Como diferenciar e tratar uma espinha interna
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De forma geral, uma espinha interna é uma acne cuja inflamação se concentra abaixo da camada mais externa e visível da pele.
Embora essa alteração dermatológica esteja associada aos adolescentes por conta da puberdade, pessoas de todas as idades podem obtê-la em diferentes fases da vida.
Acnes: diferenças entre a espinha convencional e a espinha interna
A pele é recoberta por estruturas pequenas chamadas de folículos pilossebáceos. O nome difícil significa que eles compartilham um espaço para a passagem do pelo e uma glândula que produz sebo, a gordura que ajuda a manter a hidratação.
Uma acne é resultado da inflamação nessas áreas. Isso se dá pela obstrução do folículo (geralmente devido ao excesso de material sebáceo ou células mortas) e, em alguns casos, pela presença de bactérias na área.
Mas nem toda acne é igual. Elas são classificadas conforme suas características:
- grau 1, um estágio não-inflamatório, em que há somente cravos;
- grau 2, no qual aparecem pústulas e pápulas, ou seja, bolinhas preenchidas com pus são visíveis;
- grau 3, em que surgem nódulos e cistos, formando o que se costuma chamar de espinha interna, perceptíveis na forma de caroços debaixo da camada externa, normalmente dolorosos ao toque;
- grau 4, chamada de acne conglobata, em que lesões maiores se conectam sob a pele.
Apesar de incômodos, todos esses tipos de lesões de pele podem ser prevenidas e tratados. E isso pode ser menos custoso para quem tem Cartão dr.consulta, que permite o acesso e a realização de consultas e de exames com descontos, para uma maior atenção à saúde em todas as fases da vida:
Fatores de risco para a presença de acnes
Estima-se que entre 80% e 90% dos seres humanos terão uma espinha em algum momento da vida, em regiões como o rosto e as costas. Com isso, esse tende a ser o diagnóstico dermatológico mais comum nos consultórios.
Alguns dos fatores que efetivamente contribuem para o aparecimento das formações indesejadas são:
- puberdade, já que os hormônios desse período favorecem o surgimento das espinhas;
- gravidez, menopausa ou flutuações comuns do ciclo menstrual feminino, que também interferem na atividade hormonal;
- transpiração e oleosidade excessiva, uma vez que essas substâncias facilitam o bloqueio dos poros;
- determinados medicamentos ou cosméticos incompatíveis com o tipo de pele;
- uso de roupas apertadas ou com tecidos que não permitem a ventilação necessária;
- histórico familiar (pais com acnes podem “passá-las” para os filhos);
- circunstâncias constantes de estresse, principalmente pelo fato de que esse estado favorece as inflamações.
Para a maioria das pessoas, o volume mais considerável de formações acneicas desaparece com a chegada da vida adulta. Isso não significa, claro, que elas não voltem após atingida essa fase.
Como a espinha interna pode ser identificada
As acnes de grau 3, também conhecidas como nódulo-císticas, são notadas por sinais como:
- calombos e caroços palpáveis, em diferentes profundidades;
- aumento da vermelhidão, da dor e da sensibilidade na região;
- acúmulo de pus em área não visível;
- eventualmente, a espinha interna pode apresentar uma coloração escura na ponta.
No geral, não existe muita diferença no desenvolvimento de uma acne convencional e uma espinha interna.
Ambas são consequência da inflamação dos folículos, acompanhada da ação de microrganismos. Essa alteração que não chega a atingir o exterior tem origem em camadas mais profundas. Ainda assim, a reação inflamatória presente explica a vermelhidão e o dolorido normalmente percebidos.
Estou com uma espinha interna, o que devo fazer?
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A principal recomendação dos dermatologistas é jamais espremer qualquer acne. Não resistir à tentação de mexer na espinha interna pode causar duas complicações:
- a primeira delas tem caráter estético: o rompimento do nódulo ou cisto alojado deixa cicatrizes. Elas tendem a ser irreversíveis.
- o contato do organismo com os agentes externos (como a própria ponta dos dedos) aumenta junto o risco da ação de outros microrganismos. Em casos raros, isso pode desencadear um quadro generalizado de infecção.
No máximo, o que pode ajudar e aliviar a dor momentaneamente é aplicar compressas com água. Nesses casos, o líquido morno dilata os poros e alivia a pressão causada pelo caroço. Já o uso de cubos de gelo contribui para amenizar a dor e a vermelhidão.
Cremes e pomadas vendidos nas farmácias sem receita médica normalmente são úteis apenas para acnes externas. Por serem incapazes de alcançar camadas mais profundas da pele, não tratam as espinhas internas.
Quando consultar o dermatologista
Em parte dos quadros, a espinha interna desaparece sozinha depois de certo tempo. Entretanto, diante da persistência por vários dias ou quando há piora dos sinais inflamatórios, a procura pelo médico especialista é a melhor opção.
A avaliação clínica (a observação e a conversa com o profissional) já é suficiente para confirmar o diagnóstico. Na sequência, é possível obter a orientação para o tratamento mais adequado. As opções empregadas rotineiramente envolvem:
- uso de algumas fórmulas tópicas (ou seja, sobre a pele);
- prescrição de medicamentos orais, incluindo antibióticos e corticoides;
- aplicações de injeções com determinadas substâncias na área atingida;
- drenagem de abscessos, se necessário.
A maioria dos procedimentos para eliminar uma espinha interna são feitos no próprio consultório.
Nos casos em que o quadro de acnes for recorrente e incômodo (principalmente do ponto de vista estético), o dermatologista pode receitar remédios de uso prolongado. Alguns deles exigem acompanhamento permanente e têm vários efeitos colaterais, como informa a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
5 dicas adicionais para prevenir espinhas
No dia a dia, indivíduos de todas as idades podem investir em medidas de cuidados como:
- limpeza da pele duas vezes ao dia (de manhã e à noite);
- remoção de impurezas e maquiagens antes de dormir;
- hidratação com produtos compatíveis;
- uso de protetor solar regularmente;
- controle de situações de estresse.
O cuidado adequado de uma espinha interna ou de qualquer grau de acne independentemente da idade e do gênero do indivíduo evita cicatrizes e reduz a interferência desse aspecto na qualidade de vida como um todo.
Fontes: