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Como evitar disbiose intestinal e sentir menos desconforto

dr.consulta - mulher com as mãos no estômago com dor abdominal, sintomas disbiose

A disbiose intestinal consiste em um desequilíbrio da microbiota intestinal. Também conhecida como flora intestinal, a microbiota é formada por bactérias inofensivas ao corpo e responsáveis pela manutenção de uma barreira no intestino contra a entrada de microorganismos invasores e prejudiciais à saúde.

A microbiota intestinal começa a ser formada logo nos primeiros meses de vida. O leite materno desempenha um papel importantíssimo por ser a principal fonte de bactérias benéficas. 

No entanto, com o amadurecimento da criança e com a mudança gradativa de sua alimentação, outros microorganismos passam a ter contato com o intestino – inclusive aqueles que são nocivos ao corpo.
Quando a quantidade de bactérias que fazem mal ao corpo se torna superior àquelas que são benéficas no intestino, ocorre a disbiose.

Disbiose causa desconforto abdominal e outros sintomas

A reação do corpo a essa patologia varia de pessoa para pessoa. Normalmente, o quadro está associado a um grande desconforto abdominal.  Além desse sintoma, a disbiose gera:

Como é feito o diagnóstico

Algumas condutas, como a análise dos sintomas e de histórico de constipação crônica, além de exames para verificar possíveis alterações no intestino e de cultura bacteriana são realizados no processo de diagnóstico.

Vale lembrar que tanto a conclusão do caso quanto o tratamento devem ser feitos por um médico, sendo o gastroenterologista o especialista recomendado para analisar o funcionamento do trato intestinal.

Com o Cartão dr.consulta, é possível ter acesso a diferentes especialidades médicas, inclusive um gastroenterologista, que pode ajudar nos cuidados preventivos e nesse diagnóstico ou de outras doenças e condições.

Os 12 fatores de risco para a disbiose intestinal

O uso de alguns medicamentos, doenças e condições do corpo são atribuídos como causa do desequilíbrio da microbiota intestinal. Entre eles, destacam-se:

Como o uso de antibióticos desequilibra a flora intestinal

O uso consciente de medicamentos é fundamental para evitar o desequilíbrio da microbiota. Os antibióticos, por exemplo, amplamente usados para o tratamento de doenças infecciosas, podem trazer efeitos opostos ao esperado se mal utilizados.

Isso porque, quando mal administrados, os antibióticos contribuem para a destruição não só das bactérias prejudiciais, mas também daquelas que são positivas ao corpo – levando a um desequilíbrio da microbiota

Por isso, o uso de antibióticos deve ser sempre prescrito e acompanhado por um profissional de saúde, que avaliará a dosagem e o tempo necessário para cada caso, minimizando impactos negativos.

Complicações

Estudos realizados procuram entender como o equilíbrio da microbiota intestinal pode estar relacionado ao desenvolvimento de algumas doenças e síndromes. São elas:

Por que a disbiose leva à depressão e ao câncer 

A relação entre a saúde do intestino e saúde mental tem sido cada vez mais estudada e comentada. Segundo artigo do Jornal Brasileiro de Psiquiatria, sabe-se, atualmente, que a região é responsável pela produção de neurotransmissores relacionados ao bem-estar mental. 

Estima-se que 95% de toda serotonina do corpo, também conhecido como “hormônio da felicidade”, seja produzida no intestino.

Quando a disbiose acontece, a produção da serotonina no intestino é diretamente prejudicada, o que pode levar ao desenvolvimento de ansiedade ou mesmo de depressão. 

Não à toa, pessoas com Síndrome do Intestino Irritável, quadro muito associado à disbiose, e outras doenças inflamatórias do trato intestinal costumam apresentar transtornos de saúde mental. No caso do câncer colorretal e sua relação com a doença, a atenção se volta para o pH intestinal. 

De acordo com estudo publicado no periódico Research, Society and Development, quando há o aumento do pH na região, aumentam também os riscos de formação de substâncias que contribuem para a formação de tumores malignos.

O que ajuda na prevenção e tratamento

Imagem ilustrativa (GettyImages)

É possível evitar a disbiose e também recuperar o equilíbrio da microbiota intestinal. Para isso, é importante manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, proteínas e nutrientes é fundamental para manter equilíbrio da microbiota, o que contribui para a prevenção e para o tratamento da disbiose.

Ao montar o prato, o recomendado é priorizar vegetais, frutas, grãos integrais e fontes de proteína magra, além de reduzir ou evitar o excesso de carne vermelha, de leite e derivados, de ovos, de açúcar refinado e de alimentos ultraprocessados.

Alimentação: prebióticos e probióticos

Além da seleção criteriosa do que deve ser ou não colocado no prato, vale trazer para o plano alimentar o uso combinado de prebióticos e probióticos, como aponta um estudo da Revista Paulista de Pediatria.

Os prebióticos são fibras que não são digeridas pelo corpo, mas que estimulam o crescimento de bactérias boas para o bem-estar do corpo. Alcachofra, grão de bico, feijões, beterraba, brócolis, repolho, banana, alho, cebola e farelo de trigo são alguns exemplos.

Já os probióticos são microorganismos vivos, normalmente encontrados em produtos lácteos e fermentados. Quando consumidos regularmente, eles ajudam a evitar o crescimento em excesso de bactérias prejudiciais ao corpo. Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus e Streptococcus são alguns tipos de probióticos que atuam de forma positiva para manter a microbiota equilibrada.

Controle do estresse

A gestão do estresse também desempenha um papel crucial contra a disbiose. O estresse, quando em excesso, pode afetar negativamente a microbiota, causando seu desequilíbrio.

Atividades como yoga, pilates, caminhadas e outros exercícios físicos não só ajudam a manter o condicionamento físico e o corpo forte, como também proporcionam o bem-estar geral, reduzindo a produção de hormônios do estresse que impactam o intestino.

Fontes:

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