Aquela dorzinha incômoda na região superior direita do abdômen e os enjoos frequentes podem dizer mais do que você imagina. Esses sintomas, que muitas vezes são ignorados ou atribuídos a uma simples indigestão, podem ser sinais de que algo não está bem com o seu fígado.
Nesses casos, pode ser necessário a ajuda de um especialista em Hepatologia para descobrir o que está acontecendo e indicar o tratamento correto.
Continue no conteúdo para saber quando procurar um hepatologista para cuidar da sua saúde.
A Hepatologia cuida só do fígado?
Além de ser uma especialidade muito confundida ainda com a Gastroenterologia, muitas vezes são associados ao hepatologista apenas os cuidados com o fígado.
No entanto, além desse órgão, o médico com essa especialização deve atuar com o tratamento e prevenção de condições ligadas à vesícula biliar, a árvore biliar e o pâncreas.
Quais doenças pode ser tratadas por essa especialidade?
Há diversas condições que podem ser acompanhadas e tratadas por um médico de Hepatologia. As principais são:
- hepatites virais: infecções virais que afetam o fígado e têm tratamentos específicos de acordo o tipo;
- gordura no fígado: conhecida também como esteatose hepática, ela pode progredir para condições mais graves se não tratada adequadamente;
- cirroses: quando não tratadas podem levar à insuficiência hepática;
- cânceres diversos, incluindo o de fígado, que têm mais chances de cura quando diagnosticado e tratado precocemente;
- condições ligadas à vesícula biliar e arvore biliar: como cálculos biliares e colangite;
- pancreatite (aguda ou crônica).
Então, quando procurar um hepatologista?
Determinados sintomas podem indicar um problema hepático. Assim, é importante ficar de olho se você ou alguém próximo tem:
- febres constantes;
- abdômen, pernas e tornozelos inchados;
- olhos fundos e pele amarelados (icterícia);
- sangramentos pelo nariz;
- urina escura;
- fezes claras ou esbranquiçadas;
- vômitos;
- falta de apetite.
Além disso, é necessário ficar atento com dores ou desconfortos na parte lateral do abdômen, fraqueza sem motivo aparente e náuseas.
Em casos assim, recomenda-se uma consulta o quanto antes — e isso não se restringe apenas as pessoas que fazem consumo de bebidas alcoólicas.
Boa parte dos pacientes têm doenças hepáticas congênitas (genéticas ou hereditárias). Portanto, adiar a ida ao médico pode agravar o quadro clínico e acelerar a degeneração do fígado.
E dor no fígado? É normal sentir?
Primeiramente, é importante ressaltar que o fígado é o segundo maior órgão humano. É relevante não só pelo seu tamanho, mas também porque a partir do seu perfeito funcionamento, é realizado a filtragem do sangue — que permite que o corpo elimine substâncias tóxicas e produza a bile.
A bile é um fluido líquido indispensável para a digestão e absorção de gorduras e algumas vitaminas. Em outras palavras, ajuda, por exemplo, na digestão dos alimentos.
Com isso explicado: não, a dor não no fígado não é normal. Por isso, quanto antes investigar o que pode ser e agir no tratamento, melhor.
Conviver com dores não é sadio. Sem contar que, alguns sintomas que podem ser momentâneos, quando desprezados podem levar a diversas complicações.
Quais exames o hepatologista pode pedir?
De acordo com o Ministério da Saúde, os exames laboratoriais que podem ajudar na avaliação do paciente com suspeita de doença hepática ou na investigação da sua causa, são:
- hemograma;
- exame de função hepática;
- exame de coagulação do sangue;
- exame de hepatite viral;
- exame de ureia e creatinina.
É possível, ainda, que seja solicitado ultrassonografias, endoscopia, biopsia hepática e até colonoscopia.
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Cuidando do fígado hoje
Além de saber quando procurar um hepatologista, é importante também conhecer hábitos e comportamentos que ajudarão a deixar seu fígado e outros órgãos relacionados mais saudáveis. São eles:
- manter dentro do peso ideal;
- ter uma dieta balanceada e com baixo teor de gordura;
- consumir bebidas alcoólicas com moderação;
- incluir exercícios físicos em sua rotina diária;
- vacinar-se contra os tipos de hepatites;
- ter cuidado com o consumo de suplementos;
- evitar a automedicação;
- beber muita água.
Lembrando que essas dicas ajudarão na sua saúde como um todo e, quando o assunto é esse, prevenir é melhor que remediar.
Fontes: