As principais características dos transtornos psicóticos

Dentro da grande variedade de desordens mentais que podem prejudicar a saúde mental de qualquer pessoa, os chamados transtornos psicóticos são definidos pelo conjunto de sintomas que provocam alterações em que há uma desconexão com a realidade manifestadas por delírios, alucinações e outras modificações no comportamento.
Ainda que a esquizofrenia seja o principal exemplo desse desarranjo, existem outras manifestações condições que trazem consigo tal tipo de consequência. Além disso, diversos transtornos de natureza psiquiátrica e neurológica tem na sua evolução determinados traços psicóticos (como a depressão e o transtorno afetivo bipolar).
Os transtornos psicóticos mais comuns
Estima-se que entre 1,5% e 3,5% da população mundial terá algum diagnóstico em que a psicose seja o principal traço. Além disso, um número bem maior de pessoas poderá experimentar um sintoma do tipo ao longo dos anos.
De qualquer maneira, as condições psiquiátricas dentro desse espectro que mais chamam a atenção geralmente são:
- a esquizofrenia, uma enfermidade crônica caracterizada por delírios e alucinações, discurso desorganizado e comportamento confuso que prejudica a atuação em mais de uma área da vida;
- o transtorno psicótico breve; em que há o aparecimento de sintomas psicóticos de maneira repentina;
- o transtorno esquizoafetivo, combina sintomas da esquizofrenia com alterações de humor (como episódios depressivos ou de mania);
- o transtorno delirante; marcado pela presença de delírios persistentes sem outros sinais da esquizofrenia;
- a psicose induzida por substâncias, quando o transtorno ocorre devido ao uso de drogas ou de medicamentos.
A confirmação de qualquer um deles depende da avaliação do psiquatra ou psicólogo. Além das alterações observadas, é possível recorrer a exames de imagem e a outros testes clínicos para entender melhor as causas dos sintomas sinais psicóticos e excluir explicações alternativas.
As causas e os fatores de risco para essas formas de adoecimento
Seja como for, entram na lista de aspectos que colaboram com a chance de uma pessoa ser atingida por essas manifestações:
- predisposição genética (ou seja, parentes com transtornos psicóticos aumentam a chance de alguém ter o mesmo quadro);
- alterações neuroquímicas no cérebro, em especial envolvendo o neurotransmissor dopamina, modificando a maneira como as células nervosas “conversam”;
- histórico de estresse e exposição a traumas;
- uso de substâncias psicoativas, incluindo o álcool.
Episódios psicóticos são raros em crianças, mas se tornam mais frequentes na adolescência e no início da vida adulta, entre os 15 e 30 anos, em média. Existem evidências de que situações de vulnerabilidade social, em especial nos primeiros anos de vida, elevam o risco do desenvolvimento dessas condições.
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Os sintomas mais notados nessas circunstâncias
As alterações associadas aos transtornos psicóticos são divididas em dois grupos: os sintomas positivos, em que há o aumento de determinado comportamento e os negativos, em que há determinada deficiência cognitiva ou emocional.
Sintomas positivos
- comportamento inadequado: ações imprevisíveis e desorganizadas, que vão desde agitação motora até a catatonia (imobilidade acentuada em relação ao contato exterior);
- alucinações, em que aparecem a percepção de vozes ou imagens que não existem;
- delírios, onde nos quais surgem crenças falsas e inabaláveis, por mais se que se confronte esses pensamentos (achar que há alguém perseguindo quando não há);
- discurso desorganizado, gerando dificuldade na comunicação pela falta de conexão entre as ideias.
Sintomas negativos
Em geral, são menos nítidos e incluem redução da expressão emocional e aquilo que os especialistas chamam de avolia: a diminuição bastante significativa da capacidade de iniciar e terminar uma tarefa por conta própria. No mais, pode haver desinteresse em demandas cotidianas e uma apatia generalizada.
Opções de tratamento mais indicadas depois do diagnóstico
Como acontece em outros transtornos psiquiátricos, a combinação de mais de uma abordagem terapêutica tende a oferecer melhores resultados. Dessa forma, é possível considerar:
- a utilização de antipsicóticos para controle dos sintomas (principalmente aqueles que envolvem alucinações e delírio), conforme prescrição de um psiquiatra;
- determinadas estratégias de suporte psicoterápico, incluindo sessões de terapia com um psicólogo capacitado.
- construção de uma rede de apoio familiar e social, sobretudo para combater as consequências do estigma (preconceito) em torno dessas condições psiquiátricas.
A introdução precoce do tratamento junto da sua manutenção por tempo adequado é capaz de oferecer bons resultados na maioria dos transtornos psicóticos, devolvendo ao indivíduo a autonomia e um patamar nível de bem-estar satisfatório.
Fontes:
[…] fim, possíveis traços psicóticos (ou seja, em que há variados graus de desconexão da realidade) são tratados com antipsicóticos. […]
[…] manifestação combina os sintomas típicos com traços psicóticos, como delírios e alucinações. Tais queixas estão relacionadas a percepção de culpa, […]