Guia completo do cuidado básico com o coração

Ao longo de uma vida, um coração humano vai pulsar mais de 2,5 bilhões de vezes, em média. Cada uma dessas batidas é responsável por bombear o sangue por veias, artérias e vasos sanguíneos, levando oxigênio e nutrientes para todas as partes do corpo.
Assim sendo, diante de papel tão fundamental, alterações na função cardíaca tem repercussões profundas na saúde. Portanto, é indispensável entender o que pode ser feito para cuidar da saúde desse órgão.
A anatomia e forma de funcionamento do coração
Trata-se de uma estrutura muscular do tamanho aproximado de um punho fechado e fica localizado no centro do tórax, mas levemente inclinado para o lado esquerdo.
Na prática, ele trabalha como uma bomba que mantém a circulação adequada do sangue. Para isso, o coração funciona em ciclos de contração (a chamada sístole) e relaxamento (conhecida como diástole).
No ciclo de um batimento cardíaco, o lado direito recebe fluído pobre em oxigênio das veias e o bombeia para os pulmões, onde é oxigenado. Já o lado esquerdo recebe o sangue rico nas moléculas de gás vindo dos pulmões e o envia para as demais regiões através da artéria aorta (a maior do corpo humano, que desce pelo abdômen, com inúmeras ramificações).
Para cumprir sua função, há uma divisão entre átrios e ventrículos, que são câmaras para impedir que o líquido que vai e volta se misture. Já as chamadas válvulas garantem que o fluxo sanguíneo siga na direção correta.
No mais, as batidas são controladas por impulsos elétricos. Eles fazem com que o coração mantenha um ritmo mais ou menos constante, de aproximadamente 70 batidas por minuto em repouso.
O cálculo da frequência cardíaca
Essa velocidade se adapta a diversos fatores. Em geral, ela oscila à medida que se identifica uma necessidade adicional de bombear sangue para todos os órgãos e tecidos.
Os esforços físicos são um exemplo básico de quando isso acontece. Dependendo da intensidade, é esperado que o ritmo aumente entre 50% e 85% daquilo que é considerado quando se está parado.
Para notar isso, basta localizar o pulso, colocando a ponta dos dedos na veia que passa próximo ao punho e sentir ela se dilatando e se contraindo rapidamente. Relógios inteligentes e oxímetros caseiros também medem esse número.
Itens como a idade, a temperatura corporal, a hidratação do organismo, o uso de determinadas substâncias (como a cafeína ou certos medicamentos) ou condições de saúde interferem no compasso cardíaco, o que frequentemente exige acompanhamento profissional.
O impacto das disfunções cardíacas sobre a saúde e o bem-estar
As enfermidades cardiovasculares são a principal causa de óbito em todo o globo, conforme aponta a Organização Mundial de Saúde. Todo ano, estima-se que quase 18 milhões de pessoas no mundo venham a falecer devido a uma alteração que, em muitos casos, é prevenível e tratável.
Cenário similar se desenrola no Brasil. As projeções com base nos dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia indicam que a cada 12 meses são registrados 400 mil falecimentos resultantes dessa enfermidade. Isso é o equivalente a cerca de 30% de todas as fatalidades ocorridas anualmente.
Entram nessa contagem todos aqueles quadros que de alguma forma influenciam o modo como o músculo cardíaco funciona e a maneira como o sangue circula por toda a rede composta por veias, artérias e vasos sanguíneos. O diagnóstico e o tratamento de boa parte delas são de responsabilidade do cardiologista.
Complicações cardíacas e cardiovasculares mais comuns
A lista de prejuízos ao coração e estruturas paralelas é bem grande e envolve comprometimentos por diferentes razões. Dessa forma, as mais frequentes envolvem:
- doença arterial coronariana, resultado do estreitamento das artérias por placas de gordura (processo chamado de aterosclerose), que leva ao enfraquecimento e gera danos permanentes ao tecido;
- infarto do miocárdio, que é justamente a morte de parte do coração decorrente de uma artéria coronária bloqueada;
- insuficiência cardíaca, que ocorre quando não há força para bombear sangue em quantidade adequada;
- arritmias, em que o ritmo se torna irregular, ficando anormalmente rápido ou lento;
- doença valvular cardíaca, em que há um mau funcionamento das válvulas que controlam o fluxo sanguíneo;
- hipertensão arterial, presente quando há uma elevação da pressão dentro das artérias e veias (em outras palavras, a força que o trânsito sanguíneo faz contra suas paredes), que eventualmente danifica vasos e causa sobrecarga;
- malformações congênitas, que são defeitos presentes desde o nascimento;
- miocardite, uma inflamação geralmente causada por infecções virais;
- acidentes vasculares, em que há uma interrupção do fluxo de sangue (sobretudo na região cerebral) causando danos neurológicos;
- doença arterial periférica, uma obstrução nas artérias dos membros (pernas e braços) também pelas obstruções gordurosas.
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Os fatores de risco para as alterações no coração
A maioria das disfunções cardíacas é resultado do acúmulo de vários elementos ao longo da vida, que incluem:
- histórico familiar, já que a predisposição genética desempenha papel significativo no desenvolvimento de alguns quadros;
- ser homem, pois indivíduos do sexo masculino são numericamente mais prejudicados por tais contratempos;
- hipertensão arterial sem o devido controle, uma vez que o ideal é que esse número esteja abaixo de 12 por 8;
- colesterol alto (sobretudo o ruim, chamado de LDL), que favorece a consolidação da aterosclerose;
- tabagismo, que é o principal fator de risco modificável para tais contratempos;
- diabetes descompensada, diante do fato de que o excesso de açúcar no sangue danifica veias e artérias, além de desequilibrar outros aspectos do metabolismo;
- obesidade, por conta da sobrecarga que o excesso de peso causa;
- sedentarismo, pelo fato de que os exercícios são importantes no fortalecimento do coração e na prevenção de várias condições crônicas não transmissíveis;
- estresse crônico, que impacta o ritmo cardíaco e reflete na pressão;
- alimentação inadequada, principalmente quando as refeições têm sal, gordura e açúcar demais regularmente;
- saúde bucal deficiente, devido à influência que as bactérias responsáveis por cáries e gengivites tem sobre a saúde do órgão central do sistema cardiovascular.
Cada indivíduo pode apresentar particularidades que aumentam ou reduzem a probabilidade desses distúrbios. Nessas horas, o cardiologista pode recomendar exames específicos.
Essas avaliações incluem testes de sangue (para medir o colesterol, por exemplo), recursos de imagem para identificar anomalias na composição cardíaca (como um ultrassom ou um ecocardiograma) ou mecanismos para acompanhar a atividade elétrica do coração (os eletrocardiogramas são uma ilustração disso).

Sinais de alerta e a hora certa de procurar apoio especializado
Não é fácil identificar sozinho uma complicação cardiovascular e o diagnóstico do médico é insubstituível. De qualquer maneira, vale redobrar a atenção diante de incômodos como:
- dores no peito, diante de esforços físicos ou em repouso;
- dormência que se espalha por ombros, braços e costas;
- falta de ar, que faz com que a respiração fique descompassada;
- tontura;
- dificuldade para raciocinar, confusão mental ou sensação de desmaio iminente;
- inchaço na parte inferior do corpo;
- suor frio;
- cansaço que não passa.
Muitos dos quadros que combinam esses sintomas representam emergências médicas, que devem ser abordadas o mais rápido possível. A intervenção precoce amplia as chances de sucesso na recuperação, prevenindo inclusive eventuais sequelas.
Cuidados indispensáveis com o coração

Ao contrário do que se pode imaginar, não é preciso esperar a idade passar para começar a se cuidar. Jovens e adultos sem suspeita se beneficiam do controle da pressão, da glicemia e do perfil lipídico. Cabe ressaltar que essas são alterações que demoram muito tempo para gerar incômodos, então descobri-las antecipadamente favorece a assistência essencial para uma prevenção completa.
Com o avanço dos anos, essas medidas devem ser reforçadas, com o objetivo de amenizar tais fatores. Além disso, novas avaliações em prazos menores são indicadas conforme cada caso.
Seja como for, algumas recomendações viáveis para a maioria das pessoas fazem toda a diferença e contribuem significativamente para fortalecer a saúde cardíaca:
- praticar atividades físicas regularmente, consultando o profissional de saúde sobre eventuais restrições;
- reduzir a quantidade de sal, açúcar e gordura da dieta, se possível com a devida supervisão de um nutricionista;
- acompanhar com rigor o colesterol, a glicemia e a pressão arterial, utilizando os medicamentos prescritos para essas finalidades se isso for considerado pertinente pelo médico;
- parar de fumar o quanto antes (os benefícios dessa escolha são sentidos nos minutos seguintes à última tragada);
- limitar a ingestão de álcool, já que essa substância interfere nesse componente do bem-estar;
- dormir bem e encontrar formas de aliviar a tensão e o estresse cotidiano;
- estabelecer relações sociais saudáveis, pois reduzir o isolamento protege contra complicações cardiovasculares;
- cuidar da saúde bucal, com visitas periódicas ao dentista.
A importância de ações simples na rotina para a proteção do coração
Colocar tudo isso em prática não é necessariamente fácil, mas ter a ciência de que pequenas mudanças já são relevantes na consolidação da constância necessária em prol de uma qualidade de vida.
Um estudo publicado em fevereiro de 2025 na revista do Colégio Norte-Americano de Cardiologia, revelou que passar mais de 10 horas por dia em comportamento sedentário — como ficar sentado por longos períodos — aumenta significativamente o risco de insuficiência cardíaca, mesmo entre pessoas fisicamente ativas.
Por isso, interromper esse tempo parado com ao menos 30 minutos de qualquer tipo de movimentação corporal já seria o suficiente para reverter esses riscos, o que só reforça como a proteção ao coração considera mesmo pequenas atitudes.
Fontes:
- American Heart Association;
- Agência Brasil;
- Jornal da Universidade de São Paulo;
- Journal of American College of Cardiology;
- Harvard Medical School;
- Johns Hopkins Medicine;
- Ministério da Saúde;
- Organização Pan-Americana de Saúde;
- Sociedade Brasileira de Cardiologia;
- The American Journal of Medicine;
- World Health Organization.
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Estou morando em Conselheiro Lafaite (MG ), gostaria de marcar consulta ortopedista (coluna ).
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Olá, Renata! Tudo bem? Bora se cuidar, nos contate no 4090-1510 opção de numero 1 ou nos contate no whatsapp 4118-1339! ?
Dor no peito direito oque significa
Olá! Antônio, tudo bem? A dor no peito pode acontecer em diferentes situações. A obstrução das artérias do coração está como umas das principais causas, mas para ter o diagnóstico certo é necessário passar com o seu médico.
Oi tudo bem? Pontadas no peito e acelerações no coração de repente é normal?
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