7 explicações para um joelho inchado que merecem atenção
A sensação de joelho inchado geralmente é notada quando há acúmulo de líquido na região, o que pode dificultar a movimentação adequada da estrutura, sendo mais comum do que se imagina.
Esse risco pode ser ainda maior em pessoas de determinadas faixas etárias ou que desempenham atividades que exigem esforço repetitivo do local, inclusive durante a prática esportiva.
Portanto, nesses momentos é importante ficar atento aos sinais que o corpo emite, inclusive para saber o momento certo de buscar ajuda especializada capaz de fornecer orientação de como lidar com a causa por trás do desconforto.
7 explicações comuns para um joelho inchado
- lesões em ligamentos e meniscos;
- tendinite;
- osteoartrite;
- bursite;
- gota;
- sinovite;
- cistos.
1 – Lesões em ligamentos e meniscos
O joelho é a maior articulação do corpo humano, funcionando como uma espécie de dobradiça. Ele é formado pelo encontro do fêmur, o osso da coxa, e a tíbia, principal estrutura óssea da canela.
Sem o movimento adequado dessa área pode ser difícil até mesmo realizar ações simples, como se levantar, ficar em pé ou caminhar.
Para que tudo isso se mantenha funcionando adequadamente, é necessário que quatro ligamentos, dois meniscos e outras cartilagens e membranas estejam íntegros para cumprir suas funções.
No entanto, pancadas e torções podem provocar traumas, causando prejuízos a essas e outras áreas essenciais. Além do joelho inchado, isso pode gerar dor e dificuldade de movimentação, exigindo acompanhamento específico para garantir a recuperação necessária.
Danos ao menisco
Esses amortecedores (são dois em cada perna) ficam localizados no encaixe entre os ossos e são responsáveis por absorver e distribuir o impacto gerado por cada pisada.
Com o passar dos anos ou diante de traumas (em atividades físicas, por exemplo), o desgaste do menisco causa dor e provoca acúmulo do fluido responsável pela lubrificação das juntas, deixando o joelho inchado. O incômodo pode ser intenso, dificultando até mesmo a subida de um degrau.
Identificada a lesão, o tratamento pode ser conservador, com repouso, controle da dor, uso de compressas e suporte de um fisioterapeuta. Em alguns casos, pode ser necessária uma cirurgia. O procedimento busca reparar o menisco danificado.
Rompimento dos ligamentos
O posicionamento do joelho permite que ele flexione a perna para cima e para baixo. Assim, torções e outros esforços que façam com que a articulação se flexione para dentro e para fora podem romper os tecidos que mantêm tudo no lugar.
Esses ligamentos são classificados como colaterais e cruzados conforme sua posição, formando um “x” no interior da articulação ou cobrindo as laterais da área. A partir disso, o cruzado anterior (dentro desse “x”) e o colateral medial, na lateral da perna, são os mais suscetíveis às lesões.
O grau de comprometimento tende a definir o tipo de tratamento adotado, conforme avaliação de um médico ortopedista. Lesões leves exigem apenas repouso, enquanto aquelas mais graves costumam demandar imobilização ou mesmo uma intervenção cirúrgica.
Para chegar à indicação adequada, o médico pode solicitar exames de imagem para observar a região lesionada. Um dos mais requeridos é a ressonância magnética, que utiliza uma espécie de “scanner” para obter uma visualização nítida da área afetada.
2 – Tendinite
As condições causadas por esforço repetitivo tendem a atingir sobretudo o tendão patelar, que também auxilia no movimento e na conexão entre os dois ossos que formam a articulação.
Por conta disso, ela é chamada de tendinite patelar. Menos comumente, o quadro também recebe o nome de “joelho de saltador”.
A explicação para isso é simples: a queixa costuma evoluir por conta da sobrecarga diante do impacto constante com superfícies duras (ao pular ou correr, por exemplo). À medida que o tempo passa aparece a dor, a percepção de joelho inchado e a limitação nos movimentos.
Normalmente, a condição regride com repouso, medicamentos anti-inflamatórios e aplicação de compressas frias. Contudo, a recuperação plena pode exigir um processo de fortalecimento muscular para aliviar a sobrecarga a cada movimento.
3 – Osteoartrite
Conhecida até pouco tempo atrás como artrite ou artrose, essa alteração tem como principal característica o desgaste progressivo das cartilagens. Com isso, o indivíduo afetado pode apresentar:
- dor;
- rigidez na região atingida;
- inchaço nas articulações;
- perda da funcionalidade da articulação, dificultando caminhar ou levantar da cama.
O principal fator associado ao aparecimento da osteoartrite é o envelhecimento, uma vez que a condição é pouco comum antes dos 40 ou 50 anos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, ela se torna mais frequente após os 60 anos.
A condição é crônica e não tem cura. Contudo, é possível aliviar as dores e impedir a perda de mobilidade por meio da manutenção de um peso adequado e a prática regular de exercícios físicos. Para tudo isso, a devida supervisão de um reumatologista é indispensável:
4 – Bursite
Mais conhecida pela situação que atinge os ombros, esse é um quadro de inflamação nas bursas. Elas são uma espécie de bolsa que auxilia no amortecimento do impacto entre as articulações.
O processo inflamatório pode ser desencadeado por diversos fatores, que vão desde pancadas e esforço repetitivo até a proliferação de uma bactéria.
Nesse contexto, pessoas que praticam atividades físicas de impacto, como corrida ou esportes com saltos, e que trabalham repetindo o mesmo tipo de movimento durante a jornada têm mais chance de desenvolver uma bursite.
O tratamento adequado depende da gravidade. Casos leves tendem a desaparecer após alguns dias com descanso e medicamentos anti-inflamatórios. Porém, condições crônicas podem demandar uma intervenção cirúrgica específica.
Essa alteração, capaz de afetar diversas articulações do organismo, é consequência do acúmulo de ácido úrico. Ele é produzido a partir da quebra das proteínas da alimentação e normalmente expelido pela urina.
Tal fenômeno ocorre pela dificuldade do organismo em eliminar a substância ou por sua produção exagerada. De qualquer forma, o excesso do elemento faz com que surjam pequenos cristais que se alojam nas articulações, gerando a inflamação responsável pela dor e o joelho inchado.
O diagnóstico da gota depende da avaliação da concentração do ácido úrico. A partir disso, é preciso seguir orientações específicas para evitar novas crises.
Entre as principais recomendações estão o controle da dieta (reduzindo o teor das chamadas purinas) e o aumento do consumo de água, sobretudo para impedir elevações na concentração da substância indesejada.
5 – Sinovite
As articulações do corpo humano são cobertas também por uma fina membrana. Ela é chamada de tecido sinovial e tem como objetivo produzir um líquido que proporciona a lubrificação necessária para que os movimentos sejam mais suaves.
Dessa forma, a sinovite nada mais é do que a inflamação dessa película. Como consequência, pode ser notada uma dor intensa, junto do acúmulo de fluidos. Logo, tal quadro também é chamado de “água no joelho”. Calor na área, estalidos ao movimento e sensibilidade ampliada também são recorrentes.
As causas específicas para o desenvolvimento da sinovite são várias e incluem traumas, infecções ou a osteoartrite.
Após o diagnóstico adequado, o tratamento depende basicamente do controle da inflamação, principalmente com o uso de medicamentos. A drenagem (com o uso de uma agulha) do excesso de lubrificação e sessões de fisioterapia também auxiliam na recuperação dos movimentos.
Determinar a causa de um inchaço no joelho pode depender de consultas com especialistas e vários exames. Por isso, conte com o Cartão dr.consulta para economizar em cada uma dessas etapas por meio de descontos e outros benefícios:
7 – Cistos
O desgaste da articulação, quadros inflamatórios ou danos às cartilagens podem fazer com que o líquido do joelho se acumule nas bursas, dando origem a formações possivelmente incômodas.
Tal condição é denominada cisto (ou ainda cisto de Baker). Geralmente, ele fica localizado na parte posterior da perna, num espaço vazio disponível naquele local. Entre os sintomas mais comuns estão:
- dor atrás do joelho;
- rigidez;
- formigamento e fraqueza na área atingida;
- inchaço na forma de uma espécie de caroço, principalmente à medida que o cisto cresce.
Em casos mais graves, pode haver ruptura do cisto. Assim, o conteúdo é derramado para a parte inferior da perna, causando uma sensação dolorida significativa no músculo da panturrilha e outras complicações em que a atenção profissional específica é exigida.
De todo modo, um ultrassom geralmente é suficiente para avaliar a presença e a extensão do cisto. Em seguida, a prescrição de determinados medicamentos e o repouso adequado são medidas mais indicadas para eliminar a formação, em especial nos casos sintomáticos. Ainda assim, uma cirurgia não pode ser descartada para garantir a sua remoção.
Em suma, um joelho inchado pode ter diferentes causas. Por isso, o ideal é sempre seguir a recomendação de procurar ajuda quando a condição não melhorar, parecer piorar com o passar dos dias ou estiver comprometendo o bem-estar no dia a dia, inclusive se estiver acompanhada de outros sintomas.
Fontes:
- Arthritis Research & Therapy;
- Acta Ortopédica Brasileira;
- National Library of Medicine;
- National Library of Medicine;
- Radiologia Brasileira;
- Revista Brasileira de Ortopedia;
- Physiopedia;
- Sociedade Brasileira de Reumatologia;
- Sociedade Brasileira de Reumatologia;
- Sociedade Brasileira de Reumatologia;
- Stanford Medicine;
- The Journal of Rheumatology.