Como é feita a retinografia e para que serve o exame

Também conhecido como fundoscopia fotográfica, esse procedimento não invasivo capta imagens em alta resolução do fundo do olho.
A técnica possibilita a análise minuciosa da estrutura ocular, sendo capaz de identificar sinais iniciais de diversas condições, como a retinopatia diabética, degenerações maculares e alterações vasculares.
Execução da retinografia é simples
Para realizá-lo, a pessoa permanece sentada em frente a um aparelho digital, que captura detalhes da retina com o auxílio de luzes especiais.
Em muitos casos, é necessário aplicar colírios que dilatam as pupilas, o que facilita a visualização de áreas mais profundas. No entanto, dispositivos mais modernos já dispensam essa etapa, tornando o processo mais confortável.
Os registros são armazenados digitalmente e avaliados por oftalmologistas. Quando o acesso a esses profissionais é limitado, a retinografia pode ser integrada a plataformas de telemedicina.
Com o Cartão dr.consulta, o paciente usufrui de diferentes benefícios, como atendimentos com especialistas e exames com valores vantajosos. Ele também é incluído nas Linhas de Cuidados para receber suporte multidisciplinar, tirar dúvidas e fazer consultas de enfermagem on-line.

Indicações e objetivos do exame
Sua principal finalidade é o rastreio da retinopatia diabética, uma das complicações mais frequentes do diabetes mellitus. Ela é silenciosa, pode evoluir sem sintomas e comprometer seriamente a visão, inclusive levar à cegueira se não for tratada adequadamente.
Indivíduos com diabetes tipo 1 devem realizar o primeiro teste oftalmológico cinco anos após o diagnóstico. Já quem desenvolve o diabetes tipo 2 precisa passar pela análise logo depois da descoberta da enfermidade, pois há risco de alterações já estarem presentes, aponta artigo publicado na Revista Brasileira de Oftalmologia?.
Ademais, a retinografia também é indicada no monitoramento de condições oculares crônicas, em triagens populacionais de saúde visual e em casos de queixas específicas.
A capacidade de registrar o histórico ocular de cada um facilita o acompanhamento da progressão ou regressão das patologias.
Quando o procedimento é contraindicado
Embora seja um método seguro, existem algumas limitações. Em pessoas com opacidades importantes nos meios ópticos (como catarata avançada ou sangramentos vítreos), a qualidade dos registros pode ser prejudicada. Ou seja, não fornecer informações suficientes, exigindo exames complementares.
Além disso, em casos em que a dilatação da pupila é necessária, pode haver desconforto ou reações adversas leves aos produtos utilizados.
Nessas situações, o paciente deve ser encaminhado para uma avaliação oftalmológica completa, que contempla outros procedimentos, como a tomografia de coerência óptica ou angiografia com fluoresceína?.
Recomendações para o dia do exame
Ao se preparar para a realização da retinografia, o indivíduo precisa:
- suspender o uso de lentes de contato;
- chegar com 40 minutos de antecedência para aplicar o colírio no olho;
- levar um acompanhante, pois a visão costuma ficar muito embaçada por um período de quatro a seis horas após o teste, impedindo que ele se locomova sozinho e em segurança de volta para casa.

Vantagens do método
A retinografia apresenta uma série de benefícios que a tornam uma ferramenta de destaque na atenção primária, indica outro estudo publicado no periódico Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences.
Um dos principais pontos é a alta sensibilidade e especificidade para detectar alterações retinianas, bem como a possibilidade de ser feita via telemedicina.
Assim, as imagens obtidas podem ser interpretadas por especialistas localizados em centros de referência, superando barreiras geográficas e aumentando as chances de um diagnóstico precoce, especialmente em regiões remotas ou com escassez de oftalmologistas?.
Diante de sua eficácia, acessibilidade e ampla aplicabilidade, é uma importante aliada na luta contra a cegueira causada pela retinopatia diabética, melhorando o prognóstico visual de milhões de pessoas e otimizando os recursos do sistema de saúde.
Fontes: