A insulina, produzida por células do pâncreas, é um hormônio cuja principal função, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, é transportar e promover a entrada da glicose para dentro das células – onde será, posteriormente, transformada em energia.
Para isso, diversos processos internos do corpo começam a operar para garantir o aproveitamento energético e nutricional obtido em cada refeição. Contudo, algumas vezes pode haver falhas nesse processo, o que faz com que seja necessário recorrer a insulinoterapia.
O que acontece quando há falta ou excesso de insulina
Glicemia é o termo usado para denominar os níveis de açúcar no sangue. Quando em excesso, ocorre a chamada hiperglicemia.
Uma das características da diabetes é justamente a elevação das taxas de glicose no organismo. Isso pode ocorrer por diversos motivos, indicam a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e o Ministério da Saúde. Entre eles estão:
- destruição das células produtoras de insulina por uma reação autoimune do corpo, como ocorre no diabetes tipo 1;
- mau aproveitamento ou secreção insuficiente do hormônio, como ocorre no diabetes tipo 2.
De acordo com a Universidade do Estado de Santa Catarina (UESC), os sintomas da hiperglicemia são:
- sede em excesso;
- elevação da produção de urina;
- aumento do apetite;
- respiração acelerada;
- náuseas;
- vômitos;
- dor abdominal;
- desidratação;
- alteração do nível de consciência.
No sentido oposto, pode ocorrer a hipoglicemia, caracterizada por níveis de açúcar abaixo do ideal. Isso acontece em casos de dosagem baixa de insulina, entre outros motivos.
Alguns sinais dessa condição são:
- fome repentina;
- suor excessivo;
- tonturas;
- visão turva;
- cansaço;
- dor de cabeça;
- dormência nos lábios e na língua;
- tremores;
- batimentos cardíacos acelerados;
- confusão mental;
- convulsões.
Insulinoterapia é importante aliada para diabéticos
A reposição do hormônio é uma forma de tratamento que tem como objetivo imitar sua liberação natural.
Como mostra artigo da Revista Fapesp, a produção desse medicamento existe há mais de 100 anos no mundo – rendendo um prêmio Nobel a cientistas que descobriram como usar a insulina produzida em laboratório para o tratamento de pessoas com diabetes.
Isso se tornou um marco na história da medicina, como destaca o mesmo artigo. Antes da insulinoterapia, pessoas com diabetes eram obrigadas a manter uma dieta extremamente restrita (algo que não acontece mais) e, em alguns casos, o diabetes tipo 1 significava um destino fatal a esses pacientes.
Como usar a insulina em pacientes diabéticos
A aplicação correta do hormônio é fundamental para garantir o sucesso e a segurança da terapia, segundo a SDB. Geralmente, a entidade recomenda as seguintes práticas:
- higienizar o local escolhido com álcool 70% e esperar secar;
- segurar a área que receberá a aplicação com a ajuda dos dedos polegar e indicador, criando uma prega subcutânea;
- introduzir a agulha com movimento único, rápido, firme e leve;
- injetar o material sem pausas, mas não muito rápido.
- manter a agulha no tecido subcutâneo, com o êmbolo pressionado;
- soltar a pele e remover a agulha suavemente em um movimento único;
- fazer suave pressão local da injeção por alguns segundos, caso ocorra sangramento;
- descartar o material em recipiente próprio.
Outras recomendações da entidade sobre materiais e armazenamento são:
- manter frascos, refis e canetas descartáveis lacrados e sob refrigeração (2 a 8°C). Insulinas já em uso podem ser armazenadas em temperatura ambiente (até 30°C) por tempo especificado por cada fabricante;
- aplicar o medicamento com agulhas curtas (4, 5 e 6 mm de comprimento) para reduzir o risco de injeção intramuscular, especialmente em crianças;
- alternar os locais de aplicação;
- usar a caneta de insulina se as doses necessárias forem muito baixas (especialmente crianças);
- homogeneizar as suspensões do produto com 20 movimentos suaves para reduzir sua concentração.
Em casos de dúvida, é importante buscar atendimento e orientações de profissionais de saúde. Com o Cartão dr.consulta, é possível tirar dúvidas sobre a aplicação de insulina, além de ter acesso a exames e a consultas com diferentes especialistas.
Por meio do programa Viva Bem, o paciente recebe suporte ao longo do tratamento de condições como diabetes, hipertensão e colesterol alto (dislipidemia).
Fontes