Você já sentiu dores no peito? Qualquer tipo de dor gera incômodos, seja ela forte ou não, mas esse desconforto em específico causa preocupações, mesmo que nem sempre seja indicativo de que algo grave está acontecendo.
De todo modo, é preciso consultar um médico, pois, quanto antes a identificação do motivo, mais fácil é de evitar uma doença mais grave e as possíveis consequências.
Afinal, o que causa as dores no peito?
Sempre que alguém relata uma dor no peito, o infarto é a primeira coisa que vem à mente. A boa notícia é que nem sempre esse sintoma nos revela uma condição cardíaca.
As dores podem gerar diferentes sensações, algumas caracterizam-se como pontadas, por exemplo, outras como pressão e/ou queimação. Além disso, causas distintas também estão relacionadas a esse quadro, como:
- acúmulo de gases;
- crises de ansiedade;
- espasmos no esôfago;
- patologias na vesícula;
- lesão muscular no tórax;
- doenças respiratórias e pulmonares
- infarto.
1. Acúmulo de gases
O excesso de flatulência pode provocar dor no peito. Normalmente, esse tipo é mais frequente em pessoas que apresentam prisão de ventre com certa regularidade.
A dor se assemelha a uma pontada aguda, além de começar ou piorar quando ao dobrar o corpo para baixo, em direção ao chão.
Certas técnicas como massagear a barriga ou deitar em posição fetal, por exemplo, ajudam a aliviar.
2. Crises de ansiedade
A ansiedade é uma condição associada a fatores psicológicos que pode desencadear manifestações físicas. Na maioria das vezes essas crises também podem ser atreladas ao estresse.
Uma pessoa nessa situação provavelmente sentirá:
- dor como pontadas no coração;
- sensação de aperto no peito que pode vir acompanhada de palpitação;
- falta de ar;
- sudorese (muito suor);
- náuseas;
- ataques de pânico em casos mais graves.
3. Espasmo no esôfago
O desconforto no meio do peito pode ser um sintoma causado pelos espasmos no esôfago.
A maioria dos pacientes com esse quadro tem dor torácica e disfagia esofágica, ou seja, dificuldade para engolir, além de apresentarem a sensação de que alimentos sólidos ou líquidos ficam presos ou passam lentamente pelo esôfago.
4. Patologias na vesícula
A vesícula é essencial para o processamento de gorduras. Se exageramos no consumo de alimentos gordurosos e embutidos ou se os níveis de colesterol no sangue estiverem muito altos pode haver a formação de cálculos (as famosas pedras).
Com isso, o órgão fica inflamado e gera dor na região superior e direita do abdômen, podendo migrar para o peito. Esse incômodo piora depois das refeições e pode vir acompanhado de náuseas e sensação de estufamento.
5. Doenças respiratórias e pulmonares
Patologias respiratórias e pulmonares como gripe, resfriado, asma, pneumonia, embolia pulmonar e tumores são acompanhados por outros sintomas, mas também podem causar dor no peito ao respirar.
Outro cenário bastante comum e que também causa incômodo no tórax é a crise de tosse. Ela sobrecarrega os músculos da região por conta do esforço realizado, mas melhora com repouso.
6. Infarto
É importante destacar que no caso desse diagnóstico a dor no peito é o principal sintoma. Porém, como e onde é a dor do infarto?
Ela é descrita como uma pressão, queimação ou peso no tórax do lado esquerdo, podendo espalhar-se para o braço esquerdo e mandíbula.
O infarto ocorre quando uma ou mais artérias estão obstruídas e a chegada do sangue oxigenado ao coração não ocorre. Com a falta de irrigação sanguínea, o funcionamento do órgão é alterado e isso provoca dor.
Dor no peito associada a outros sintomas
Você já pode imaginar que sentir dor no peito é um motivo para ficar em alerta. É recomendado que você procure atendimento médico caso ela surja junto com outros sintomas como:
- falta de ar;
- cansaço excessivo;
- palpitações;
- dores de cabeça anormais;
- desmaios;
- irradiação para outras regiões.
Ao procurar o clínico geral será feito o processo de investigação e o encaminhamento para o especialista capaz de prescrever o tratamento mais adequado para sua situação.
Mas como saber se a dor está mesmo no coração?
A dor cardíaca (no coração e/ou relacionada ao infarto), costuma vir acompanhada de sinais específicos combinados e é assim que você poderá diferenciá-las das demais.
Por isso, observe se o incômodo:
- acontece no peito e irradia para outras regiões do corpo como pescoço, braço, costas e mandíbula, principalmente do lado esquerdo;
- é seguido de náusea, tontura ou suor frio;
- apresenta-se como uma queimação ou pressão no peito.
Em alguns casos a dor pode ser intensa, súbita e de curta duração, indicando que as artérias podem não estar completamente obstruídas, mas já apresentam danos.
Fatores de risco
Homens e mulheres podem apresentar fatores que aumentam as chances de infarto. Alguns deles são:
- pacientes com mais de 40 anos: o depósito de gordura nos vasos sanguíneos se inicia na infância e continua nas outras fases da vida. Assim, indivíduos acima dos 40 são mais vulneráveis ao infarto.
- histórico prévio ou histórico familiar de doenças cardiovasculares: o fator genético pode contribuir para a ocorrência de diagnósticos cardíacos.
- sedentarismo e exagero no consumo de gorduras saturadas: a ausência do movimento aumenta o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, comprometendo o bom funcionamento circulatório e o coração.
- tabagismo: segundo o Ministério da Saúde (MS), a nicotina do cigarro contrai os vasos sanguíneos do corpo, fazendo com que o coração trabalhe mais intensamente e aumentando a pressão arterial.
- obesidade: quanto mais sobrepeso, maior será o esforço do coração para bombear o sangue, aumentando os riscos de infarto.
- diabetes mellitus: níveis altos de glicose no sangue pré-dispõem o aumento de colesterol e o acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias e ainda favorece a produção de coágulos que também as obstruem.
- pressão alta: o enrijecimento das artérias, que impacta o fluxo natural de sangue, aliado ao aumento da pressão arterial, favorece o entupimento e ruptura dos vasos sanguíneos.
Como são feitos os diagnósticos?
Como as dores no peito podem ser sintomas de diferentes enfermidades, a investigação também deverá ser realizada por especialidades médicas distintas. As principais são:
- Psiquiatria e Psicologia: no caso da dor no peito por ansiedade e estresse.
- Gastroenterologia: no caso de patologias na vesícula e dores causadas por gases.
- Cardiologia: para assistência de pessoas que já possuem fatores de risco para infarto ou para auxílio posterior ao quadro para evitar sequelas.
O especialista solicitará exames específicos direcionados à possível causa para um tratamento mais apropriado.
Nas situações de infarto o diagnóstico é realizado com base nos sintomas apresentados e nos resultados dos primeiros exames, como o eletrocardiograma, que identifica possíveis arritmias.
Exames de sangue, entre eles os que medem o nível de enzimas para analisar a destruição de células cardíacas, também podem compor essa avaliação. Aqui no dr.consulta você pode fazer as consultas e os exames no mesmo lugar.
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Tratamento com medicamentos
O uso de medicamentos nem sempre será necessário para o tratamento das dores no peito. Isso porque este tipo de dor pode ser sinal de patologias já em tratamento, como acontece com a hipertensão ou diabetes.
Portanto, manter visitas médicas regulares e os cuidados propostos tendem a controlar e aliviar sintomas como o do desconforto na região peitoral.
É possível prevenir as dores no peito?
Como nem sempre a causa da dor no peito é sinal de infarto e muitas outras condições de saúde podem também provocar esse incômodo, os tipos de prevenção variam.
No entanto, bons hábitos de saúde são sempre bem-vindos. São eles:
- evitar fumar;
- manter uma dieta saudável;
- fazer exercícios físicos regularmente;
- dormir bem;
- controlar o nível de estresse;
- controlar a pressão;
- fazer acompanhamento de saúde.
É fato que adaptações positivas na rotina são benéficas para prevenção de diversas patologias e com as dores no peito não é diferente. Escolher opções saudáveis, desde a alimentação até na redução de hábitos, pode auxiliar a mantar a saúde e bem-estar em dia.
Fontes: