Sendo uma das maiores glândulas do corpo humano e conhecida pelo seu formato de borboleta, a tireoide desempenha um papel muito importante para o funcionamento do organismo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), por meio da produção de hormônios, ela é responsável pela regulação e controle de diversos órgãos, como coração, cérebro, fígado e rins, atuando diretamente em diversos processos biológicos.
Por ser tão essencial para a sobrevivência, qualquer alteração tende a causar grandes impactos na qualidade de vida. Dessa maneira, conhecer quais são as condições que podem afetá-la é uma atitude indispensável.
Ao longo deste conteúdo, abordaremos umas dessas condições: a tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune e que poucas pessoas conhecem.
Afinal, o que é a Tireoidite de Hashimoto?
Antes de mais nada, é importante entender o que é uma patologia autoimune, já que ela faz parte desse grupo em específico.
Quando agentes infecciosos, como determinados vírus e bactérias, entram em contato com o corpo humano, o sistema imunológico age para combatê-los e eliminá-los.
Porém, existem casos em que esse sistema se confunde e ataca os próprios órgãos, causando aquilo que é denominado como uma condição autoimune.
A tireoidite de Hashimoto, portanto, se instala a partir do momento em que os anticorpos destroem progressivamente as células tireoidianas.
Como tende a ser uma manifestação silenciosa no início, esse quadro pode resultar em outros diagnósticos, como o hipotireoidismo. Isso porque, com o seu comprometimento, a tireoide fica incapacitada de produzir a quantidade adequada de hormônios.
Causas
De acordo com a SBEM, é mais prevalente em pessoas do gênero feminino, presente de 5 a 8 vezes mais quando comparado ao público masculino.
No entanto, as causas dessa patologia ainda não são bem estabelecidas, apesar de especialistas terem algumas hipóteses. São elas:
- influência de fatores genéticos, uma vez que existe uma pré-disposição genética para doenças autoimunes;
- ingestão excessiva de iodo, já que essa substância estimula a produção de hormônios tireoidianos.
Isso não significa que os alimentos que possuem esse elemento em sua composição devem ser banidos da dieta. Na realidade, eles precisam ser ingeridos em proporções adequadas.
Como pode se manifestar?
Não existem sintomas específicos da tireoidite de Hashimoto, já que essa patologia é identificada quando o quadro de hipotireoidismo já está presente. Assim, os sinais mais comuns são uma consequência desta condição.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), os principais são:
- aumento de peso;
- dores musculares;
- cansaço;
- prisão de ventre;
- intolerância ao frio;
- ressecamento da pele;
- depressão.
Ao perceber um ou mais desses sintomas por um período superior a 2 meses, é necessário buscar auxílio de um profissional de Clínica geral ou Endocrinologia. Os médicos destas especialidades são capazes de fornecer orientações e prescrever os tratamentos adequados.
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Descoberta e tratamento clínico
Por ser uma patologia que atua lentamente, o diagnóstico da tireoidite de Hashimoto pode demorar a ser confirmado. No entanto, quando há suspeita, os exames solicitados costumam ser:
- exame físico: com ele identificam-se possíveis alterações físicas na glândula tireoide, como aumento de tamanho e endurecimento;
- hemograma: com a versão completa deste exame de sangue e com seus resultados em mãos, o profissional consegue avaliar a quantidade dos hormônios tireoidianos T3 e T4, além da presença de anticorpos antitireoidianos (aqueles que atuam atacando a glândula);
- exame de TSH: a partir dele, mede-se a quantidade do hormônio tireoestimulante, ajudando na detecção mais precisa de doenças que acometem a tireoide.
Depois da confirmação do diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado. A melhor abordagem será indicada pelo especialista, mas, normalmente, envolve a reposição hormonal via medicamentos prescritos.
É válido ressaltar que, assim como outras patologias, a tireoidite de Hashimoto requer os cuidados corretos e, por isso, a automedicação deve ser evitada.
Fazer uso de remédios sem assistência médica pode agravar o quadro ou auxiliar no desenvolvimento de outros, como gastrite, refluxo ou intoxicação medicamentosa, por exemplo.
Outra forma de tratamento e controle é ter uma alimentação balanceada. Portanto, manter visitas regulares com um nutricionista é relevante para receber orientações personalizadas e eficazes, considerando o contexto e necessidade de cada pessoa.
A tireoidite de Hashimoto é uma doença silenciosa, por isso, o acompanhamento contínuo para avaliações periódicas desde a infância é uma atitude que ajuda a evitar o seu desenvolvimento ou a identificá-la precocemente.
Lembre-se que aqui no dr.consulta, o acesso a esse acompanhamento, tanto com consultas quanto com exames preventivos, é rápido e fácil e está disponível para toda a família.
Fontes:
- Distúrbios da glândula tireoide | Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC);
- O que é a tireoide | Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC);
- Uso de remédios sem prescrição pode causar reações alérgicas, dependência e até morte | Faculdade de Medicina da UFMG;
- Tireoidite de Hashimoto | National Library of Medicine;
- Os desafios no diagnóstico da tireoidite de Hashimoto em crianças e adolescentes | Caderno de Graduação – Ciências Biológicas e da Saúde;
- Informação e conscientização: Ministério da Saúde alerta sobre alterações na tireoide | Ministério da Saúde (MS);
- Hipotireoidismo | Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MS);
- Tireoide | Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM);
- Tireoidite de Hashimoto | Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).