Conheça as opções de tratamento para miopia

Cerca de 30% da população mundial apresenta essa condição, que tem se tornado cada vez mais frequente entre crianças e adolescentes, aponta estudo publicado no Brazilian Journal of Health Review.

Por se tratar de um quadro capaz de progredir, entender qual é o melhor tratamento para miopia ajuda a evitar complicações.

No que consiste a miopia

Essa alteração visual é muito comum e se caracteriza pela dificuldade de enxergar objetos que estão distantes. 

Isso ocorre quando o globo ocular apresenta um alongamento axial, fazendo com que a luz que entra nos olhos se concentre antes da retina. O resultado é uma imagem borrada ao tentar ver de longe, mesmo que permaneça nítida de perto.

Pode surgir na infância e se agravar ao longo do tempo, especialmente em fases de crescimento. Entre os fatores de risco, destacam-se a predisposição genética, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e a baixa exposição à claridade natural. 

Como é feito o tratamento para miopia

Diferentes métodos podem restabelecer a qualidade da vista e retardar a evolução do distúrbio. Entre eles:

Óculos e lentes de contato

Eles redirecionam os raios de luz para que atinjam corretamente a retina, proporcionando nitidez. São as soluções mais comuns e acessíveis, além de muito eficientes, sobretudo em graus leves e moderados.

Colírio de atropina em baixa dosagem

Medicamentos com a substância concentrada a 0,01% podem reduzir significativamente a progressão do diagnóstico, sem causar efeitos adversos relevantes, indica estudo do Brazilian Journal of Health Review. Utilizados principalmente nos pequenos.

Ortoqueratologia

Lentes rígidas de uso noturno que moldam temporariamente a córnea e corrigem a visão durante o dia. Apesar de eficazes, apresentam riscos como infecções e exigem acompanhamento oftalmológico rigoroso.

Cirurgia refrativa

Indicada para adultos com miopia estabilizada, ajusta a curvatura da córnea e limita a necessidade de acessórios ópticos. Contudo, não é recomendada para os mais jovens, já que seus olhos ainda estão em fase de amadurecimento.

Lentes multifocais e desfocadas

Diminuem o estímulo ao crescimento excessivo do globo ocular. Embora mais recentes, têm mostrado bons resultados em estudos clínicos, especialmente quando combinadas a outras terapias. 

Diagnóstico precoce e a importância do tratamento na infância

Detectar a condição logo cedo é essencial para garantir um desenvolvimento saudável. Isso porque a baixa acuidade visual pode comprometer diretamente a evolução do aprendizado, da coordenação motora, da socialização e até da linguagem, segundo artigo da Revista Eletrônica Acervo Saúde.

Dados do mesmo estudo apontam que aproximadamente 20% das crianças em idade escolar apresentam alguma dificuldade para enxergar de longe, muitas vezes sem que pais e educadores percebam. Por isso, o rastreamento deve fazer parte da rotina de cuidados desde a infância.

Além disso, a pandemia de COVID-19 contribuiu significativamente para o aumento dos casos infantis, já que o isolamento social impediu uma exposição à luz solar satisfatória e potencializou o tempo de tela (dois fatores de risco), destaca a revisão do Brazilian Journal of Health Review. Houve ainda o surgimento de esotropia aguda (desvio ocular) em algumas pessoas.

Excesso de luz artificial, tempo de sono e leitura a distâncias inferiores a 25 cm também são questões associadas a esse avanço, descreve artigo da Revista Eletrônica Acervo Saúde. 

Por isso, ações preventivas como incentivar brincadeiras ao ar livre, restringir o acesso a dispositivos eletrônicos e manter check-ups oftalmológicos regulares são altamente recomendadas para evitar o distúrbio.

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Investir em prevenção, diagnóstico precoce e assistência profissional pode fazer toda a diferença para a identificação, bem como garante o melhor tratamento para miopia, resultando em mais qualidade de vida e saúde visual a longo prazo.

Fontes:

• Brazilian Journal of Health Review;
• Revista Eletrônica Acervo Saúde.