco
Mulheres que se enquadram nesse perfil precisam ficar ainda mais atentas aos atendimentos médicos e realizar todos os procedimentos recomendados para identificar precocemente qualquer alteração que possa comprometer sua saúde e a do feto.
A orientação da Febrasgo é que o acompanhamento de uma gestante nessa condição seja feito um pouco diferente do que o modelo tradicional.
Isso significa que o número de consultas e exames de pré-natal pode variar conforme a gravidade do quadro clínico e a demanda de um monitoramento constante.
Normalmente, as visitas ao obstetra costumam ocorrer mensalmente até a 28ª semana, quinzenalmente entre a 28ª e a 36ª e, a partir daí, semanalmente, como orienta o Ministério da Saúde. Entretanto, nesses casos, pode ser necessário que elas tenham intervalos menos espaçados.
Além disso, exames específicos podem ser solicitados para avaliar de perto a evolução da gravidez, diversificando em tipo e quantidade conforme o estado geral de cada paciente, o desenvolvimento do bebê no útero e as observações do médico responsável.
Com o Cartão dr. consulta, é possível ter acesso a descontos em consultas com especialistas, como obstetras, e procedimentos laboratoriais e de imagem sempre com o melhor atendimento.
O benefício ainda conta com Linhas de Cuidado, como o programa Minha Gestação, que oferece suporte e orientações sobre a saúde da gestante com um time multidisciplinar e atendimento on-line de enfermagem.

Vale ressaltar que, independentemente da classificação de alto risco, cada gestação é única e um auxílio profissional especializado faz toda a diferença para garantir um parto seguro e um início de vida saudável para o recém-nascido.
Fontes: