Prevenção do câncer uterino: para que serve a colposcopia?

Saber para que serve a colposcopia e em que momento esse exame deve ser feito, pode ajudar a salvar a vidas de muitas mulheres, porque pequenas lesões iniciais que podem evoluir para o câncer de útero são fácil e rapidamente identificadas.

O que é a colposcopia?

A colposcopia integra a lista de exames ginecológicos preventivos que atuam diretamente no combate de diversas doenças graves, entre elas o câncer cervical ou uterino.

Sua indicação costuma vir após o resultado do papanicolau e pela suspeita do câncer. Diferentemente da citologia oncótica, a análise da colposcopia é detalhada e envolve a visualização direta do órgão.

Então, primeiro se faz esse exame que coleta e detecta a presença de células cancerígenas no colo do útero. Depois, a colposcopia complementa o diagnóstico, já que irá investigar mais a fundo a alteração inflamatória ou infecciosa, sua localização e o seu tipo, além de identificar verrugas genitais associadas ao HPV, o papilomavírus humano.

Essas lesões cancerígenas podem ser: benignas, pré-malignas ou malignas. Portanto, a colposcopia só é realizada quando existe alguma alteração no papanicolau.

Na colposcopia são analisados o colo do útero, a vulva e a vagina

O trato inferior feminino é formado pela vagina, vulva, colo do útero, ânus e região perianal. Essa parte é conhecida como a parte mais “baixa” do corpo. Embora nem sempre seja lembrada com a máxima importância, carece de atenção redobrada e de cuidados de rotina, como os preventivos.

Entenda as diferenças entre colonoscopia e colposcopia

O câncer do colo do útero, por exemplo, é o terceiro em grau de incidência entra as mulheres e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 17 mil casos novos são confirmados a cada três anos.

Como o exame é feito?

O exame consiste basicamente em uma análise local com lente de aumento, a partir do colposcópio  aparelho parecido com um binóculo. Com o apoio do uso de substâncias reagentes (ácido acético e solução iodada), o próprio ginecologista visualiza as lesões.

Para o início do exame, a paciente precisa ficar em posição ginecológica (similar às das consultas de rotina com ginecologista) e o espéculo é introduzido no canal vaginal, afastando as paredes laterais, ampliando assim o campo de visão.

Se não forem devidamente tratadas, as lesões podem evoluir em meses ou anos para um câncer de colo de útero. Por isso, quanto mais cedo elas forem diagnosticadas e tratadas, maiores as chances da saúde continuar protegida.

Quando e, somente se necessário, podem ser feitas biópsias da vulva, vagina ou colo do útero (colposcopia com biópsia). Neste procedimento uma amostra do tecido é retirada para análise ambulatorial. Como não é possível prever qualquer alteração de volume antes do exame, sua necessidade é confirmada durante a investigação.

Preparo

Nas 72 horas antes do exame:

• não usar creme, pomada ou óleos vaginais;
• não realizar ducha ou lavagem interna;
• não ter relações sexuais (com ou sem o uso de preservativos);
• não fazer ultrassonografia transvaginal (o exame pode ser realizado após a colposcopia normalmente).

Importante: gestantes ou pessoas com suspeita de gravidez devem consultar o seu ginecologista antes.

No dia:

• aparar os pelos pubianos;
• não estar menstruada.

A duração média estimada de todo esse processo é de 20 a 30 minutos e, normalmente, não passa disso. O resultado do exame de colposcopia sai dentro de 5 dias úteis, dependendo do lugar onde é realizado e dos prazos e protocolos internos.

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Recomendações pós-exame

Por se tratar de uma área mais frágil, é normal que a vagina fique mais sensível após o exame. Ao ter qualquer sangramento o ginecologista deve ser informado imediatamente.

Fontes:

• Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC);
• Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde (BVSMS);
• Instituto Nacional do Câncer (Inca).