É bem comum deparar-se com pessoas que parecem que tem uma bateria infinita, com energia para todas as tarefas do dia a dia. Ao mesmo tempo, não é raro encontrar quem fique sem fôlego por conta dessas mesmas demandas. Em muitos casos, oscilações no metabolismo podem explicar essas diferenças e outras particularidades relativas à saúde de cada um.
Por isso, vale a pena entender melhor o papel do metabolismo no funcionamento do organismo e o que pode ser feito para mantê-lo sempre em dia, dentro do possível.
O que é o metabolismo e qual sua função no organismo?
De forma resumida, o metabolismo é o conjunto de processos que ocorrem no seu corpo a todo momento para atender duas necessidades básicas: o fornecimento de energia e a manutenção das diversas estruturas e tecidos (como músculos, ossos, etc.).
Para entender melhor isso, basta pensar na forma como o corpo aproveita os nutrientes da comida. Desde o primeiro instante após a ingestão de qualquer comida, uma cadeia de fenômenos tem início para converter aquele alimento em energia que, no fim, será consumida pelas células.
Ao mesmo tempo, parte das calorias e dos nutrientes de uma refeição segue por outro caminho. Elas não são convertidas em energia imediatamente, mas são essenciais para produzir novos músculos ou servir como reserva de “combustível” para o futuro. É nesse processo que uma pessoa pode ganhar mais massa muscular ou acumular gordura, por exemplo.
De todo modo, é preciso levar em conta como a velocidade metabólica (ou seja, a taxa de queima de energia) pode mudar de pessoa para pessoa, por uma série de fatores. Um deles é a idade, já é esperado que os anos façam com que haja uma desaceleração natural.
Aspectos como a composição corporal e o gênero também parecem interferir. Em média, o metabolismo do homem é mais ágil, geralmente por conta da quantidade maior de músculos presentes na estrutura masculina. De forma geral, mais músculos significam uma demanda mais alta de energia em comparação com outros tecidos, como a gordura.
Como melhorar o metabolismo?
Mesmo que você passe o dia todo parado, seu corpo demandará uma quantidade de energia. Assim sendo, quando se diz que uma pessoa tem o metabolismo rápido, queremos dizer que a demanda energética do corpo dela é maior que a média das pessoas quando o corpo está em repouso.
Como já ressaltado, isso depende de uma série de fatores, que muitas vezes são difíceis de indicar. Porém, algumas recomendações gerais podem ser úteis para quem quer acelerar o metabolismo, inclusive para ter mais energia e disposição no dia a dia.
1. Se alimente de forma adequada
Na explicação de como funciona o metabolismo, os alimentos são descritos como “combustível” do organismo. Por isso, é necessário sempre repensar seus hábitos alimentares e fazer escolhas melhores na hora de abastecer o corpo.
Assim sendo, pode ser interessante optar por refeições com porções menores e sempre em intervalos regulares. Isso evita que o metabolismo desacelere por conta de longos períodos sem comer e reduz a chance de que você coma demais na próxima refeição.
Além disso, ampliar o consumo de proteínas (presentes em carnes, ovos, laticínios e leguminosas) costuma ser uma mudança importante para melhorar o metabolismo. Ao mesmo tempo que faz parte da construção e da composição dos músculos, esse nutriente exige mais trabalho do corpo para ser digerido.
Mesmo quem tem como objetivo perder peso precisa tomar cuidado com dieta restritivas demais: com o tempo, o corpo nota a diminuição da quantidade de alimentos e passa a queimar cada vez menos calorias para se adaptar à nova realidade. Essa desaceleração tende a dificultar o emagrecimento.
2. Aproveite os benefícios de determinados alimentos
Vários alimentos e bebidas mostram alguns benefícios para o metabolismo. Não por menos, muitos deles são chamados de “termogênicos”.
Exemplo disso são os condimentos como a pimenta e bebidas que contenham cafeína. Um estudo feito em 2020, por exemplo, afirmava que o uso de forma regular e em quantidade suficiente dessa substância presente principalmente no café poderia ser importante para ampliar a queima de gordura durante os exercícios físicos.
Seja como for, não existe milagre quando o tema é alimentação. No caso dos alimentos ditos termogênicos, o efeito positivo costuma ser pequeno e só faz diferença se combinado com outras mudanças.
3. Faça exercícios com regularidade
As atividades físicas regulares são um dos hábitos mais relevantes na manutenção de um metabolismo eficiente ao longo de toda a vida. E, embora qualquer forma de movimentar o corpo seja importante, alguns tipos de exercícios podem ser mais eficientes para esse fim.
Exemplo disso é a musculação. Conforme já destacado, mais músculos significam mais queima de calorias mesmo em repouso. Por isso, levantar peso e desenvolver mais massa muscular pode fazer diferença na quantidade de energia queimada pelo corpo.
Benefícios similares podem ser alcançados com exercícios aeróbicos de alta intensidade, principalmente por conta da elevação da velocidade dos batimentos cardíacos e da respiração.
Entretanto, se você ainda não tem o hábito de se exercitar, o ideal é sempre começar aos poucos e com orientação profissional adequada.
Vale saber também que os resultados da atividade podem ser otimizados com o suporte de uma equipe multidisciplinar de saúde, além de um orientador físico. Composto por endocrinologista, nutricionista e até mesmo psicólogo, um time multidisciplinar é sempre o mais indicado para quem busca mudanças efetivas no estilo de vida.
Se você se encaixa nesse perfil, aproveite para contar com os benefícios de ser assinante do Cartão dr. consulta e tenha acesso a profissionais e a exames com preços especiais. Além disso, é possível incluir dependentes restrição de idade ou de vínculo familiar.
4. Durma bem
Não é só o que se faz acordado que importa quando o assunto é metabolismo. Portanto, priorize sempre o seu sono, acima de qualquer coisa. Por mais que a rotina seja corrida, adultos devem tentar dormir sempre pelo menos sete horas, todas as noites.
Além de desacelerar o metabolismo, já se sabe que dormir pouco e mal está associado no longo prazo a questões como a obesidade e o diabetes. Vários fatores podem explicar isso, um deles está no fato de que quem passa mais tempo acordado acaba comendo mais – e nem sempre de forma saudável.
Para fazer as pazes com o travesseiro, foque sempre na regularidade. Tente dormir e acordar mais ou menos no mesmo horário. Se desconectar do celular e reduzir o consumo de cafeína antes de ir para a cama são atitudes que também ajuda.
5. Procure ajuda especializada para identificar disfunções metabólicas
Alterações comuns na tireoide ou na regulação de hormônios como o cortisol são exemplos de diagnósticos associados a algumas disfunções metabólicas. Parte dessas condições pode ser avaliado por um médico endocrinologista.
Esse especialista dedica sua atenção justamente ao funcionamento adequado das glândulas endócrinas (ou seja, que liberam hormônios direto no sangue) e pode solicitar exames específicos para avaliar e orientar cada caso da melhor forma possível.
Dessa forma, é possível corrigir eventuais deficiências que podem explicar queixas como a sensação de metabolismo “lento”, a falta de energia para as atividades do dia a dia ou mesmo a dificuldade para ganhar ou perder peso, entre outros quadros.
Fontes: