Conheça o risco da gordura trans para o organismo
Promovendo graves alterações nos níveis do colesterol, ela coloca o coração em perigo
De acordo com o Ministério da Saúde, gordura trans é um gordura que se forma por um processo natural ou industrial que transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida. Usada para melhorar a consistência dos alimentos e aumentar o prazo de validade de produtos industrializados, é encontrada facilmente (e em grandes quantidades) nas prateleiras dos supermercados.
Margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, salgadinhos prontos, produtos de panificação, alimentos fritos, lanches salgados e tudo que leve gorduras vegetais hidrogenadas na sua composição e/ou preparação são exemplos de alimentos com alto teor de gordura trans.
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Gordura trans prejudica o coração
Considerando que nosso organismo não precisa desse tipo de gordura, os especialistas recomendam que ela seja evitada sempre que possível. Além disso, já foi comprovado que o consumo regular de gordura trans pode aumentar o risco de doenças do coração.
Tudo porque a substância aumenta o colesterol total e o colesterol ruim (LDL), ao mesmo tempo em que reduz o colesterol bom (HDL). E essa é uma alteração muito grave.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 5 bilhões de pessoas em todo o mundo convivem com os riscos de desenvolver doenças associadas ao consumo de gorduras trans. Só para ter ideia do tamanho do estrago, 500 mil mortes a cada ano são atribuídas a essa substância.
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Como identificar a gordura trans
Ficar de olho nos rótulos dos produtos industrializados é importante. A frase “zero gordura trans” não quer dizer que, de fato, o alimento é livre da substância.
Isso porque as atuais normas brasileiras permitem o uso do termo quando o produto tem teor igual ou inferior a 0,1g de gordura trans por porção. Lembrando que “porção” é só uma parte do produto, não a embalagem inteira. Além disso, a tabela nutricional pode apresentar a informação “0g de gordura trans” se a presença for igual ou inferior a 0,2g por porção.
A forma como as informações nutricionais dos rótulos é regulamentada pode ser um dos motivos de o consumo da substância ser tão alto, principalmente no Brasil: ela passa despercebida pela grande maioria dos consumidores.
A lista a seguir mostra os muitos “nomes” dados à gordura trans:
- gordura vegetal;
- gordura de vegetal de girassol;
- gordura vegetal de soja;
- gordura de soja parcialmente hidrogenada;
- gordura hidrogenada;
- gordura hidrogenada de soja;
- gordura parcialmente hidrogenada;
- gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada;
- gordura vegetal hidrogenada;
- gordura vegetal parcialmente hidrogenada;
- hidrogenada, margarina vegetal hidrogenada;
- óleo de milho hidrogenado, óleo vegetal de algodão;
- soja e palma hidrogenado, óleo vegetal hidrogenado;
- óleo vegetal líquido e hidrogenado;
- óleo vegetal parcialmente hidrogenado;
- creme vegetal;
- composto lácteo com gordura vegetal;
- margarina, margarina vegetal e mistura láctea para bebidas.
Como não existem limites seguros para o consumo da gordura trans, os especialistas são categóricos: evite tudo o que contenha qualquer um desses nomes na lista de ingredientes.
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Como deve ser uma alimentação saudável
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, uma dieta saudável é aquela que prioriza alimentos frescos e os minimamente processados (como arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, farinha de mandioca e massas frescas).
Limitar o consumo dos processados (que são aqueles que recebem adição de sal ou açúcar para se tornarem mais duráveis e atraentes) e evitar os ultraprocessados (que são aqueles que contêm a gordura trans) também são iniciativas importantes na alimentação.
Uma frase muito usada pelos especialistas pode ajudar você a direcionar a sua rotina para hábitos saudáveis: descasque mais e desembale menos. Para orientações específicas, converse com um nutricionista.
Fontes: