A ultrassonografia pélvica ginecológica é um tipo de exame considerado um recurso valioso para obter imagens internas dessa área específica do corpo. Ou seja, é uma ferramenta eficiente na detecção de disfunções na saúde, sobretudo no aparelho genital feminino – não ficando restrito a ele, no entanto.
Contam positivamente nessa avaliação a segurança, a praticidade e o custo, comumente menor que o de outras opções (como ressonâncias, tomografias e radiografias).
Acompanhe, a seguir, quais suspeitas podem ser analisadas por meio desse procedimento, o que esperar dele, além de dicas de preparo para a realização.
A importância da estrutura da pelve no corpo feminino
De maneira objetiva, a pelve fica localizada entre a porção inferior da barriga (na altura da cintura) e as pernas. Ali se encontra uma estrutura óssea complexa, conhecida popularmente como “bacia”, “cadeira” ou “quadril”.
Coberta por diversos músculos que ajudam a proteger componentes essenciais da anatomia feminina. Entre eles estão:
- o útero, situado entre a bexiga e o reto (trecho final do intestino). Ele também abriga o colo do útero em sua localidade mais estreita e o endométrio, tecido que reveste o órgão;
- os ovários, que são dois, localizados nas laterais da pelve e responsáveis pelo armazenamento e liberação dos óvulos para uma possível fecundação;
- a vagina, o canal que liga o colo do útero à vulva, a parte visível do órgão sexual feminino.
No mais, esse local desempenha funções relacionadas à sustentação e movimentação do corpo, como ficar em pé e andar. Já nas gestações, as características dos ossos e músculos se adaptam para o desenvolvimento do bebê e o trabalho de parto.
O cuidado com a musculatura pélvica
Os músculos que sustentam a pelve são chamados de assoalho pélvico. Eles ficam entre o ânus e os órgãos genitais. Por serem pouco visíveis, às vezes, são negligenciados. Contudo, suas funções são muito importantes.
Fraqueza nessa região pode desencadear dor, perda de urina ou lesões no períneo de gestantes, principalmente durante o parto. Músculos pélvicos enfraquecidos também afetam a vida sexual.
Para evitar essas condições, é necessário fortalecê-los. Entre as rotinas de movimentos mais conhecidas para esse fim estão os exercícios de Kegel, que tem como objetivo justamente trabalhar essa musculatura.
Como a ultrassonografia ajuda a avaliar a condição da pelve
Geralmente, o exame é indicado a partir de queixas como:
- dor no ventre;
- sangramento vaginal anormal ou outros desequilíbrios menstruais;
- dificuldades para engravidar;
- presença de massas que podem ser sentidas pelo toque das mãos.
A indicação quase sempre vem de um ginecologista. Para auxiliar no diagnóstico adequado, a ultrassonografia pélvica ginecológica pode ser feita de duas maneiras:
- Ultrassom pélvico abdominal, útil para captar imagens dos órgãos da parte inferior do abdômen, como os rins e a bexiga. Realizado tanto em homens, quanto em mulheres.
- Ultrassom pélvico transvaginal, mais eficaz na avaliação do útero e da região cervical (o colo), assim como os ovários e proximidades (como as trompas de falópio).
Em casos particulares, um ultrassom transretal também pode ser solicitado. Ele é mais comum para homens, especialmente no diagnóstico de alterações na próstata.
Situações frequentes que podem exigir essa avaliação
Por abordar uma região abrangente, a ultrassonografia pélvica se destaca pela sua versatilidade. Desse modo, circunstâncias em que ela tende a ser mais relevante são:
- anormalidades na anatomia do útero, dos ovários e do endométrio;
- identificação de fibromas e cistos uterinos ou ovarianos;
- localização e posicionamento de DIU (Dispositivo Intrauterino);
- diagnóstico de doença inflamatória pélvica ou similares;
- certos tipos de acompanhamento durante a gravidez;
- avaliação de determinados tipos de tumor, principalmente no colo do útero, nos ovários e na bexiga;
- eventualmente, na busca por cálculos renais ou outras disfunções nos rins.
Essas e outras condições que afetam a saúde da mulher em diferentes fases da vida podem exigir acompanhamento especializado. Pensando nisso, o Cartão dr.consulta oferece consultas e exames com descontos, além de outros benefícios para fortalecer o cuidado essencial.
O passo a passo para se preparar para o exame
Após o pedido médico, a pessoa que precisa realizar uma ultrassonografia pélvica deve realizar o agendamento, normalmente. Em seguida, ela receberá orientações para a preparação necessária, que são relativamente simples:
- use roupas fáceis de remover da cintura para baixo no dia do ultrassom;
- faça a retenção urinária, bebendo água conforme a quantidade adequada:
- acima de 15 anos: pelo menos seis copos do líquido na meia hora anterior;
- entre 7 e 15 anos: quatro copos;
- abaixo de 7 anos: apenas dois copos.
A necessidade de segurar a urina tem exceções em alguns casos específicos. Os mais comuns são quadros de incontinência urinária. Nessa situação, recomenda-se limitar o consumo de água ao máximo tolerado sem causar desconforto.
Pessoas em hemodiálise ou com insuficiência cardíaca grave devem conversar com seus médicos e seguir orientações individualizadas.
O equipamento utilizado aqui é o mesmo de outros tipos de ultrassom. As imagens formadas resultam do “eco” produzido pelo contato de ondas sonoras com os tecidos do corpo.
Ultrassonografia pélvica abdominal
O exame é feito com a pessoa deitada ou levemente de lado. Após o posicionamento adequado, o profissional aplica um gel na região, que facilita o deslize do transdutor, o aparelho que permite a obtenção da visualização necessária.
Normalmente, são feitos vários movimentos até alcançar o resultado desejado. Pode haver alguma pressão, causando leve desconforto, que passa assim que tudo termina. O gel pode ser removido logo em seguida.
Ultrassonografia pélvica transvaginal
A necessidade de introduzir o transdutor do ultrassom no canal vaginal faz com que essa opção se assemelhe a um exame ginecológico comum.
A mulher é posicionada de maneira parecida ao que acontece em um Papanicolau: com as pernas separadas e apoiadas. Em seguida, o equipamento do ultrassom, devidamente protegido e lubrificado, é inserido no canal vaginal.
O processo pode ser um pouco incômodo, mas ainda assim menos do que uma avaliação ginecológica tradicional.
Os eventuais riscos e o pós-exame
Em todas as abordagens comumente empregado, os riscos são baixos, exceto pelo desconforto devido à manipulação do aparato.
Diferente de outros métodos de análise visual do organismo, aqui não há uso de radiação ou de contrastes, relacionados a efeitos colaterais e reações indesejadas.
Após a ultrassonografia pélvica, que dura cerca de 30 minutos, não há restrições ou cuidados especiais a serem seguidos. É possível ir embora e retomar as atividades do dia a dia imediatamente.
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