Cisto no ovário é comum e nem sempre exige cirurgia. Entenda
A formação de cisto no ovário não é considerada uma situação atípica na vida reprodutiva feminina. Embora frequente, o quadro ainda pode gerar insegurança.
Por isso, compreender as causas, evolução e formas de acompanhamento é fundamental para garantir tranquilidade e preservar a saúde ginecológica.
Quando a presença de cisto é considerada normal
Durante o ciclo menstrual, é comum o surgimento do tipo chamado de funcional, como é o caso do folicular e o de corpo lúteo – ambos diretamente ligados à ovulação.
O primeiro aparece quando o folículo ovariano (estrutura que envolve o óvulo) não se rompe para liberá-lo, acumulando líquido no seu interior. Já o segundo se dá após essa ruptura, se a camada volta a fechar, retendo fluidos ou sangue.
Segundo estudo publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, aproximadamente 70% a 80% desaparecem sozinhos. Na maioria das vezes, não provocam manifestações físicas e são descobertos apenas em exames de rotina.
Quando pequenos e assintomáticos, a conduta costuma ser o monitoramento com ultrassonografia, de acordo com revisão publicada na Revista Eletrônica Acervo Saúde, justamente pela alta chance de regressão espontânea. Procedimentos cirúrgicos podem trazer riscos desnecessários à função do órgão.
Sintomas comuns em casos de cisto no ovário
Nem sempre estão presentes e variam conforme o tamanho, o tipo e possíveis complicações. Mas, quando os sinais surgem, podem incluir:
- dor pélvica ou abdominal, constante ou intermitente;
- sensação de pressão ou peso na parte inferior do abdome;
- distensão abdominal;
- alterações no ciclo menstrual, como atrasos ou sangramentos irregulares;
- desconforto durante a relação sexual;
- necessidade frequente de urinar (quando o cisto pressiona a bexiga).
Vale ressaltar que muitos deles são similares aos de outras condições ginecológicas. Por isso, é preciso estar atento e buscar atendimento médico para exames diagnósticos específicos, principalmente se os incômodos começam repentinamente, se tornam intensos e persistentes ou vêm acompanhados de febre ou mal-estar geral.

Como é feito o diagnóstico e acompanhamento
O procedimento mais utilizado para detectar e monitorar os quadros é a ultrassonografia transvaginal, que avalia comprimento, forma e conteúdo. Diante de suspeitas, a ressonância magnética pode ajudar a diferenciar lesões benignas e malignas.
Mulheres com cisto no ovário simples, menor que 5 cm e sem sintomas, normalmente são monitoradas por um período de 8 a 12 semanas para verificar se houve regressão, explica estudo da Revista Eletrônica Acervo Saúde.
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Cisto no ovário e os riscos para o câncer
No geral, os riscos são baixos, especialmente em pessoas jovens. Estudo publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia aponta que a probabilidade de malignidade entre todas as neoplasias ovarianas é de aproximadamente 3%.
No entanto, em mulheres na pós-menopausa, a vigilância deve ser maior, pois a incidência de tumores malignos aumenta.
Também é preciso ter atenção e investigar detalhadamente aqueles maiores que 10 cm, com paredes espessas, partes sólidas ou vascularização aumentada, pois têm mais chances de se tornarem cancerígenos, apontam estudos descritos no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences e na Revista Eletrônica Acervo Saúde.
Outras complicações, como torção ovariana (quando o ovário gira sobre si mesmo, cortando o fluxo sanguíneo), ruptura ou hemorragia interna são consideradas emergências ginecológicas e exigem atendimento imediato.
Cisto e síndrome dos ovários policísticos (SOP)
A SOP é uma patologia diferente, na qual vários pequenos folículos se formam nos ovários devido a desequilíbrios hormonais. Está associada a sintomas como irregularidade menstrual, acne e aumento de pelos corporais.
Quando isolados, não são indicadores de que a pessoa tem a enfermidade, conforme ressalta revisão disponível na Revista Eletrônica Acervo Saúde.
Quando é recomendada a remoção cirúrgica
Essa decisão depende do tamanho, do aspecto nas imagens e dos sintomas. Para quem ainda deseja engravidar, o planejamento também deve priorizar a manutenção da fertilidade.
Os mesmos estudos usados na revisão feita na publicação da Revista Eletrônica Acervo Saúde mostram que a videolaparoscopia (técnica minimamente invasiva realizada com pequenas incisões e uso de câmera) é considerada segura e eficaz para a remoção, preservando a função ovariana sempre que possível.
Em casos de massas muito grandes ou de instabilidade hemodinâmica (em que há alteração grave na pressão arterial e no fluxo sanguíneo, colocando em risco a vida da paciente) a laparotomia pode ser a escolha. Se trata de um procedimento aberto, com incisão maior no abdômen para acesso direto aos órgãos.
A avaliação médica é essencial para diferenciar situações de observação periódica das que necessitam de operação e ajudar a manter a saúde ginecológica e a tranquilidade.
Com tudo isso em mente, o cisto no ovário pode ser encarado como uma condição benigna e passageira na maioria das vezes.
Fontes:
Quero saber se a mulher sem o útero corre algum risco de ter um cisco no ovário
Boa Tarde! Alexandre, se os ovários ficaram corre risco sim.
Qual remédio indicado e como tomar ?
Boa Tarde! Hosana, tudo bem? A medicação prescrita dependerá da avaliação do seu medico.
Tenho um cisto no ovario direito de 5 cm, a medica me receitou Diane 35, gostaria de saber se é o melhor remedio, pois muiras pessoas falam que esse nao adianta
Ola boa tarde,
Uma mulher gravida no inicio da gestação tem risco de se agravar com cisto no ovário direito?
Boa noite quando uma mulher tira os dois ovário corre o risco de tirar o útero ?
Olá, Edileuza! Tudo bem? Não necessariamente, depende muito do quadro!
[…] de fibromas e cistos uterinos ou […]
[…] cistos no ovário; […]
[…] a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, os cistos no ovário não são um fator de risco para o câncer e o mesmo vale para os uterinos, que também não […]