Ibuprofeno é anti-inflamatório? Saiba como o remédio funciona
O ibuprofeno é anti-inflamatório e analgésico com presença constante nos armários e nas bolsinhas de medicamentos de muita gente.
Representa uma alternativa segura quando utilizado corretamente, com eficácia conhecida contra dor, febre e vários das perturbações desencadeadas pela inflamação.
Por isso, compreender as características, indicações e limites de segurança garante o aproveitamento dos benefícios sem exposição a riscos desnecessários.
Características básicas do ibuprofeno
Trata-se de anti-inflamatório não esteroide com propriedades analgésicas (alívio da dor), antipiréticas (capaz de diminuir a febre). Assim, é capaz de atuar em outros sintomas associados a processos inflamatórios.
Em contato com o organismo, o fármaco bloqueia os elementos responsáveis pela produção das chamadas prostaglandinas. Esses componentes são responsáveis pelos incômodos que aparecem em casos de inflamação, como as dores e/ou a temperatura elevada.
Após ingerido, a ação é rápida e o pico de concentração no sangue ocorre entre uma e duas horas. Todo o composto processado é eliminado pela urina posteriormente.
A versatilidade também aparece em diferentes formulações disponíveis no mercado. Cada uma atende necessidades específicas, sendo possível encontrar o remédio em:
- comprimidos, geralmente para uso por adultos e crianças acima de 12 anos;
- gotas ou xarope, indicados para facilitar o uso em crianças;
- cápsulas gelatinosas de liberação prolongada, que tende a ser absorvido mais rapidamente e proporciona alívio mais rápido dos sintomas;
- cremes e pomadas aplicáveis sobre a pele.
Não é preciso receita
O ibuprofeno é classificado como Medicamento Isento de Prescrição (ou MIP) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na prática, isso significa que o produto é comercializado sem receita médica.
Por isso, ele fica disposto nas gôndolas acessíveis diretamente ao consumidor em farmácias e drogarias, sem necessidade de passar pelo balcão do estabelecimento. A concessão, porém, não dispensa o produto do devido registro sanitário, o que garante a segurança e eficácia.
Além disso, é importante reforçar que a automedicação é perigosa e o uso de qualquer forma da substância deve ser feito sempre com a orientação de um médico ou farmacêutico.
Principais situações em que ibuprofeno é recomendado
De modo geral, o medicamento funciona bem em situações agudas que requerem alívio rápido dos sintomas, incluindo:
- dores musculoesqueléticas causadas por entorses, distensões, dores nas costas, artrite e outras condições que afetam músculos, ossos e articulações;
- cefaleias e enxaqueca, reduzindo a intensidade do incômodo;
- febre de diferentes origens, baixando a temperatura corporal elevada causada por infecções virais, bacterianas ou outras condições que provocam estado febril;
- dor pós-operatória e desconforto após procedimentos odontológicos (como tratamento de canal e extração dos sisos), atenuando a inflamação local.
Como pode ser utilizado em diferentes situações, é bastante comum que seja recomendado com certa frequência por profissionais da Clínica Geral.
Casos em que o ibuprofeno não deve ser usado
A substância não deve ser adotada por pessoas com alergia conhecida ao medicamento ou outros anti-inflamatórios não esteroides. Reações alérgicas podem incluir urticária, dificuldade respiratória e inchaço.
Há relatos de uma complicação grave chamada de síndrome de Stevens-Johnson provocada pela hipersensibilidade ao composto, como destaca o Conselho Federal de Farmácia (CFF). Além disso, o emprego dessa alternativa para controle da dor e febre é desaconselhável quando houver:
- úlceras pépticas ativas ou histórico recente de sangramento gastrointestinal;
- insuficiência renal ou hepática grave, pois o fármaco é metabolizado pelo fígado e eliminado pelos rins;
- recuperação após procedimentos cirúrgicos específicos (como a revascularização do miocárdio).
Para gestantes, o emprego só deve ocorrer com acompanhamento rigoroso de um especialista, principalmente no final da gestação. Para lactantes, o uso deve ser feito apenas se houver orientação médica.
Crianças menores de 12 anos não devem receber a substância, exceto em situações específicas e sempre com prescrição pediátrica especializada.
Por fim, pessoas com hipertensão arterial, insuficiência cardíaca ou que fazem uso de anticoagulantes precisam de monitoramento médico durante o tratamento.
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O apoio é reforçado por meio de programas de saúde e consultas de enfermagem on-line, nas quais é possível obter orientação personalizada para uma série de questões.

Reações adversas mais comuns e possíveis riscos
Como qualquer medicamento, o ibuprofeno pode provocar reações adversas que variam em frequência e intensidade.
As manifestações mais comuns são notadas sobretudo diante do emprego prolongado do fármaco (que supera alguns dias e persiste por semanas). Elas incluem:
- desconforto abdominal, náusea e indigestão, com agravamento de úlceras e sangramento digestivo em casos mais graves;
- retenção de líquidos e inchaço, especialmente em pés e pernas;
- elevação da pressão arterial em pessoas predispostas;
- redução da função renal quando há uso prolongado ou excessivo;
- episódios alérgicos como urticária (coceira e vermelhidão na pele);
- dificuldade respiratória em pessoas com asma.
Todos esses são alertas que exigem a suspensão imediata da medicação e a procura por atendimento médico.
A superdosagem é rara e quase sempre tem relação com longos períodos de administração. Pode provocar tontura severa, sonolência, dor de cabeça persistente e zumbido no ouvido. Em casos graves, podem ocorrer convulsões, insuficiência renal e coma.
Orientações para uso do anti-inflamatório com segurança
O emprego responsável otimiza os benefícios da substância enquanto minimiza riscos de reações adversas. Seguir orientações específicas faz toda a diferença na segurança do tratamento.
Dosagem e recomendações gerais
A administração deve sempre seguir prescrição médica, que considera fatores como idade, peso, condição de saúde e intensidade dos sintomas. Na maior parte das situações, o emprego de curto prazo costuma ser a principal indicação.
Tomar o comprimido com alimentos ou leite reduz a irritação gástrica e melhora a tolerabilidade, em especial entre indivíduos com distúrbios gastrointestinais. Em situações nas quais esse tipo de mal-estar é observado, é indicado consultar-se com um gastroenterologista.
Interações medicamentosas importantes
A combinação de um ou mais medicamentos pode gerar efeitos indesejados, então sempre que se toma um remédio é preciso saber a consequência disso para o organismo. Quem utiliza a substância deve ter atenção com:
- anti-hipertensivos, que podem perder eficácia como reforça artigo publicado na Revista Brasileira de Hipertensão;
- ácido acetilsalicílico, que aumenta o risco de sangramentos;
- bebidas alcoólicas, que devem ser evitadas;
- corticosteroides, interação que eleva o risco de úlceras;
- ciclosporina, devido a chance de danos aos rins;
- diuréticos, cujo efeito também pode ser reduzido;
- lítio, em que há uma possibilidade maior de toxicidade;
- medicamentos utilizados em sessões de quimioterapia ou após a realização de transplantes.
Para evitar os riscos dessas e outras misturas, vale sempre comunicar o profissional de saúde responsável pela prescrição.
Situações que exigem atenção médica
Há necessidade de reavaliação profissional sempre que não houver melhora dos sintomas no prazo estabelecido.
O retorno é relevante para ajuste do tratamento ou investigação de outras causas por trás das queixas. Eventualmente, o remédio pode estar apenas mascarando sinais de algo mais sério.
Em paralelo, é indispensável procurar suporte qualificado diante do agravamento dos sintomas ou surgimento de novos sinais que despertam preocupação.
Finalmente, com todas essas orientações, o ibuprofeno é anti-inflamatório versátil, em especial para queixas pontuais, com tratamentos que não se prolongam por mais do que alguns dias.
Fontes:
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