Quando o isolamento social é prejudicial para a saúde

Ficar um tempo sozinho, às vezes é muito bom e até necessário para “colocar os pensamentos no lugar”, refletir, ter um tempo de qualidade para se fazer o que mais gosta ou mesmo ficar mais quieto. O maior risco é quando essa prática passa a ser cada vez mais constante, levando ao isolamento social.
Diferenciar esses momentos previne doenças, alivia preocupações e permite ter uma vida mais saudável do ponto de vista social.
O isolamento social
O ato de reduzir ou interromper o contato com outras pessoas define o que é o isolamento social. Deixar de ter convívio social, de maneira voluntária ou involuntária, afeta o estado psicológico, físico e a saúde mental, podendo ter efeitos mais duradouros.
Tirando as medidas de saúde pública onde o isolamento se torna uma medida contra a propagação de doenças contagiosas como ocorreu na pandemia, por exemplo, no geral, isso acontece em momentos de crises pessoais e situações mais desafiadoras.
Apesar de ser, muitas vezes, uma escolha própria, esse distanciamento das pessoas e do “mundo” gera impactos diretos e indiretos na saúde.
Os efeitos do isolamento social na saúde mental
O impacto do isolamento social no bem-estar psicológico é significativo. Estudos mostram que a falta de interação social frequente pode levar ao aumento de estresse, ansiedade e sensação de solidão.
Basta pensar que o cérebro humano é naturalmente “programado” para se conectar com outras pessoas, ou seja, o ser humano é um ser sociável e que “não nasceu para ficar sozinho”, mas sim para se relacionar com outras pessoas e em outros ambientes.
A falta de suporte social está associada a uma menor capacidade de lidar com situações adversas e o isolamento por si só aumenta os riscos de desenvolver transtornos mentais.
Solidão e depressão
Quando essa solidão é prolongada, pode gerar a depressão. Tanto jovens quanto adultos que passam muito tempo sozinhos, tendem a sentir mais fatigados, desesperançosos e desmotivados. A solidão induz níveis mais altos de cortisol, o hormônio do estresse – que agrava a depressão.
Por isso se fala que manter relações sociais saudáveis é uma das maneiras mais eficazes de prevenir esse transtorno.
Vícios

Os comportamentos de isolamento social, solidão e depressão podem desencadear ainda dependência química (drogas, cigarros e bebidas alcoólicas) e vícios (jogos de azar e apostas, pornografia, medicamentos e outros).
É como se as pessoas tentassem compensar as suas necessidades – em diferentes frentes, de outra forma.
Desenvolvimento de hábitos pouco saudáveis
Passar o dia trancado em casa ou no quarto provoca efeitos negativos na saúde física. A má alimentação (a base de produtos industrializados, geralmente) e a falta de atividades e exercícios físicos podem resultar em alterações no colesterol, obesidade e no sedentarismo.
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O que fazer para minimizar o isolamento social e suas consequências
Para minimizar o impacto do isolamento social, é importante:
Identificar os sinais
Os psicólogos orientam para a observação diária dos principais sinais, especialmente entre os jovens e os idosos. A percepção de isolamento social se manifesta comumente como:
- vontade excessiva de ficar sozinho;
- baixa interação social;
- alterações constantes de humor;
- irritabilidade;
- desinteresse;
- insônia e outras complicações do sono;
- mudanças no apetite;
- sentimentos constantes de tristeza e apatia.
Identificar as causas
Após reconhecer os sinais, é necessário buscar apoio e o suporte especializado, para conhecer as verdadeiras causas e evitar que os sintomas agravem. A fobia social, o medo da rejeição e das críticas são citados como principais queixas.
Sessões de terapia são indicadas para todos os que vivenciam o isolamento, solidão e depressão. O suporte emocional e terapêutico oferece espaço seguro para falar sobre as emoções, sentimentos, compreender e agir sobre os motivos dos afastamentos.
Exercitar a reconexão social
Reaprender a ocupar a mente de forma positiva para fortalecer a autoimagem e autocuidado se comprova efetivo. Estabelecer novas rotinas para manter um senso de normalidade e propósito também favorece o senso de pertencimento.
Fontes: