Tudo que você precisa saber sobre Tireoidite de Hashimoto

Conhecida pelo seu formato de borboleta, a tireoide é uma das maiores glândulas do corpo humano e desempenha um papel muito importante em diversos processos do organismo, atuando na regulação e controle de órgãos como coração, cérebro, fígado e rins.
Por ser tão essencial para a sobrevivência, qualquer alteração em seu funcionamento, como o que ocorre nos quadros de Tireoidite de Hashimoto, tende a causar grandes impactos na qualidade de vida.
O que é a Tireoidite de Hashimoto
Quando agentes infecciosos, como determinados vírus e bactérias, entram em contato com o corpo humano, o sistema imunológico age para combatê-los e eliminá-los.
Porém, existem determinadas situações em que ele se confunde e ataca as próprias estruturas internas – característica das chamadas patologias autoimunes, grupo da qual essa condição faz parte.
Também conhecida como tireoidite linfocítica crônica, ela se instala a partir do momento em que os anticorpos destroem progressivamente as células tireoidianas, conforme explica um estudo publicado na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos.
Isso resulta no comprometimento da produção adequada dos hormônios da estrutura, o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). E, como tende a ser uma manifestação silenciosa no início, essa desregulação ainda pode resultar em outros diagnósticos associados, como o hipotireoidismo.
Dessa forma, um acompanhamento regular com o endocrinologista para check-ups e exames de rotina é indispensável para garantir detecções precoces de qualquer indício ou modificação.
Principais causas da condição
Embora as origens ainda não sejam tão bem estabelecidas pela literatura médica, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aponta que os fatores mais relacionados ao seu desenvolvimento são:
- pré-disposição genética para enfermidades autoimunes;
- ingestão de iodo, uma substância presente no sal e nos alimentos enlatados e embutidos que, em excesso, pode gerar lesões nas células tireoidianas ou modificar proteínas da tireoide, levando-as a não serem reconhecidas pelo sistema imunológico.
A Tireoidite de Hashimoto é mais prevalente em mulheres, principalmente de 45 a 55 anos, de acordo com o estudo já citado. Além disso, pode ocorrer isoladamente, como parte da síndrome poliglandular autoimune (SAF) ou uma evolução da doença de Graves.
Sintomas de alerta
Essa patologia geralmente é identificada apenas quando está avançada, justamente por desencadear o hipotireoidismo. Assim, os sinais mais comuns são uma consequência dessa segunda condição. Segundo o Ministério da Saúde, eles incluem:
- aumento de peso;
- dores musculares;
- cansaço;
- prisão de ventre;
- intolerância ao frio;
- ressecamento da pele;
- depressão.
Ao notar qualquer um deles, sobretudo de forma persistente, é fundamental procurar assistência profissional para análise adequada.

Diagnóstico e tratamentos
Devido à evolução lenta, sua confirmação pode levar anos. No entanto, a SBEM destaca que normalmente as suspeitas acontecem nos primeiros estágios do quadro associado, muitas vezes permitindo uma identificação anterior a complicações mais críticas.
Após uma avalição física para checar alterações perceptíveis na tireoide, como aumento de tamanho e endurecimento, o médico pode solicitar testes, como:
- hemograma: indica as taxas de T3 e T4, além da presença de anticorpos antitireoidianos (aqueles que atuam atacando a glândula);
- TSH: mede os níveis específicos e precisos desses anticorpos para a determinação do estado em que se encontra o quadro;
- ultrassonografia da tireoide: possibilita observar as lesões causadas na região.
O manejo terapêutico é feito com reposição hormonal e a dosagem varia de acordo com a necessidade do paciente.
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É possível prevenir a Tireoidite de Hashimoto?
Tratando-se de uma patologia autoimune, não existem formas diretas de prevenção. No entanto, hábitos saudáveis como alimentação balanceada, prática de exercícios físico e evitar o tabagismo são recomendados para garantir a saúde da tireoide e do organismo como um todo.
Vale lembrar que a Tireoidite de Hashimoto é uma condição silenciosa, por isso, o acompanhamento periódico com profissionais da saúde também é indispensável desde a infância, garantindo diagnósticos precoces e qualidade de vida a longo prazo.
Fontes:
[…] ou não de anticorpos que, quando positivo, indica uma condição autoimune, por exemplo, na Tireoidite de Hashimoto ou a doença de […]
[…] suas possíveis causas estão a Tireoidite de Hashimoto (patologia autoimune), remoção parcial ou total da tireoide ou tratamentos com iodo […]