Grande parte das infecções genitais causadas por microorganismos podem ser evitadas. Manter a higiene da região ultrapassa a questão e sensação de limpeza: o uso do sabonete íntimo cria barreiras de proteção contra diversas doenças e costuma ser uma recomendação de ginecologistas.
Saiba que os cuidados com a saúde podem se iniciar no banho diário, em uma prática de bem-estar, autocuidado e prevenção, que colocada em prática imediatamente.
O pH vaginal
Para quem não sabe o pH, que é a sigla para potência de hidrogênio, mede o nível da acidez dessa e de outras regiões do corpo e tem uma escala que vai de 0 a 14:
- ácido: de 0 a 6;
- neutro: 7;
- alcalino: acima de 7 até 14.
Portanto, quanto mais próximo do 0 mais ácido e quanto maior o número, menos ácido. Como é uma área úmida, vários fungos e bactérias se desenvolvem e “vivem” na região e, inclusive, ajudam a manter o pH da vagina entre 3,8 e 4,5 – sendo consideradas “bactérias boas” para a saúde íntima feminina.
Essa acidez natural é uma forma de prevenção contra as “bactérias ruins” e quando está desregulada aumenta a vulnerabilidade e o risco de infecções como a candidíase vaginal, comum em vaginas mais ácidas e a vaginose bacteriana e a tricomoníase, de maior incidência em vaginas com pH alcalino.
As consultas de rotina e a realização dos exames ginecológicos visam avaliar esses e outros aspectos prioritários e prevenir doenças. Mantenha esse compromisso com a sua saúde. Com a assinatura do Cartão dr.consulta consultas, exames e outros procedimentos têm descontos exclusivos:
Qual sabonete usar no momento do banho?
Atenção: os sabonetes convencionais são impróprios para as regiões íntimas porque podem causar o desiquilíbrio do pH da pele da vulva e gerar mau cheiro, coceiras ou alergias em uma parte do corpo que é bem sensível. Então, no momento do banho é necessário substituí-los pelos sabonetes íntimos, que são produtos específicos para higienização da área genital.
Diferenças entre os sabonetes normais e os sabonetes íntimos
Da mesma forma que existem produtos dermatológicos para diferentes tipos de pele, como a pele negra, por exemplo, é preciso pensar que os sabonetes têm finalidades diferentes.
As versões comuns têm o pH básico (entre 9 e 10, normalmente) e, portanto, podem desbalancear o pH íntimo, enquanto o sabonete íntimo tem pH médio entre 4,5 e 5, que é uma diferença bem significativa e importante para manter a acidez num limite benefício para as “bactérias do bem”, não sendo nem tão baixo, nem tão alto.
Outro ponto interessante é que a formulação dos produtos geralmente muda bastante. Enquanto os sabonetes convencionais são mais abrasivos e têm componentes com perfume, o sabonete íntimo apresenta formulação hipoalergênica e não tem fragrâncias ou são mais suaves.
Curiosidade: os produtos também estão disponíveis para homens, ou seja, a defesa da genitália masculina pode ser reforçada com o uso do sabonete próprio, da mesma forma.
Usando o sabonete íntimo corretamente
Como são, em sua maioria líquidos, o certo é separar uma pequena quantidade nas mãos e passar na área que já deve estar úmida, para ensaboar. Não é recomendado deixar a água do chuveiro cair diretamente sobre as mãos com o produto, para evitar o desperdício.
O movimento deve ser sempre delicado, partindo do sentido frontal para o ânus (região externa da vulva e do ânus). O sabonete não deve ser utilizado na parte interna do canal vaginal.
Após dois ou três minutos, basta enxaguar com a própria água do chuveiro e, após o banho, secar bem a região, antes de colocar a peça íntima.
Importante: o uso do sabonete íntimo deve ser suspenso imediatamente na ocorrência de infecções, inflamações ou demais restrições ginecológicas.
7 dicas para manter o pH vaginal natural
Tudo começa com a higienização íntima adequada. No mais, basta seguir as boas práticas para manter o pH natural da vagina:
- usar sabonete íntimo com pH ácido ou equilibrado diariamente;
- evitar banhos muito quentes ou frios. O ideal é que a água esteja em temperatura ambiente;
- não fazer duchas internas;
- durante o período de menstruação, trocar o absorvente com frequência e fazer a devida higienização;
- dar preferência para calcinhas de algodão ou com tecido que evite a umidade da região;
- dormir eventualmente sem calcinha para ajudar na ventilação da parte íntima;
- visitar e consultar o ginecologista pelo menos a cada dois ou três meses para atendimento preventivo e avaliação de corrimentos e outras condições:
Se sentir limpa, bem e segura, em qualquer fase da vida, é ingrediente básico para se amar mais e ter mais momentos de prazer, sem colocar a saúde em risco. Coloque o seu cuidado em primeiro plano e mantenha as consultas com ginecologista em dia.
Fontes: