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Como funciona a cirurgia de catarata?

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Identificada como a maior causa da cegueira no mundo e de evolução progressiva muito rápida, a catarata é uma doença que afeta o cristalino, a lente natural do olho.

Quem já têm os sintomas e o diagnóstico confirmado deve fazer a cirurgia da catarata, entrando na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) ou optando por realizar o procedimento de forma particular.

Continue no conteúdo para saber como funciona a operação, quem pode realizá-la e mais!

O que a cirurgia da catarata corrige?

A cirurgia de catarata é o único tratamento para reverter o estado opaco do cristalino, que é a chamada “lente natural dos olhos”. É através da transparência dessa lente, que fica atrás da íris, que a retina forma as imagens quando os raios de luz o atravessam.

Quando comprometido, a visão se torna embaçada, turva e sem brilho. Além disso, é muito comum que a condição cause a visão dupla monocular, que é quando uma pessoa vê duas imagens de um mesmo objeto — uma normal e outra borrada ou distorcida.

A cirurgia de catarata é baseada, portanto, na substituição da lente por outra artificial: a lente intraocular.

A catarata em números

De acordo com o relatório global sobre saúde da visão da Organização Mundial da Saúde (OMS), 65,2 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela catarata.

No Brasil, os números também preocupam: estima-se que 550 mil novos casos sejam diagnosticados por ano — de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO).

Outra dado importante, que o último censo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) traz, é que a condição é responsável por 49% da cegueira no País.

Ou seja, é importantíssimo estar pode dentro do tema e, mais do que isso, procurar ajuda especializada quando necessário.

Quem pode fazer essa cirurgia?

Apesar de ser mais presente entre as pessoas com mais de 50 anos, a catarata pode afetar inclusive crianças, levando ao uso de óculos, perda da visão e outros diagnósticos oculares na infância.

A cirurgia da catarata é recomendada após a avaliação médica de um oftalmologista. Alguns exames específicos como biometria ocular e topografia corneana podem ser solicitados para assegurar as condições e garantir o sucesso do procedimento.

Além disso, dependendo do quadro e idade dos pacientes, podem ser exigidos outros cuidados.

Os hipertensos, por exemplo, que são aquelas pessoas com pressão alta, devem tomar os remédios para esse quadro normalmente, mesmo no dia da cirurgia. Caso a pressão arterial esteja muito elevada no pré-operatório, o procedimento pode ser adiado.

Diabéticos também precisam ter o índice de glicemia controlado para evitar complicações. Por isso, peça orientações ao endocrinologista sobre como usar a insulina ou o remédio, no dia da cirurgia, para evitar a hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue) causada pelo jejum.

Não esqueça: sempre apresente os exames anteriores e histórico médico pessoal para que o profissional da saúde possa avaliar a possibilidade do procedimento.

Agende sua consulta de avaliação e cirurgia de catarata aqui no dr.consulta:

Diferenças entre os tipos de cirurgia

Existem dois tipos de cirurgia de catarata atualmente: a facoemulsificação e a laser. O que as difere, principalmente, é a tecnologia aplicada em cada uma. Entenda melhor a seguir:

Facoemulsificação

Considerada de baixo risco e indolor, a facoemulsificação é uma técnica bem popular entre os cirurgiões oftalmológicos. A anestesia é local e o processo dura em torno de 20 minutos, em média.

Com a cânula de um aparelho de ultrassom, é feito um pequeno corte no globo ocular com o objetivo de aspirar o cristalino para fora. Com isso, a nova lente para restaurar a visão é inserida através de outra cânula.

O tipo de lente pode variar conforme as doenças que precisam ser tratadas. Existem lentes para catarata, para a miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Cirurgia de catarata a laser

A incisão da cirurgia de catarata a laser é ainda mais precisa e consiste na retirada do cristalino do olho afetado e na sua troca pela nova lente intraocular.

Nesta fase final, os métodos podem ser combinados, já que a inserção da lente pode ser feita com a cânula.

O procedimento a laser também é rápido, com uma duração média de 15 minutos.

Tipos de lentes oculares

Existem diferentes lentes que atendem a diferentes objetivos. A escolha pelo tipo que será usado na sua cirurgia deve ser feita em conjunto com o médico, levando em conta também as suas necessidades.

Lentes monofocais tóricas

Sempre que o termo “tóricas” aparecer, quer dizer que as lentes têm uma forma particular que podem ser usadas por quem tem astigmatismo. 

O tipo desse tópico pode corrigir o astigmatismo, além da visão de longe ou de perto. No entanto, o paciente pode precisar usar óculos para complementar a visão em outras distâncias.

Lentes monofocais não tóricas

São lentes que corrigem apenas um grau de visão, geralmente a distância. Além de ser monofocal, esse tipo também não corrige o astigmatismo.

Lentes multifocais tóricas 

São lentes que corrigem o astigmatismo e mais de um grau de visão, permitindo ao paciente enxergar bem tanto de perto quanto de longe.

Esse tipo oferece maior independência visual ao paciente e costuma ser um pouco mais cara que os outros modelos.

Lentes multifocais não tóricas 

Quem optar por esse tipo, terá a correção em mais de um grau de visão. Porém, por ser não-tórica, ela não traz uma correção para astigmatismo.

Lembrando que na cirurgia de catarata são usadas lentes intraoculares, ou seja, que vão substituir o cristalino opacificado. É diferente, por exemplo, da lente de contato externa usada periodicamente, seja diariamente, quinzenalmente, mensalmente, etc.

Recuperação

Imagem ilustrativa (GettyImages)

Os pacientes que passam por esse processo cirúrgico, tendem a ter uma recuperação rápida no pós-cirúrgico, em torno de até 30 dias, desde que sigam as orientações médicas:

O tampão no olho e curativos são momentâneos e devem ser retirados em média, em até 3 horas após a realização da cirurgia da catarata. 

Pergunte ao seu cirurgião sobre todos os cuidados pós-operatórios. Afinal, cada paciente é singular, assim como cada caso. Lembre-se também que é muito importante respeitar o tempo de recuperação e não acelerar o processo.

Quando me preocupar?

A melhora e a total recuperação da condição depende de cada paciente, porque existe um período de adaptação.

Os recém-operados podem relatar visão ondulada, distorcida ou até mesmo apresentar olhos vermelhos. Mas, não se preocupe: geralmente, a cirurgia de catarata é bem segura e não costuma gerar complicações. Assim, uma visão mais clara e nítida é esperada com a recuperação em poucos dias.

No entanto, consulte o seu oftalmologista ao perceber qualquer sinal ou sintoma anormal persistente, como:

Após alguns anos da cirurgia de catarata, algumas pessoas podem sentir a visão embaçada novamente. Isso acontece por que membrana (chamada cápsula) que envolve a lente colocada durante o procedimento pode ficar opaca.

Nesses casos, é indicado um procedimento ambulatorial chamado de capsulotomia. Nele, é usado um laser para fazer um furo na cápsula opaca e deixar a luz passar até a retina. Assim, a visão do paciente fica clara de novo.

O processo é bem simples e feito em no consultório oftalmológico mesmo. Rápido e indolor, o paciente não precisa de tempo de recuperação.

A catarata pode ser prevenida com 4 medidas bem simples

A prevenção será sempre o melhor remédio e, com alguns hábitos simples, você pode proteger seus olhos da catarata. Para isso:

  1. Use óculos de sol e chapéus/bonés com abas;
  2. Não fume (ou, se já tem esse hábito, pare);
  3. Adote uma alimentação saudável com frutas e vegetais, especialmente com folhas verdes escuras (como espinafre e couve);
  4. Faça exames oftalmológicos com dilatação a cada 2 anos — após os 50 anos.

Por fim, conte com o dr.consulta para cuidar da sua saúde: nossa equipe especializada está pronta para te atender.

Fontes:

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