Você gosta do que vê refletido no espelho? Ou já sentiu que a pessoa que olhava de volta para você era uma estranha? Isso diz muito sobre o modo como você projeta a sua autoimagem.
Entender como essa projeção é construída ao longo da vida pode ser essencial para um processo de autoconhecimento e autoaceitação.
Afinal, isso também mexe na nossa autoestima, já que a maneira como nos vemos impacta diretamente na opinião que temos sobre nós mesmos.
Essa percepção, mesmo que inconsciente, define nossas escolhas, sentimentos, comportamentos e também nos guia, podendo gerar impactos tanto na saúde física quanto mental.
Então, tente se perguntar: como você se vê? A imagem construída é verdadeira ou é somente a maneira como você aprendeu a se enxergar? Você aceita o que vê?
Faça uma reflexão e descubra o quanto a autoimagem e a autoestima influenciam no seu cotidiano e na sua saúde.
O que é autoimagem?
Autoimagem é a forma como um indivíduo se enxerga, tanto por fora quanto por dentro. E todos nós passamos pelo desenvolvimento de entender quem somos.
Quando um bebê nasce, a família cria muitas expectativas sobre ele, não é mesmo?
“Meu filho vai ser médico, engenheiro ou advogado!” ou “Esse bebê tem cara de quem vai fazer X, Y e Z na vida!” e até mesmo comentários como “Desse jeito vai ser um famoso jogador de futebol!”.
E tantas outras promessas são criadas em torno de um ser que ainda está descobrindo a vida.
Provavelmente você passou por isso.
A partir de comentários assim absorvemos essas percepções e passamos a desenvolver sentimentos, comportamentos e atitudes coerentes com a imagem criada, fazendo escolhas para reafirmá-la.
Em casos de afirmações constantemente depreciativas, a repercussão na autoimagem de uma pessoa pode ser muito negativa.
Por exemplo: uma criança que sofre bullying e constantemente ouve que não é inteligente pode crescer realmente acreditando nisso e pode não se sentir estimulada para tentar coisas diferentes.
Ou quando há um exagero nas expectativas familiares (“Meu filho tem que ser médico”), a criança pode não se sentir capaz de alcançar as altas expectativas criadas pelos outros para si.
O fato é que são várias situações que colaboram para a formação da autoimagem logo na infância e todas elas podem ter sérias consequências na vida adulta.
Você reconhece algum acontecimento que tenha impactado no seu desenvolvimento e na forma como se percebe?
Autoimagem na vida adulta
Você já notou que, mesmo quando adultos, muitas vezes somos influenciados pelos olhares do outro? E podemos até mesmo depender de validações externas para aceitar quem somos?
Por isso, o autoconhecimento é imprescindível para entender nossos processos internos e externos – inclusive o modo como nos vemos e nos comportamos junto a diferentes pessoas e grupos.
É também por esse motivo que aquelas “classificações” que recebemos na infância podem causar uma distorção na autoimagem e autoestima de um adulto.
Isso porque quando não nos sentimos aptos a cumprir o papel que nos foi dado ou quando não nos reconhecemos nesse retrato criado, podemos ter medo de quebrar as expectativas que criaram para nós.
Isso pode gerar adultos ansiosos, com medo excessivo, inseguros e pessimistas.
Assim, podemos nos comportar de maneiras muito diferentes de acordo com o grupo que estamos acompanhando porque essas ações podem mudar o modo como a nossa autoimagem é concebida.
É por isso que a Psicologia acredita que não nos vemos de uma só forma. Afinal, somos influenciados também pelo contexto de onde viemos e no qual estamos no momento.
Autoimagem e autoestima: como as duas estão relacionadas?
Enquanto a autoimagem nos descreve, a autoestima nos avalia.
Ou seja, ainda que uma pessoa se veja de forma realista (tal como é), ela pode não gostar do que vê ou é, muitas vezes influenciada por padrões impostos por outras pessoas.
Pode ser confuso entender essas nuances, mas a questão é que autoimagem e autoestima estão intimamente ligadas sobre o que eu sou versus como eu me julgo.
Portanto, a autoestima depende de como você internaliza sua autoimagem.
Distorção de autoimagem: quando devo procurar ajuda?
Os distúrbios de autoimagem estão mais presentes na nossa sociedade do que imaginamos. O próprio preconceito social pode contribuir para essa questão.
Isso porque nosso “espelho interno” pode refletir a realidade como ela é ou uma imagem distorcida, negativa ou idealizada, que não corresponde à realidade.
Esses casos podem gerar doenças psicológicas e psicossomáticas no indivíduo, que acabam precisando de tratamento médico e psicológico.
Acompanhe um exemplo abaixo.
Dismorfia corporal
A distorção de autoimagem, ou dismorfia corporal (conforme conhecida na Medicina), é um transtorno em que o indivíduo se enxerga diferente da realidade.
Há casos em que as pessoas com dismorfia corporal sentem uma preocupação excessiva com seus corpos. Como se enxergam diferentemente do que são, procuram corrigir cada “imperfeição” vista.
Comportamentos vindos da distorção da autoimagem impactam negativamente a autoestima e afetam a vida no trabalho, na escola e no convívio com amigos e familiares.
É um distúrbio que atinge homens e mulheres, principalmente na adolescência, podendo ser influenciado também por fatores genéticos ou ambientais.
E, por terem impacto na saúde mental, muitas vezes requerem ajuda de psicólogo e psiquiatra, que poderão indicar tratamento com medicamentos e sessões de psicoterapia.
Vale lembrar que é indispensável a avaliação profissional para o diagnóstico dessa condição.
O que fazer para construir uma autoimagem saudável
Antes de continuar, saiba que é possível ter uma autoimagem saudável. Por isso, comece refletindo sobre quem você é e seja sincero consigo mesmo. Perdoe seus erros e veja o seu lado positivo – exercícios de autoapreciação também podem ajudar.
Pense: como me enxergo e como isso impacta no modo como me cuido e me aceito?
Além disso, confira algumas dicas que separamos para ajudar nessa jornada.
Diminua as comparações
Um ponto fundamental na busca pela autoaceitação é, justamente, parar de se comparar aos outros de modo doloroso.
Isso porque, muitas vezes, nos comparamos em momentos de ansiedade e isso pode nos gerar dor. Afinal, geralmente quando o fazemos é para descredibilizar nossas próprias conquistas.
Se for inevitável a comparação com outras pessoas, procure situações em que elas passaram pelo mesmo que você e tire algo positivo daí. Ou seja, aprenda com a situação para melhorar algo em si.
Busque o autoconhecimento
Ao se conhecer de fato você tem mais chances de entender como está a projeção da sua autoimagem. Assim, quanto mais você se conhecer, mais fácil será se enxergar de maneira realista.
Converse consigo mesmo e procure ouvir o que você tem a dizer. Busque entender os sinais que seu corpo está lhe dando sobre o que precisa ser feito e se algo precisa mudar.
Entender o que seu corpo diz, buscar realizar mudanças quando necessário e investir em uma rotina de saúde são excelentes formas de exercitar o amor-próprio junto ao autoconhecimento.
Procure nutrir seu amor-próprio
Seja gentil com você e entenda seus processos, seu tempo. Mas não deixe que isso impeça você de buscar a sua melhor versão.
Isso porque, amor-próprio, bem-estar e autoconhecimento são significativamente essenciais para uma visão positiva de si.
Acompanhe 3 dicas que separamos para você.
3 dicas para trabalhar o amor-próprio na autoimagem
O amor-próprio é muito mais do que se olhar no espelho e se sentir uma pessoa bonita, ele é algo que acontece de dentro para fora.
Isto é, reconhecer seus valores, seus limites e respeitá-los, além de ter responsabilidade consigo e prezar pela saúde física e mental.
O amor-próprio não depende da validação dos outros ou do que pensam sobre nós!
Por isso, acompanhe as 3 dicas que preparamos para trabalhar o amor-próprio e elevar a sua autoestima:
1. Cuidados diários com você
Cuidar de si é um ponto essencial para nutrir o amor-próprio. Mas esse é um processo que precisa ser iniciado primeiramente com atividades básicas do cotidiano.
Por isso, faça uma lista dos cuidados diários, como:
- arrumar o cabelo;
- hidratar a pele;
- colocar uma roupa do seu agrado.
Estabeleça, por exemplo, uma rotina de saúde. Nela, inclua também o cuidado com a saúde mental. Que tal fazer terapia?
O autoconhecimento é o melhor caminho para entender o que você sente, quem você é e onde pretende chegar. Procure um psicólogo para lhe auxiliar nessa jornada e trabalhar sua saúde mental.
2. Foque em uma alimentação saudável
Quando você começar a se preocupar com o que come e percebe os benefícios que isso lhe traz, o seu amor-próprio ficará mais forte.
A mudança por meio de uma alimentação mais saudável:
- prioriza suas necessidades;
- estabelece limites para você viver sua vida mais feliz;
- eleva a aceitação.
Procure fazer refeições leves e balanceadas. Evite alimentos com açúcar e gordura, pois esses dois elementos contribuem para o desenvolvimento de doenças como:
Aposte nas frutas, verduras e legumes. O abacate, por exemplo, é uma fruta boa para a maioria das pessoas, pois possui gordura boa que ajuda a substituir o colesterol mau pelo bom.
Pequenas mudanças farão diferença no seu dia-a-dia, transformando a alimentação, que muitas vezes é vista como vilã, em uma aliada.
3. Faça exercícios físicos!
Os exercícios físicos podem contribuir para uma vida mais saudável e ajudam a evitar uma série de diagnósticos mentais como a depressão e o excesso de ansiedade.
Dance, troque o elevador pelas escadas, caminhe, ande de bicicleta… Enfim, movimente-se! A alimentação saudável, aliada a exercícios físicos, são práticas que, se fizerem parte do cotidiano, beneficiarão sua saúde.
A atividade física ajuda a tonificar os músculos, melhora a circulação sanguínea, a pressão arterial e o peso, além de colaborar para o bem-estar, diminuir o estresse, aumentar a concentração e a autoestima.
Por fim, é importante enfatizar que a ajuda de profissionais da área, como psiquiatras e psicólogos, é indispensável quando se fala em saúde e o impacto da autoimagem na saúde mental e física.
Nesse sentido, que tal conhecer o Cartão dr.consulta e agendar o seu atendimento através do nosso site ou app?
Fontes: