Conheça os tipos de conjuntivite por suas características

Essa inflamação da conjuntiva, membrana que reveste a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras, pode afetar pessoas de todas as idades, sendo comum em ambientes com aglomeração, como escolas e transportes públicos.

Identificar qual dos tipos de conjuntivite está se manifestando é essencial para definir o manejo correto. 

Tipos de conjuntivite, causas e tratamentos

Cada um possui características próprias e fatores desencadeantes específicos. Assim, a condição pode ser classificada como: 

1. viral;
2. bacteriana;
3. alérgica;
4. irritativa.

1. Conjuntivite viral

É a mais frequente, responsável por até 80% dos casos agudos e apresenta alta taxa de contágio entre adultos, segundo estudo da Universidade Federal do Ceará (UFC), podendo gerar surtos. 

Costuma ser provocada por adenovírus e se espalha facilmente por meio de secreções oculares, objetos contaminados ou proximidade com pessoas infectadas.

Geralmente, é autolimitada, com duração de uma a duas semanas e seus sintomas são lacrimejamento excessivo, vermelhidão, sensação de corpo estranho, fotofobia (sensibilidade à luz) e inchaço.

O tratamento visa aliviá-los, podendo incluir:

• aplicação de compressas frias;
• uso de lágrimas artificiais;
• higienização adequada das pálpebras.

Colírios com corticoides podem ser indicados em situações mais críticas, mas sob supervisão oftalmológica, alerta o estudo da UFC.

2. Conjuntivite bacteriana

Tem como causa principal a infecção por bactérias como Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae.

Pode ser transmitida por contato direto com as secreções purulentas características ou superfícies contaminadas. Crostas nos cílios ao acordar, irritação e desconforto ocular também podem fazer parte do quadro.

Altamente prevalente em ambientes escolares, representa de 50% a 75% dos episódios em crianças, aponta artigo da Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação.

Requer medicamentos de aplicação local (gotas ou pomadas) com antibacterianos que devem ser orientados por um profissional da saúde. 

3. Conjuntivite alérgica

Relacionada à reação do organismo a alérgenos como pólen e poluição. Nos mais jovens, os principais são poeira, ácaros, pelos de animais e exposição ao fumo, destaca pesquisa publicada na Revista Recima21. 

Não é contagiosa, mas pode se tornar crônica em pessoas com histórico de alergias respiratórias ou cutâneas. Por isso, evitar o fator desencadeante é parte fundamental dos cuidados.

Entre as manifestações físicas estão coceira intensa, olhos vermelhos e lacrimejantes, inchaço e presença de líquido aquoso.

Para reverter os efeitos, as abordagens envolvem:

• antialérgicos orais ou em colírios (anti-histamínicos) e estabilizadores de mastócitos (previnem a liberação de substâncias que incitam a alergia);
• lavagem da área com solução salina (soro fisiológico).

4. Conjuntivite irritativa

Ocasionada por agentes externos como fumaça, cloro de piscinas, poluentes ou produtos de limpeza. Pode ocorrer também pelo uso inadequado de lentes de contato. 

Ardência, irritação e lacrimação costumam surgir imediatamente e o tratamento é justamente suspender a interação com o causador. Lubrificantes oculares podem ser prescritos para amenizar os sintomas.

Quando procurar atendimento médico

Sinais como dor intensa, visão embaçada e sensibilidade à luz ou a piora do quadro existente exigem avaliação de um oftalmologista para diagnóstico e manejo apropriados.

O Cartão dr.consulta oferece acesso a diferentes especialidades médicas e exames com valores vantajosos, possibilitando a preservação da saúde ocular.

Cuidados e prevenção

Algumas recomendações gerais podem ajudar a impedir a propagação e o agravamento da conjuntivite:

• higienizar as mãos corretamente com água e sabão;
• evitar compartilhar toalhas, travesseiros e maquiagens;
• não coçar a região frequentemente;
• manter os olhos limpos com soro fisiológico;
• protegê-los em ambientes com fumaça ou poeira;
• trocar roupas de cama e banho com regularidade.

Crianças devem ser afastadas temporariamente da escola ao apresentarem o tipo viral ou bacteriano, por serem contagiosos. E vale ressaltar que atendimentos e check-ups periódicos são cruciais para garantir o bem-estar. 

Fontes:

• Revista Científica Multidisciplinar Recima21;
• Universidade Federal do Ceará (UFC);
• Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação.