Náusea gravídica: saiba com aliviar o enjoo na gravidez

Quem já teve filhos ou está na gestação, sabe muito bem os impactos dos enjoos ou náuseas gravídicas. Esse sintoma, recorrente do início da gravidez, pode acompanhar a gestante por mais tempo e, nem sempre, está relacionado apenas com esse fato.
Sendo assim, caber saber mais sobre as causas e como atuar para reduzí-lo, para passar por esse período de uma maneira mais tranquila e sem tantos desconfortos característicos.
Diferenças entre a náusea gravídica e a hiperêmese gravídica
O termo náusea gravídica é o nome técnico para o enjoo. Cerca de 70% a 80% das grávidas, em média, relatam ter algum grau desse sintoma durante a gravidez, principalmente nos primeiros meses, sendo, portanto, um sintoma comum. Geralmente começa entre a 4ª e a 7ª semana e a pior fase ocorre próximo da 9ª semana.
A náusea e vômito leves são chamados de enjoo matinal porque costumam ocorrer com maior frequência pela manhã, mas podem aparecer a qualquer hora do dia. Nos casos extremos, a condição é chamada hiperemese gravídica – que requer intervenção médica.
Enquanto a náusea gravídica é considerada comum e se apresenta em níveis de branda a grave, a hiperêmese gravídica é uma forma grave de náusea e vômito que pode levar à desidratação, perda de peso e desequilíbrios eletrolíticos.
Essa última interfere mais na qualidade de vida porque impacta a capacidade de se alimentar normalmente e, tende a desdobrar em desfechos adversos no nascimento e distúrbios no neurodesenvolvimento.
Causas do enjoo matinal
“Parece que meu enjoo tem hora para aparecer”. E sua ocorrência de manhã pode ser explicada pelo aumento dos níveis hormonais, particularmente a gonadotrofina coriônica humana (hCG), que é o principal hormônio produzido nessa condição.
Outros fatores incluem o estresse emocional, a fadiga e a sensibilidade nos seios ou ao cheiro – que ficam mais aguçadas. Algumas mulheres podem ter também enjoos ao ingerir determinados alimentos que não causavam esse efeito anteriormente.
Se esses se tornam severos a ponto de resultar em desidratação ou perda significativa de peso, é hora de procurar ajuda médica. Sintomas como incapacidade de reter alimentos ou líquidos por mais de 24 horas devem ser avaliados por um profissional de saúde, preferencialmente por aquele que acompanha o pré-natal e a gestação.
Formas de aliviar os enjoos na gravidez

Mesmo sendo, na maioria das vezes, um sintoma mais leve, a náusea gravídica pode ser amenizada com a adaptação de determinados hábitos durante a gestação. No geral, as recomendações médicas consistem na adequação da alimentação, da hidratação e de períodos de repouso.
Alimentos que ajudam a aliviar o enjoo
- gengibre: estudos mostram que o gengibre tem esse efeito. Pode ser utilizado em chás ou consumido em forma de biscoitos, mas sempre sob supervisão médica;
- limão: o aroma cítrico dos limões ajuda a acalmar a sensação incômoda. Tanto o chá de limão ou suco diluído em água, são eficazes;
- alimentos ricos em proteínas: consumir pequenas quantidades de proteína ao longo do dia pode contribuir para estabilizar os níveis de açúcar no sangue e reduzir a náusea gravídica;
- bananas: além de serem de fácil digestão, mantêm normalizados os níveis de potássio que, geralmente, são afetados por vômitos.
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Hidratação
A desidratação pode piorar os sintomas de enjoo e, por isso, é importante beber água frequentemente ao longo do dia, mesmo em pequenas quantidades.
Chás de ervas (como camomila e gengibre), caldos claros e sucos diluídos também são opções válidas para manter o organismo mais hidratado. Por outro lado, a indicação é evitar bebidas que contenham cafeína e açúcar em excesso, para não acentuar o mal-estar.
Outras orientações
Complementam a lista as orientações para ter melhores noites de sono (para não acordar tão indisposta no dia seguinte). Levantar a cabeça com o uso de travesseiros extras, faz com que muitas mulheres se sintam mais confortáveis.
O ambiente deve ser mais fresco e ventilado, livre de fortes odores para evitar os episódios de enjoo. As técnicas de respiração e relaxamento, como a yoga e a meditação, também contribuem porque reduzem o estresse gestacional.
Quando necessário, o profissional de saúde pode prescrever medicações ou suplementação, como aquelas compostas pela vitamina B6.
Fontes: